O Rio de Janeiro contabiliza 801 indenizações por acidentes do tipo 

Dados do Relatório Anual do Seguro DPVAT mostram uma realidade preocupante do trânsito brasileiro. Apenas no ano passado, foram pagas 5.748 indenizações por ocorrências envolvendo ônibus, micro-ônibus e vans, em todo o país. Na maior parte dos casos, as vítimas eram pedestres. O Rio de Janeiro aparece na terceira posição na lista dos Estados com maiores índices, com 801 indenizações.


Do total de vítimas de ocorrências com ônibus, 1.179 foram fatais. Mais de 50% ficaram com sequelas definitivas. O tipo de cobertura também prevalece entre os pedestres. Das 2.871 pessoas que se deslocavam a pé quando foram atingidas por um coletivo, 1.589 ficaram com algum tipo de invalidez permanente.
Os passageiros são o segundo tipo de vítima mais atingida. Em 2018, eles somaram cerca de 45% das indenizações pagas por acidentes envolvendo ônibus, o que equivale a 2.620 sinistros.

Os motoristas, por sua vez, são os menos atingidos nos acidentes de ônibus. Das 254 indenizações pagas por ocorrências envolvendo os condutores do coletivo, 65 foram para familiares de vítimas fatais, 120 condutores que sofreram com um tipo de invalidez permanente, e 69 receberam o benefício por reembolso de despesas médicas e suplementares.


O coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, destaca a responsabilidade dos motoristas de ônibus no trânsito. Para ele, o acúmulo de funções dada ao condutor, que também faz cobrança, deve ser fiscalizado junto às empresas.O especialista também chama atenção para o caso dos passageiros. "O uso do cinto de segurança nos transportes coletivos seria o ideal, mas sabemos que ainda não é uma realidade. O volume de pessoas que precisam ser transportadas é muito grande e, muitas vezes, seguem viagem em pé. Por isso, é fundamental que os condutores sejam prudentes ao volante para evitar quedas e acidentes mais bruscos", complementa.
Rodolfo Rizzotto ressalta ainda que, por fazerem parte do trânsito, os pedestres também devem estar atentos aos cuidados para evitar acidentes. De acordo com ele, o uso do celular, a falta de atenção ao semáforo e o hábito de atravessar as ruas fora da faixa de pedestre contribuem para a negligência durante o deslocamento a pé.

Fonte: Seguro DPVAT/Divulgação