Carlos Bozzo Junior (Folhapress)

As rádios Cultura Brasil, e Cultura FM homenageiam os 85 anos de Hermeto Pascoal com uma série inédita sobre a vida e a carreira do multi-instrumentista, compositor e arranjador alagoano Hermeto Pascoal. Os quatro episódios da série vão ao ar a partir desta terça-feira (22) na Cultura Brasil (77,9 FM), e no domingo (27), na Cultura FM (103,3).

No primeiro episódio, "Campeão", como Hermeto chama a todos, conta que o contato com seu primeiro som foi na barriga de sua mãe e ao longo de seus 85 anos. "O Menino Sinhô", segundo capítulo da série, conta sobre a infância e a família de Hermeto Pascoal. O título do episódio resgata o apelido que o músico tinha ao longo de sua infância. Segundo ele, as pessoas da pequena cidade em que ele nasceu-Lagoa da Canoa, município de Arapiraca, em Alagoas- o achavam doido. O episódio trata ainda sobre sua formação musical, suas aventuras ao longo da adolescência, e é encerrado com um depoimento do pianista, arranjador e compositor Gilson Peranzetta dedicado ao mestre dos sons.

O terceiro episódio, "O Bruxo Alquimista-O Mágico", relata a percepção dos sentidos dentro da música e como o mago Hermeto faz mágica através do som. O quarto e último episódio, "O Albino Louco", aborda as relações de Hermeto com outros músicos, além de grandes encontros que ele realizou com artistas celebres da arte de amealhar os sons. Os experimentalismos de Hermeto Pascoal surgem de suas ideias e percepções da realidade e relacionamentos pessoais e musicais. A série é encerrada com o contrabaixista, compositor e arranjador Itiberê Zwarg contando sobre sua convivência de mais de 40 anos junto ao mestre Hermeto.

Folhapress

A cantora Marisa Monte fará uma audição solidária de seu próximo disco, "Portas", que será lançado no dia 1º de julho. O CD será disponibilizado nas plataformas digitais às 21h. As pessoas que participarem poderão ter acesso às músicas uma hora antes, às 20h.

As doações, a partir de R$ 20, serão revertidas para profissionais da cultura do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador que tiveram seus trabalhos interrompidos por causa da epidemia da Covid-19.

Folhapress

A Netflix e a produtora Amblin Partners, liderada pelo cineasta americano Steven Spielberg, anunciaram uma parceria para produção de novos conteúdos da plataforma. O acordo foi divulgado nesta segunda (21) nas redes sociais da Netflix.

"Estamos emocionados em anunciar que a empresa do lendário cineasta produzirá anualmente muitos filmes para a Netflix", diz o tuíte publicado pela plataforma.

Conhecido por sucessos como "E.T. O Extraterrestre", "A Lista de Schindler" e "Jurassic Park", Spielberg também poderá dirigir alguns dos longas da parceria. "Na Amblin, as histórias estarão sempre no centro de tudo o que fazemos. Desde que Ted [Sarandos] e eu começamos a discutir uma parceria, ficou muito claro que tínhamos uma oportunidade incrível de contar novas histórias e alcançar o público de novas maneiras", afirmou Spielberg num comunicado à imprensa.

O novo acordo anunciado, que mira fazer novos sucessos do streaming, não irá interferir no contrato da Amblin com a Universal Pictures, renovado por pelo menos mais cinco anos, em 2020.

A data do início da produção dos longas da parceria da Netflix com a Amblin Partners ainda não foi revelada.

Em 2015, a Netflix deu início à produção de conteúdos originais, com dez longas e duas séries. No ano seguinte, o número dobrou. Cinco anos depois, os originais ultrapassaram a marca de cem. Atualmente, a plataforma tem ganhado cada vez mais atenção de grandes premiações, incluindo o Oscar e o Globo de Ouro. Spielberg, aliás, já rendeu polêmicas ao criticar a participação de serviços de streaming no Oscar.

Folhapress

A Netflix anunciou nesta terça (15) a série documental "Elize Matsunaga: Era uma Vez um Crime". Em 2012, ela foi condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em um dos crimes que mais repercutiram no Brasil.

A produção nacional estreia na plataforma no dia 8 de julho. "Ainda não sei dizer que tipo de emoção fez eu apertar aquele gatilho", diz ela no trailer do documentário, divulgado nesta terça.

A série em quatro episódios de 50 minutos cada apresenta também depoimentos de familiares e colegas dela e da vítima, além de especialistas que acompanharam as investigações –incluindo jornalistas, advogados de defesa e acusação e peritos criminais.

Também é revisitado o passado de Elize, de sua infância em Chopinzinho, pequena cidade do Paraná, até o conturbado relacionamento com o empresário antes do assassinato. O documentário apresenta ainda os detalhes que sucederam o fato, desde tentativas de acobertamento do crime, passando pela confissão, prisão, julgamento em 2016 e também saídas temporárias, que foram acompanhadas pela equipe de filmagem.

"Senti uma responsabilidade moral muito grande em dirigir essa série. Não só pela família do Marcos e pelos amigos que sofreram com essa tragédia, mas também pela família da Elize, pessoas que não sabiam de nada daquilo, mas que também sofrem as consequências até hoje", diz a diretora Eliza Capai.

O CRIME

O assassinato de Marcos Matsunaga foi um dos crimes mais emblemáticos da história recente de São Paulo. O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste da capital paulista), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo). Elize foi presa em 4 de junho.

Segundo sua defesa afirmou na ocasião do crime, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal teria começado porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma suposta traição por parte dele.

Elize foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe (vingança), recurso que dificultou defesa da vítima e meio cruel. Ela também foi indiciada por ocultação de cadáver.

Redação

Os 24 idosos que vivem na casa de repouso Bela Flor, no Andaraí, vão ter um presente neste sábado, a partir das 15h. A entidade vai exibir o projeto Festa da Música (Fête de La Musique), promovido pelo Franco-Brasileiro e transmitido pelo Youtube do colégio.

A apresentação ficará por conta da professora Heloisa Helena Azevedo, coordenadora de Francês da escola, e da aluna Sophia Dahmouche, da 2ª Série do Ensino Médio. Por conta da pandemia, o evento promovido pelo Franco será virtual.

- Esta é uma tradição francesa que trouxemos para o colégio há mais de 20 anos. Inicialmente eram apenas músicas francesas. Mas o conceito foi mudando, há algum tempo temos alguns gêneros, mas sempre priorizando o francês. Sempre tentamos trazer músicas francesas atuais, porque sabemos que agrada mais ao nosso público jovem. Ao mesmo tempo, a gente nunca esquece das canções clássicas, que agradam aos responsáveis – explica Heloisa.

A Festa da Música é uma verdadeira celebração à cultura francesa.

- Além dos alunos, recebemos nossos professores que são músicos e cantores. Teremos professores e seus filhos cantando, temos uma banda com esses meninos. Quanto aos instrumentos, o violão, piano e a guitarra são, normalmente, os preferidos dos alunos – conta a coordenadora de Francês e organizadora do evento.

O festival poderá ser acompanhado por este link

Francesca Angiolillo (Folhapress)

Após ver ameaçada sua permanência no endereço que ocupa há quase 50 anos, o Museu da Casa Brasileira passará a ser gerido pela Fundação Padre Anchieta, a FPA, dona do imóvel.
A Folha apurou que a gestão do espaço, hoje gerido pela organização social A Casa, seria transferida à FPA.

Consultada, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, da qual o MCB depende, confirmou que está "dialogando com as partes interessadas para definir o melhor modelo de gestão para o espaço".

"Um acordo com a Fundação Padre Anchieta para a gestão do museu está em processo de elaboração." Ainda segundo a pasta, "o Museu da Casa Brasileira continuará em funcionamento no mesmo local e não haverá qualquer alteração nas atividades da instituição". Consultada a respeito de seus planos para o MCB, a FPA se limitou a responder que se pronunciaria "em momento oportuno".

O museu, voltado para questões de arquitetura e design, funciona desde 1972 no solar Crespi Prado, um casarão em estilo neoclássico com um grande jardim na avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste de São Paulo.

O imóvel foi cedido em comodato de 50 anos, concluído em março deste ano. O contrato firmado em 1971 previa que, se três anos antes do encerramento, nenhuma das partes se manifestasse em contrário, a cessão teria renovação automática. Porém, em 2018, a FPA afirmou que não pretendia renovar o comodato. Com isso teve início uma situação de indefinição para o museu.

No ano seguinte, a secretaria de Cultura afirmou que o MCB não seria fechado, mas não divulgou nenhum acordo que assegurasse a manutenção da sede. Com o fim do comodato, ficou acertado que a instituição poderia permanecer no imóvel até o fim do ano, quando se encerra a gestão da organização social.

O imóvel foi construído por Fábio da Silva Prado, prefeito de São Paulo entre 1934 e 1938, e por sua mulher, Renata Crespi Prado. O casal viveu ali de 1945 a 1963, ano da morte do ex-prefeito. Cinco anos depois, a viúva doou o imóvel à Fundação Padre Anchieta com a condição de que fosse usado para fins culturais. Referência em história do design no país, o MCB abriga uma exposição permanente de parte do acervo dos antigos moradores.

Em abril, uma nova marca para o museu foi desenvolvida pela equipe da secretaria de Cultura. A antiga, desenhada por Rico Lins, consistia na sigla MCB em lettering geométrico na cor verde. A nova reproduz em laranja a imagem do solar, com o nome da instituição por extenso, em azul.

Segundo a pasta, a ideia foi fortalecer o vínculo do MCB com a casa. "Considerou-se que estava na hora de atualizar e reforçar a conexão entre a instituição e o imóvel."

Antes da pandemia, o local também havia se estabelecido como um ponto disputado por feiras de design, gastronomia e moda, que ocupavam os 6.000 metros quadrados do jardim. A instituição divulgou em seu site um balanço da gestão da A Casa de 2008 a 2019, com dados que mostram crescimento expressivo em público e captação de recursos.

Com as limitações impostas pelo coronavírus, o MCB passou a adaptar para o meio virtual atividades tradicionais, como a premiação de design que realiza desde 1986, e a programação musical.

"Quem lida com museu lida com materialidade", diz Miriam Lerner, diretora da instituição, que apesar disso vê um "ganho grande" na agenda online, pelo alcance ampliado de palestras, cursos e outros eventos.

Contratada pela organização social A Casa, assim como o restante da equipe do museu, Lerner diz que não toma parte das negociações em curso. "Eu não sento à mesa, não sei o que está sendo levantado."

Ela disse, contudo, ter sido informada de que havia a hipótese de a gestão ser passada à FPA, embora isso não tenha sido oficialmente comunicado. "Tudo que eu desejo, uma vez que estou lá há 15 anos, é a continuidade do projeto, que tem parceiros, público. É uma instituição consolidada. Meu único temor seria que o novo gestor não desse continuidade."

O presidente da FPA, José Roberto Maluf, tem longa atuação no ramo televisivo. Foi vice-presidente executivo da Bandeirantes e do SBT e é próximo do governador João Doria (PSDB), de quem foi sócio. Diferentemente de seu antecessor imediato, Marcos Mendonça, que foi secretário cultural do estado por quase oito anos, Maluf não tem experiência na área cultural.