A demanda crescente por recursos naturais como água, energia e minerais somada com a necessidade da adequação dos empreendimentos humanos frente as Mudanças Climáticas provoca a geração de milhares de postos de trabalho para os próximos anos.

A demanda crescente por recursos naturais como água, energia e minerais somada com a necessidade da adequação dos empreendimentos humanos frente as Mudanças Climáticas provoca a geração de milhares de postos de trabalho para os próximos anos. As ações de desenvolvimento humano devem conter o conceito da sustentabilidade que preconiza os benefícios humanos e ambientais equilibrados com a viabilidade econômica. A geração atual
deve iniciar a concretização deste conceito através de mecanismos e estratégias inovadoras além de novos modelos de desenvolvimento. Isto só será possível, pela ordem, através da
experiência prática, qualificação profissional e pesquisas.

As novas tecnologias e inovações que o mercado de trabalho necessita para atingir um novo patamar de desenvolvimento sustentável com crescimento econômico, requer profissionais qualificados e treinados para este fim. Esta primeira geração de profissionais terá ainda a incumbência de ser formador de opinião publica (credibilidade) e de agentes multiplicadores de mão de obra qualificada.

Segundo a ONU mais de 1,4 bilhão de empregos ou 42% da força de trabalho global atuam diretamente na gestão das águas. Setores da agricultura, pesca, mineração, indústrias, saneamento das cidades, geração de energia, dentre outros tem seus empregos relacionados com a obtenção e tratamento das águas. De forma indireta, 1,2 bilhão de empregos ou 36% do total das ocupações remuneradas dependem de maneira moderada da água. Assim é possível perceber que de cada 4 empregos, 3 dependem da boa gestão deste recurso natural.

A medida que a população humana cresce na face da Terra mais recursos naturais são necessários para manter a boa qualidade de vida do homem. Nos últimos 2 anos, o Brasil sofreu uma escassez perigosa da água gerando atritos políticos, demandas tecnológicas e querelas judiciais na disputa deste importante recurso natural. Diversos setores da sociedade entraram em conflito pelo uso da água, contudo poucas medidas de planejamento e obras foram efetivamente realizadas. A carência técnica de opções inovadoras e economicamente viáveis, bem como a falta de habilidade política para construir pontes(acordos) onde um maior numero de segmentos sociais possam ser beneficiados, impediram o estabelecimento de mecanismos que pudessem promover uma segurança hídrica mais efetiva. Continuamos reféns da boa vontade da natureza em promover chuvas equilibradas, frequentes, espaçadas e na quantidade certa que as cidades precisam. Ou seja, esperamos por milagres numa época de mudanças climáticas.

A capacitação de recursos humanos  que possa promover uma maior segurança hídrica, com certeza, garantiria o crescimento econômico que o país tanto almeja atualmente.

A crise hídrica pode ser uma grande oportunidade para a formação de capital humano qualificado para um país repleto de riquezas naturais renováveis. Não só resgataríamos uma
dívida com o nosso meio ambiente como também produziríamos empregos para uma melhor qualidade de vida humana.

Prof. Dr. David Zee
Vice-Presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca