No ultimo mês de 2015 foi inaugurado o Museu do Amanhã na Praça Mauá. Trata-se de um monumento ao pensamento humano, a democratização do saber, a possibilidade de decidir, o futuro que almejamos e o destino que queremos seguir.

No ultimo mês de 2015 foi inaugurado o Museu do Amanhã na Praça Mauá. Trata-se de um monumento ao pensamento humano, a democratização do saber, a possibilidade de decidir, o futuro que almejamos e o destino que queremos seguir.

Vale a pena visitar e entender como estamos encaminhando o futuro do nosso planeta. Conhecer e refletir sobre as alternativas que se apresentam hoje possibilita a oportunidade da escolha pela melhor solução. A mudança de atitude do homem primitivo que apenas reage frente aos problemas daquele que observa, pensa, decide e age torna-o proativo e senhor do seu destino.

A humanidade já percebe que os efeitos colaterais negativos do clima, das águas, do mar e do solo refletem na nossa qualidade de vida. Depois do estrago feito a nossa reação não será suficiente para recompor o equilíbrio anterior. Não podemos continuar a ter uma postura reativa pois a nossa casa, o planeta, não será o mesmo para as futuras gerações. Precisamos ser proativos e saber avaliar as consequências antes de prosseguir com os erros atuais.

Em geral, o caminho fácil nos impede de perceber e refletir. Precisamos sair deste estado de inanição, de facilidades de insumos naturais sem limites, pois depois de consumidos, o caminho de volta será mais penoso, e talvez, além das nossas possibilidades de recuperar.

Todos almejam um futuro melhor que o passado. Todo benefício futuro exige mudanças de atitudes hoje. Não podemos continuar insistindo nos erros e na opção do menor esforço, queimando as reservas naturais dos nossos filhos e netos. Precisamos abdicar pelas boas práticas. Observar, refletir, avaliar, escolher e criar novas alternativas para o desenvolvimento humano. Este desenvolvimento depende da perpetuação da boa relação que deve existir entre o homem e a sua casa, a natureza.

Como a solução depende do consenso do maior numero possível de atores envolvidos devemos ser capazes de insistir na procura da congruência dos interesses e evitar o surgimento de diferenças. Se hoje temos uma baía poluída e um complexo lagunar assoreado que tanto nos incomodam, temos que ser capazes de unir interesses e vislumbrar um futuro melhor através de ações e atitudes que precisamos iniciar hoje. A solução existe e conhecemos bem as ações que devem ser conduzidas. Devemos ser generosos e abrir mão de interesses particulares e considerar os interesses coletivos. Eis aí outro desafio a ser vencido pela mudança de atitude. Antes de exigir dos outros devemos refletir pelas nossas ações. Através do exemplo podemos contagiar os outros a fazer a sua parte.

Pensar no futuro significa evitar reagir apenas quando a situação se agrava e quem sabe já esteja irreversível. Neste estágio não conseguiremos implementar as soluções definitivas. Soluções paliativas são aquelas que adotamos para contornar um impacto crônico. Soluções planejadas são aquelas que evitam os desdobramentos ou o surgimento de impactos ambientais no futuro.

Hoje já devemos pensar e agir para um futuro melhor. Medidas preventivas são muito mais econômicas e eficazes que medidas corretivas.

Prof.  David  Zee
Vice-Presidente  da  Câmara Comunitária Barra da Tijuca