Entrevista com Marcelo Gorodicht, diretor da agência X-Tudo, uma agência da Barra, na Barra! Informações e contatos da X-Tudo, enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. , ou pode ligar para: (21) 3153-1862.

Jornal da Barra: Eu brinco que a X Tudo é uma agência localizada na Barra, mas sobretudo uma agência da Barra. Mas gostaria, inicialmente, de falar sobre sua trajetória como publicitário. Você trabalhou em grandes agências e sempre teve um papel fundamental dentro delas. Fale um pouco sobre o lado afetivo quando você escolheu a Barra para ser a sede da X Tudo.

Marcelo: Sou um publicitário das antigas, já são 36 anos de propaganda. Trabalhei em diversas agencias no Rio e já dirigi algumas em São Paulo também. Em 2011, fundei a X Tudo e resolvi “homenagear” o bairro que eu escolhi para morar: a Barra da Tijuca. Quando me mudei para cá, havia poucas coisas acontecendo, mas eu sempre apostei na região. Então, tenho uma relação afetiva com a Barra e acho que seja o melhor bairro no Rio de Janeiro para se viver. Por conta da mobilidade urbana e da qualidade de vida, as coisas têm ficado cada vez melhores. Então, não há nada mais natural para mim do que trabalhar perto de onde eu moro e poder ir para a agência de scooter diariamente.

Jornal da Barra: Você tem percebido que estamos tendo uma migração da inteligência carioca para à Barra da Tijuca?

Marcelo: Sim. Esse é um movimento que vem acontecendo há um tempo. É uma migração não apenas da inteligência, mas também do PIB do Rio de Janeiro. Basicamente, todas as grandes empresas estão migrando do Centro e da Zona Sul para a Barra, sobretudo por questões de mobilidade, espaços grandes e convidativos. É difícil pensar em abrir um negócio e não pensar na Barra da Tijuca como sede.

Jornal da Barra: Falando sobre cultura, uma das maiores atribuições de um publicitário é compreender a cultura do mercado e fazer o link com o cliente. Qual é a cultura da Barra da Tijuca, atualmente, na percepção de um marqueteiro ou um publicitário renomado como você?

Marcelo: Houve uma grande mudança também nessa questão. Quando a Barra surgiu, era tudo misturado, jovens casais que vinham da Zona Sul, da Zona Norte, e pessoas da Zona Norte que alcançavam alto poder aquisitivo. Daí, veio a fama de que a Barra é o lugar dos novos ricos; mas ao passo que as empresas vieram para cá, muitos trabalhadores optaram por viver aqui. A Barra é hoje um resumo da cultura carioca. Nós temos públicos absolutamente ecléticos. Quando se fala de Rio de Janeiro e de Barra da Tijuca, é basicamente a mesma coisa.

Jornal da Barra: Um extrato da pirâmide que é importante, é a classe media. A pirâmide socioeconômica da Barra é diferenciada?

Marcelo: Eu acho que a Barra da Tijuca, atualmente, é um bairro de classe AB, que para nós, publicitários, é considerado classe média-alta. A Barra tem um público diferente de outros bairros da Zona Oeste, cujos há moradores da classe D. Pode-se dizer que na Barra a predominância é da classe A-B.

Jornal da Barra: Como você vê a questão da crise versus a necessidade de falar com um target exato de publico? É uma solução para otimizar a verba do cliente?

Marcelo: Sim. A tendência para nós, publicitários, é trabalhar em nichos. Definir o mais claramente possível, filtrar o publico alvo, e trabalhar em veículos que atinjam de forma mais direta possível esse alvo, evitando que o cliente tenha dispersão de verba; até porque o que há de mais escasso nos dias atuais é verba.

Jornal da Barra: Gostaria que você se posicionasse com relação ao acesso nesse mercado. Por exemplo, nós temos hoje uma nova realidade, que é o Jornal da Barra. Você acha que esse nicho de mercado, de falar dentro do universo, com uma linguagem da nova Barra, vai ser atingido pelo jornal?

Marcelo: Eu acredito que sim, sobretudo, porque essa é uma tendência mundial; o fato de as pessoas procurarem estar sempre por perto de onde elas moram e/ou trabalham. Então, a partir do momento em que você tem um veiculo que aborde abertamente, como o Jornal da Barra, que engloba politica, economia, educação e cultura, dentro da Barra da Tijuca, facilita muito para o público. Invés de o leitor ler o que acontece longe dele, ele tem acesso ao que acontece perto de sua casa, ele tem um jornal que fala diretamente com ele; ele se sente mais atendido.

Jornal da Barra: Marcelo, hoje o publicitário tem que ter uma visão sistemática absoluta para atender o cliente?

 Marcelo: Eu sempre entendi a propaganda, a comunicação, de uma forma conhecida por nós como “360”, atendendo à todas as disciplinas da comunicação. Atendendo ao cliente e atingindo o consumidor em todos os seus pontos de contato. Quando eu abri a agência com esse nome calórico, X Tudo, foi basicamente porque a ideia era ter todos os ingredientes da comunicação dentro da mesma agencia. Nós fazemos quase tudo, sem precisar de muitos fornecedores. Fazemos propagandas on-line, off-line, gestão e produção de conteúdos para mídias sociais, partes de promoções e eventos, enfim, atendemos ao cliente com qualidade e sinergia de todas as disciplinas.

Jornal da Barra: Fale um pouco sobre o portfólio de clientes que você tem hoje.

Marcelo: Nós atendemos à uma gama bastante variada de clientes, atendemos alguns shopping centers, inclusive o Via Parque, aqui na Barra, e outros em diferentes lugares. Temos uma filial em São Paulo, então atendemos também o Shopping de Osasco, atendemos o curso de inglês ‘Yes!’, atendemos a Land Rio, concessionaria da Land Rover na Barra; enfim, temos 18 clientes ativos na agencia.

Jornal da Barra: Vamos falar sobre duas paixões suas, a primeira delas é o Flamengo. Como tem sido o marketing do clube?

Marcelo: O Flamengo tem um marketing bastante agressivo. Hoje é o clube que, seguramente, tem a gestão mais moderna e competente do Brasil inteiro, isso resulta em um programa de sócio-torcedor muito ativo. Inclusive já fiz comerciais para o time, sem cobrar, claro, pois foi feito por amor.

Jornal da Barra: A segunda paixão é porque você, além de construtor de marketing, você tem DNA de quem construiu uma cidade; seu pai ajudou a construir a Barra. Me fale um pouco sobre seu DNA na construção civil.

Marcelo: Meu querido e falecido pai, Isaac Gorodicht, atuou na construção civil durante muitos anos, foi um grande empreendedor. Ele construiu alguns dos primeiros condomínios da Barra, cooperou na construção do Riviera del Fiori, que foi um dos primeiros condomínios de grande porte.

Jornal da Barra: E trouxe um novo lifestyle?

Marcelo: Exatamente. Os condomínios criaram uma nova forma de se viver, e tenho muito orgulho de dizer que meu pai participou disso.

Jornal da Barra: Para finalizar, gostaria que você falasse da X Tudo, aqui na Barra da Tijuca.

Marcelo: A X Tudo é uma agencia de porte médio, temos hoje 32 funcionários no Rio e 7 em São Paulo. Como qualquer agencia de comunicação, a maioria dos funcionários e constituída pela garotada, até em função dessa nova comunicação digital.

Jornal da Barra: Uma mensagem final para o leitor.

 Marcelo: Gostaria de agradecer a você, Magnavita, pela chance de ter falado um pouco sobre minha agencia e minha trajetória profissional, e desejar muita sorte ao programa e ao Jornal da Barra, que vai arrebentar, sem duvidas.