É frio que fala, né?

Redação

Enfrentar uma piscina pela manhã, no inverno carioca, não é para os fracos, literalmente. Desde que essa estação do ano começou, no dia 21 de junho, é normal o carioca encarar temperatura por volta dos 13ºC, o que é bem frio para quem está acostumado com o tradicional calor na cidade.

E como faz quando é preciso encarar o frio e a piscina, ao mesmo tempo? Com a palavra Jullia Catharino, de 18 anos, atleta do Flamengo e da seleção brasileira de nado artístico:

- Aqui no Rio não temos treinamento em piscinas cobertas. Então, essa fase do inverno é um pouco mais sofrida para nós, que somos atletas aquáticos (risos).

Pela seleção, Jullia faz um treino pela manhã, às 7h30, e outro de noite:

- A maioria das vezes a água é até aquecida, mas não chega a ser quente de fato. Então, de manhã cedo e à noite são os horários que mais sentimos o frio externo. Procuramos ficar o mínimo de tempo paradas para nos manter mais aquecidas durante o treino.

Esforço à parte para encarar a baixa temperatura, Jullia e as colegas do clube rubro-negro conquistaram, no último final de semana, o 1º lugar na equipe livre e na prova de highlight do Estadual de Inverno.

- Foi a nossa primeira competição presencial por aqui, com protocolos, público completamente reduzido, mas foi muito bom para voltarmos a sentir aquela adrenalina que só tem em competição – festejou a atleta.

E por ter sido o primeiro torneio com torcida após tanto tempo, a nova conquista foi ainda mais
comemorada:

- Foi especial, estávamos muito animadas e também gostamos muito do nosso desempenho nesse retorno, de estarmos competindo as provas de equipe, com os adversários, juízes e com aquela atmosfera de competição de novo – celebrou.

Ganhar competições, aliás, não é novidade para Jullia. Em junho, ela venceu, de maneira on-line, o Pan-Americano de Aruba. Há dois anos, Catharino foi eleita a melhor atleta da América do Sul na modalidade.
No currículo, a jovem atleta também tem o tetracampeonato sul-americano.

Gratidão ao CEL

Convocada pela primeira vez para a seleção adulta aos 16 anos, Jullia pratica o nado desde os 5 anos. A inspiração foi Rafaella, sua irmã.

Desde cedo a nadadora teve que aprender a conciliar os treinos com os estudos. Ex-aluna do CEL Intercultural School, onde estudou de 2014 a 2020, Jullia é muito grata ao colégio:

- O CEL sempre foi muito mais do que um colégio para mim, ele foi o meu verdadeiro porto seguro com tanto carinho, atenção e reconhecimento. Sou muito grata a todos que fizeram parte disso, minhas conquistas com certeza não seriam possíveis sem eles. Sempre participei de muitas viagens e competições, além dos treinos que muitas vezes duravam um dia inteiro. O CEL sempre me deu todo o apoio e suporte para que eu alcançasse todos os meus objetivos dentro e fora das piscinas – agradece.

Atualmente, Jullia concilia os treinos e competições com os trabalhos como modelo:

- Gosto muito das duas áreas, em certos momentos elas se completam e sou muito feliz. Sempre tento conciliar os horários e encaixar meus trabalhos como modelo nos meus horários vagos, intervalos de treino e folgas.