Equipe brasileira de ginástica artística conquistou o pódio e duas vagas para o Mundial

 

Do dia 26 de junho ao dia 17 de julho, o Parque Olímpico do Rio de Janeiro recebeu o Pan-Americano de Ginástica. Os dias de competição foram divididos em três modalidades: ginástica de trampolim, rítmica e artística. A Arena Carioca 1 foi o palco das disputas e nos últimos dias de campeonato a torcida tomou conta do espaço e ajudou os brasileiros a entrarem no pódio.

O Campeonato Pan-Americano é responsável por dar vagas para as equipes no Mundial, dependendo do desempenho de cada atleta. Na ginástica artística, o Brasil garantiu a vaga tanto da equipe feminina quanto da masculina.

As primeiras a conquistarem vaga no Mundial de Liverpool, que acontece em outubro, foram as meninas. Na competição por equipes, as brasileiras conquistaram medalha de ouro e se classificaram em primeiro lugar, ficando a frente dos Estados Unidos, Canadá, Argentina e México, que também conseguiram vaga para o Mundial. Durante a competição, a Arena Carioca 1 ficou lotada e a torcida para o Brasil era quase unânime, fato que ajudou a equipe durante a competição.

“É muito bom ter a torcida aqui com a gente, eles passam muito carinho e a gente vê tudo o que significa para eles. Foi um orgulho enorme poder representar mais uma vez o meu país e integrar essa equipe com essas meninas fortes e guerreiras. Temos meninas novas chegando agora, junto a atletas mais experientes, fazendo essa troca e já sentindo tudo o que acontece em uma competição”, disse a campeã olímpica Rebeca Andrade.

Foto: Guilherme Cosenza

A equipe masculina de ginástica artística ficou em segundo lugar na competição por equipes, ficando com a medalha de prata. Os Estados Unidos conquistaram o primeiro lugar e além deles, os outros países classificados para o Mundial foram Canadá, Colômbia e México.

Campeão do individual geral, o ginasta brasileiro Caio Souza também reforçou a importância da torcida, que esgotou os ingressos, e disse que o Pan-Americano ter acontecido no Rio foi muito especial, “A minha família esteva presente e foi muito legal. Em 2019, a minha mãe conseguiu ir para os Jogos Pan-Americanos no Peru e aquilo foi emocionante para mim. Ano passado não podia ter ninguém por causa da pandemia e desta vez eles vieram. Isso é muito bom porque nós, brasileiros, gostamos muito desse apoio. A cada elemento, cada prova, a torcida ia junto e isso é muito legal. Minha família veio de Volta Redonda e foi muito bom poder contar com eles”, falou.

Treinos difíceis e horas de dedicação: como é a rotina de um ginasta

A rotina de um ginasta demanda muito empenho e longos treinos. Para as competições, cada aparelho tem sua particularidade e isso exige uma grande concentração de cada atleta. Representando o Trinidad e Tobago, a ginasta Annalise Newman-Achee, que competiu no Pan-Americano de Ginástica, falou um pouco sobre esse cotidiano peculiar.

“Eu diria que uma das principais dificuldades é o treino consistente. São muitas horas e muito esforço físico”, disse Annalise em relação as dificuldades que os ginastas passam para alcançar um alto nível no esporte.

Para manter o foco e não desistir com facilidade, a Annalise sempre lembra porque pratica o esporte e tudo que ela está simbolizando: “Minha principal motivação é pensar sobre o que eu estou representando. Eu represento o país do meu pai. Isso faz eu me sentir muito bem e me mantém nesse caminho”.

Head Coach, Annalise e sua mãe, respectivamente. Foto: Duda Prado