Medida visa ajudar quem "depende" de programas sociais estudantis

Por Gabriel Suares

O presidente Jair Messias Bolsonaro lançou nesta quinta-feira (05) um programa que incentiva criação de escolas cívico-militares. O anúncio foi feito em uma cerimônia no Palácio do Planalto acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão.

Segundo Bolsonaro, essa medida garante que as pessoas não precisam depender de programas sociais “até morrer”. Todavia, ele não detalhou qual seria a relação do modelo atual de escolas e a “dependência” existente nos indivíduos participante dos programas sociais.

O Distrito Federal já adota a militarização em algumas unidades de ensino, e o governador Ibaneis Rocha (MDB), idealizador do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) participou do evento no Planalto.

"Temos aqui a presença física do nosso governador do DF, Ibaneis. Parabéns, governador, com essa proposta. Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar, não. Tem que impor”, disse Jair sobre a nova prática defendida.

O programa PISA é realizado a cada três anos e avalia o desempenho escolar de diversos países em três quesitos principais: matemática, ciências e leitura.

Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Abraham Wintraub, afirmou que em primeiro momento a adesão será voluntária e não imposta pelo Governo:  "o que está combinado é que é voluntário. Mas a demanda é tão grande dos pais, dos prefeitos, deputados, governadores, todos eles querem", disse o ministro.