Com 500 leitos, hospital vem para auxiliar na guerra contra o Covid-19

A Barra está na luta contra o Covid-19. Uma amostra disso está em dos maiores hospitais de campanha na batalha contra o vírus. O Riocentro, maior pavilhão das Américas, é o berço de um dos pontos de luta para eliminar o vírus. O hospital terá a capacidade para 500 leitos, 400 de clínica médica e 100 de UTI, e desde a última sexta-feira (01), começou a receber os seus primeiros pacientes.

Com mais 300 respiradores, 70 carrinhos de anestesia, 400 monitores e 1 milhão de EPIs, entre máscaras e outros itens de proteção para os profissionais dos hospitais, que tem previsão de chegar da China na próxima sexta-feira (8) o Riocentro estará totalmente equipados para receber os doentes da Covid-19. Tudo isso para ir na contramão das notícias que vem salientando a superlotação nos hospitais públicos da cidade. Embora ainda não esteja funcionando em sua totalidade, o Riocentro já é uma ótima saída para desafogar os hospitais da cidade. “A gente espera que recebendo os novos respiradores da China, na próxima sexta-feira quando a vão 300 [respiradores] a gente já vai ter condições de abrir todo este hospital, e também aumentar os leitos na rede e lá no [Hospital Ronaldo] Gazolla”, disse Marcelo Crivella ao ser questionado sobre a abertura de todos os leitos. A responsabilidade da gestão é da RioSaúde, gestora do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que tem sido uma unidade de referência para o tratamento da Covid-19. São esperados 1.355 profissionais da área para assumir os cuidados dos doentes. Para garantir a segurança, a vigilância sanitária vai estar à frente da alimentação hospitalar.

O prefeito também destacou na coletiva realizada no Riocentro no último domingo, que essa semana seria realmente a mais difícil de ser enfrentada na cidade: “Esta semana é a que mais nos preocupa. Porque se acelerou o número de contágios e as pessoas precisando dos hospitais. Nós aguardávamos, já há bastante tempo, ajuda de outros entes, o que, até agora, não ocorreu. Nós tivemos uma notícia de que o estado não está, neste momento, conseguindo os equipamentos necessários. E os nossos só chegam durante esta semana. Esta semana, para nós, talvez seja a mais decisiva, a mais difícil, a mais angustiante”. O prefeito ainda salientou que estão sendo instalados tomógrafos, aparelhos que podem realizar imagens em alta definição do pulmão, mostrando se há algum tipo de infecção pelo novo coronavírus, mesmo que em fase inicial.

O aparelho pode ser de grande utilidades para os pacientes que têm outras doenças, chamadas de comorbidades, fazendo parte do chamado grupo de risco. “Eu peço a todos que possuem comorbidade - e 90% das vidas que perdemos foram de pessoas com comorbidade. A chance que temos de salvá-las é o diagnóstico precoce, a pneumonia no início. Esta semana para nós é o Dia D. Estamos com os tomógrafos sendo instalados e nossos equipamentos chegando da China nesta semana. É o momento mais difícil para nós. Eu não sei se é o pico, não sei se será nesta semana ou na outra. É o momento mais delicado”.

A unidade de campanha da capital fluminense é a maior da rede pública em todo o estado, com 16,5 mil metros quadrados de pavilhão e 13 mil metros quadrados de área construída. Tem 500 leitos, sendo 400 de clínica médica e 100 de UTI, entre os quais 15 com recursos para hemodiálise. Atualmente a unidade do Riocentro tem 29 pacientes internados e já conseguiu curar seus primeiros pacientes ao longo dessa semana.