A Zona Oeste é a região que mais investiu neste quesito, com R$7,21 milhões. A Barra da Tijuca concentra R$4,47 milhões deste valor

 

 

A segurança no Rio de Janeiro é um tópico frequente e cada vez mais preocupante. De acordo com o levantamento feito pela Cipa, – grande referência no mercado imobiliário, que administra mais de 1.300 condomínios – os edifícios do Rio investiram R$11 milhões em segurança apenas nos três primeiros meses de 2023. Segundo a administradora, o montante é quase o total do valor de 2022, de R$12 milhões.

O estudo mostra que a Zona Oeste é a região que mais investiu na segurança dos condomínios, com R$7,21 milhões. A Barra da Tijuca, dentre o valor total investido na Zona, concentrou R$4,47 milhões. Os condomínios da Zona Sul gastaram R$3,21 milhões de janeiro a março de 2023, mais do que todo valor de 2022, de R$2,9 milhões. Na Zona Norte, o total foi de R$1,5 milhão, enquanto no Centro, R$196 mil. 

Bruno Queiroz, gerente de Novos Negócios da Cipa, em entrevista ao O Dia, afirma que a pesquisa é uma amostra do que vem acontecendo em todos os prédios da cidade. “Segurança sempre foi um dos principais focos dos condomínios. Os gastos sobem dessa maneira porque há uma sensação generalizada de insegurança na cidade, agravada pelos constantes confrontos em determinadas localidades. Além disso, temos novas tecnologias e ferramentas que ajudam a aumentar esse custo”, analisa Queiroz.

O gerente também avalia que mesmo as regiões que tradicionalmente menos investem gastaram valores maiores ou muito próximos, no primeiro trimestre de 2023, do total gasto no ano de 2022. “Isso demonstra que a violência merece uma atenção maior das autoridades”, avalia o gerente.

O diretor de Condomínio e Locações da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), Marcelo Borges, concorda. “Realmente temos observado um movimento crescente não só no incremento da segurança, como também na contratação de benfeitorias que objetivam uma maior otimização no funcionamento das portarias e controles das áreas comuns. Além disso, muitos condomínios passaram a investir em treinamentos para os seus empregados, buscando uma mão de obra mais qualificada e atenta às necessidades de supervisionar melhor os ambientes”, afirma Borges.