De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte em todo o mundo

Neste sábado (29) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, e a campanha tem como objetivo reforçar ações antifumo e sensibilizar a população para os danos causados pelo consumo de tabaco. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, os fumantes passivos podem ser os mais prejudicados, pois inalam até 50 vezes mais substâncias cancerígenas devido à fumaça.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte em todo o mundo, ocasionando doenças pulmonares crônicas como bronquite, enfisema, câncer de pulmão, doença coronariana (infarto e angina) e doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral). Além de ser prejudicial aos fumantes ativos, o tabaco também ocasiona problemas de saúde aos fumantes passivos, que são aqueles que convivem em ambientes fechados com os fumantes e estão expostos aos componentes cancerígenos e tóxicos contidos na fumaça do cigarro.

A médica Myrna Campagnoli, do Bronstein Medicina Diagnóstica, explica que os fumantes passivos correm os mesmos riscos de apresentarem quadros clínicos respiratórios graves devido à fumaça que inalam. “Os fumantes passivos têm os mesmos riscos de desenvolver doenças respiratórias. Basta que a fumaça do cigarro seja inalada frequentemente e vá direto para os pulmões, causando o agravamento ou surgimento de doenças respiratórias como bronquite, rinite, sinusite, asma e outras”, comenta.

A doutora explica ainda as alterações e danos pulmonares que podem ser considerados fatores de risco para evoluções mais graves da covid-19. “Os fumantes passivos, por estarem mais propensos ao desenvolvimento de doenças pulmonares podem fazer parte do grupo de risco para infecções virais, como o coronavírus. O fumo passivo pode causar danos semelhantes ao tabagismo ativo. Se um fumante passivo for contaminado com a Covid-19, corre riscos de ter problemas pulmonares em função dos níveis de fumaça já inalados”, finaliza Myrna.