Redação

Os Bosques da Memória do Rio, projeto apoiado pela ONU em homenagem às vítimas da Covid-19 e aos profissionais de saúde, serão inaugurados neste fim de semana com plantios simbólicos na Alameda Sandra Alvim, no Recreio dos Bandeirantes. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Parques e Jardins (FPJ) que viabilizou 43 mudas de árvores para serem plantadas pelos familiares das vítimas em uma área verde de 600 m².

A inauguração será realizada em duas cerimônias durante o fim de semana para evitar aglomerações. As cerimônias acontecerão no sábado (12/06) e no domingo (13/06), das 10h às 11h30, com celebrações ecumênicas e a presença do projeto sinfônico A Quarta Corda.

Cada família escolheu uma espécie para plantar e as árvores serão identificadas com o nome da pessoa falecida, representando as mais de 25 mil vidas perdidas no Rio e os mais de 45 mil profissionais de saúde da cidade. Mudas de ipê amarelo, guriri, pau-brasil, pitanga, grumixama, graviola, caju, acerola, aroeira e amora foram doadas por familiares e amigos das vítimas, respeitando o bioma local da Alameda, a vegetação nativa de restinga.

De acordo com a arquiteta Isabelle de Loys, adotante da Alameda Sandra Alvim, serão três bosques no total, organizados por espécies: ipês, frutas e pau-brasil. – A ideia é fazer com que os Bosques da Memória sejam espaços acolhedores para que se possa homenagear aqueles que se foram e todos aqueles que trabalharam bravamente. Plantar uma árvore é também uma forma de renascer – destaca Isabelle.

Para a realização dos plantios, a Fundação Parques e Jardins preparou os berços que irão receber as novas mudas, além de fornecer equipamentos, hidrogel e terra adubada.

Bosques da Memória

As entidades Rede de ONG´s da Mata Atlântica (RMA), Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e Pacto pela Restauração da Mata Atlântica se uniram e idealizaram um projeto de alento e solidariedade às famílias enlutadas, criando os Bosques da Memória.

Os plantios são apoiados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em alinhamento com as ações da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas 2021-2030.

É um esforço da ONU, com aprovação dos países-membros, para criar um movimento global de recuperação, reverter a perda de espécies e ajudar no cumprimento de metas de redução de emissões de carbono.