O setor de turismo viu com bons olhos e recebeu de braços abertos a notícia do planejamento da retomada divulgada pela Prefeitura para a partir de setembro. Precisamos reconhecer que o Rio de Janeiro tem conquistado um excelente desempenho na campanha de vacinação. Por diversas vezes, a vacinação foi antecipada pelo nosso prefeito Eduardo Paes, que tem, inclusive, intenção de imunizar toda a população de até 18 anos ainda em agosto.

Para uma cidade que respira do turismo, um dos segmentos que mais geram emprego e renda para a população fluminense, além de estar entre os maiores arrecadadores dos cofres públicos, a retomada do vezes a setor de turismo e eventos é uma notícia que interfere diretamente no sustento de milhares de famílias e na manutenção de milhares de negócios.

Fazendo uma breve linha do tempo, segundo dados do HotéisRIO, no início de março de 2020, a ocupação da rede hoteleira estava em torno de 70%. Em abril, este índice caiu para menos de 5% e os hotéis começaram a fechar as portas. Em maio, já eram cerca de 90 hotéis e albergues fechados e mais de 25% dos postos de trabalho suspensos permanente ou temporariamente.

A reabertura dos hotéis começou timidamente em junho, mas ganhou força a partir de agosto. Além dos selos estadual e municipal com orientações dos protocolos sanitários de combate à Covid-19, no final do ano passado, a hotelaria esteve envolvida em campanhas promocionais voltadas para o público interno e principais mercados emissores. Fomos protagonistas no cenário das viagens seguras e seguimos esta tendência ao planejar a retomada.

Confirmando as perspectivas do trade de turismo, a retomada tem se consolidado pelo turismo doméstico, em viagens rodoviárias em núcleos familiares. Os hotéis do interior do estado se destacam com as melhores ocupações – respeitando a capacidade permitida – nos finais de semana. Mesmo com a suspensão dos eventos corporativos, houve aumento na demanda durante a semana em função da suspensão das aulas e do trabalho remoto.

O setor trabalhou com criatividade e resiliência para manter as portas abertas, porém, o turismo não se sustenta sem um calendário de eventos robusto, sem uma agenda de promoção sólida. E é neste cenário que o Rio assume a dianteira. Somos a primeira capital a anunciar o planejamento do primeiro Réveillon e Carnaval do pós-pandemia! E a notícia não poderia ser mais impactante e positiva para o setor.

É claro que a recuperação total pode demorar até quatro anos e depende diretamente da retomada da economia, do calendário de eventos e de ações promocionais nos principais destinos emissores nacionais e internacionais, e é neste ponto que o nosso gestor municipal acerta ao ganhar a mídia para anunciar o Rio como primeira cidade a planejar a sua retomada. O trade turístico comemora e os empregos agradecem!

*Alfredo Lopes é presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município e conselheiro da ABIH-RJ, presidente do Conselho de Turismo da Associação Comercial - ACRJ