Redação

A Prefeitura do Rio anunciou, nesta terça-feira (14/09), a criação do Projeto Novos Rumos, para inserir as mulheres em situação de violência doméstica no mercado de trabalho formal. Por meio de iniciativa da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) e a Secretaria Municipal da Mulher, será entregue um selo de responsabilidade social às empresas que ofertarem os postos de trabalho para estas mulheres.

– As mulheres vítimas de violência se socorrem no sistema judiciário. Por isso, é muito importante que a prefeitura possa ajudar o judiciário. Se a mulher consegue se emancipar, ter o seu trabalho, o seu emprego, a sua renda e proteger seus filhos, ela se livra desse ciclo de violência – disse o prefeito Eduardo Paes, ao lado do presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, e dos secretários municipais de Trabalho e Renda, Sérgio Felippe, e de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, no lançamento do programa no Salão Nobre do Tribunal de Justiça, no Centro.

Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) no ano passado já alertava para o crescimento dessas ocorrências, um possível efeito colateral do isolamento social imposto pela pandemia.

– É muito importante dar mais um passo para cuidar da sociedade e fazê-la ainda melhor. O projeto é de uma importância fundamental, pois dá a mulher em dificuldade condições de se reerguer, para quebrar esse ciclo de violência. Melhorar as condições sociais é a nossa prioridade – destacou o presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.

 

O projeto Novos Rumos vai socorrer mulheres vítimas de violência doméstica – Fabio Motta/Prefeitura do Rio

 

O foco do projeto é promover a autonomia financeira dessas mulheres por meio da inserção no mercado de trabalho formal, a fim de ajudá-las a encerrar o ciclo de violência doméstica. A Secretaria Municipal da Mulher e o Tribunal de Justiça vão indicar as candidatas às vagas de emprego.

– É importante lembrar que muitas mulheres em situação de vulnerabilidade doméstica convivem com o agressor por não ter renda própria para tomar a difícil decisão de recomeçar uma nova vida. Um emprego elevará a autoestima delas e a confiança de que é possível seguir adiante – destacou o secretário de Trabalho e Renda, Sérgio Felippe.

Para a secretária da Mulher, Joyce Trindade, a parceria do Tribunal de Justiça com a Prefeitura vai possibilitar que mais mulheres sejam encorajadas a denunciar, por saber que terão políticas públicas de acesso à autonomia econômica.

– Um dos principais motivos que dificultam uma mulher a romper com o ciclo da violência doméstica é a dependência financeira. Nossos equipamentos e serviços estão prontos para atendê-las e encaminhá-las às novas oportunidades de trabalho e na construção de uma cidade segura para as mulheres – enfatizou.