Redação

A Comlurb prossegue, nesta quarta-feira (15/09), a operação integrada de podas de árvores em todo o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, com acompanhamento de engenheiros florestais da Companhia e iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O serviço, que inclui a área do manguezal, sob a supervisão do biólogo Mário Moscatelli, responsável pela manutenção do espaço, terá 58 garis, divididos em cinco equipes que trabalham simultaneamente, com cinco caminhões de cesto aéreo, seis caminhões para a remoção de galhadas e duas vans usadas para podas de sinalização e conflito com fachadas. O cronograma teve início no dia 25/08, e ao todo já foram realizadas 368 podas e 9 remoções de árvores com risco de queda, com 31,3 toneladas de resíduos removidos. A operação é realizada sempre às quartas-feiras, durante cerca de três meses, e conta com apoio da Fundação Parques e Jardins e da Subprefeitura da Zona Sul, além de associações de moradores locais.

O trabalho conta com as técnicas mais adequadas de manejo, com cortes na vegetação em quatro regiões, para garantir segurança e harmonia entre ciclistas e pedestres, permitir a visibilidade do espelho d’água e fortalecer o ecossistema, sempre com base em laudos técnicos emitidos pelos engenheiros florestais da Comlurb. Caso necessário, serão eliminadas árvores mortas ou com risco de queda, aquelas que tenham parasitas (como erva de passarinho) e espécies invasoras. A poda no manguezal está sendo realizada com esmero técnico, sempre sob a coordenação de Moscatelli, para garantir a biodiversidade associada aos manguezais e a sobrevida de animais como o caranguejo marinho e o frango d ‘água, que retornaram após o plantio da área.

A Subprefeitura da Zona Sul ficará em contato permanente com os moradores e acompanhará toda a execução do projeto. A poda das demais árvores será executada pelas equipes que trabalham com ações mecanizadas da companhia. Uma das maiores reclamações dos frequentadores da Lagoa é de que os galhos de mangue têm ocupado o espaço de lazer, chegando a impedir a passagem de pessoas.

Os trechos que estão recebendo as intervenções vão do Clube Piraquê à Paróquia São José da Lagoa, da Paróquia São José da Lagoa à sede náutica do Botafogo Futebol e Regatas, do Botafogo ao Parque da Catacumba e do Catabumba ao Clube Caiçaras. Como o espelho d’água da Lagoa é tombado, os trabalhos tiveram a autorização da Fundação Parques e Jardins, que dará todo o suporte técnico necessário durante a operação, seguindo o princípio da governança arbórea.