Subiu para 231 o número de mortes confirmadas após o temporal que atingiu Petrópolis em 15 de fevereiro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo gabinete integrado responsável por coordenar ações na cidade, localizada na região serrana do Rio de Janeiro. Até domingo (27), eram 229 mortos. Há também cinco pessoas desaparecidas.

Atualmente, há ainda 876 pessoas em abrigadas em escolas municipais e no Colégio Estadual Rui Barbosa. Isso porque várias casas ficaram destruídas ou tiveram a estrutura comprometida após o temporal do dia 15 e não é possível retornar para elas.

No domingo, a Prefeitura de Petrópolis informou que, até agora, 208 pessoas que morreram nas chuvas foram sepultadas no Cemitério do Centro. O forte temporal que atingiu Petrópolis provocou alagamentos, inundações e deslizamentos em vários pontos. Vídeos e fotos mostraram imagens de carros e ônibus sendo arrastados por fortes correntezas, enquanto pessoas tentavam se salvar. O município decretou estado de calamidade pública.

A cidade já vinha sofrendo há dias com fortes chuvas na região, mas, naquele dia, foram registrados cerca de 260 mm de precipitação em um período de apenas seis horas, levando caos ao município.

Trata-se da pior tragédia provocada pelas chuvas fortes já registrado no município pela Defesa Civil, que realiza a medição desde 1932. Em apenas três horas, choveu mais do que o previsto para todo o mês de fevereiro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exaltou nesta segunda a presença e as ações das Forças Armadas em Petrópolis. No entanto, moradores da cidade já se queixaram do trabalho dos militares por lá.

O governo estadual autorizou, no dia 18, gastos de R$ 150 milhões para obras emergenciais em cinco áreas prioritárias em Petrópolis, como a rua 24 de Maio, rodovia Washington Luiz, praça Conde D'eu e na rua Teresa, conhecida pelo comércio.

Ainda haverá trabalhos no Túnel Extravasor do Palatinado, que teve sua galeria rompida, interditando parcialmente algumas vias. Além das Forças Armadas, os bombeiros e a Defesa Civil continuam na região.