Cerimônia fez parte do projeto Megacasamentos  

O dia 31 de outubro é lembrado por muitas festividades ligadas ao Halloween ou ao Saci-Pererê ou aos Mortos. Mas para 100 casais será a recordação do sonho realizado. A Prefeitura do Rio de Janeiro, representada pela Superintendência da Barra, Recreio e Vargens, junto com a revista Noivas de Verdade, celebrou mais uma cerimônia do Megacasamento, evento criado há 23 anos por Maura Oliveira e que já fez a alegria de mais de 50 mil pessoas.

Mesmo com a possibilidade de chuva, o dia nublado e a tarde fria e cinzenta, os casais comemoraram a união em clima de festa. Teve bolo, valsa, fotos e toda a pompa e circunstância de um casamento.  E a participação do violinista Allyrio Mello deixou a cerimônia ainda mais romântica.  

Desde as 9h da manhã na Praia do Pepê, na altura do posto 3, a equipe de produção estava a posta montando tudo, para que às 18h pudesse ser iniciada a festa, que foi até às 20h.  Superintendente da Barra, Recreio e Vargens, o Cel. Carlos Magno estava bastante satisfeito com o desfecho do trabalho, que começou a ser montado entre julho e agosto, para ser finalizado com a cerimônia em outubro.  “Para esses casais é a realização do sonho e casar na praia foi ainda maior. E para nós é um dever cumprido trazer felicidade e dignidade para essas pessoas, que talvez tivesses dificuldade ou que ainda não tinham oficializado suas uniões por falta de condições. E que conseguimos com ajuda de nossos parceiros. Houve uma pequena ameaça de chuva. Carioca não gosta de dia nublada, mas casa em dia nublado e consegue ser feliz. Não tem dia ruim e não tem nada que possa atrapalhar esta felicidade. Foi um grande desafio porque a gente encontrou um evento embrionário e realizar isso daqui sem a nossa equipe seria impossível.”, disse Carlos.

Ex-moradora de rua, Maura desenvolveu o projeto para dar oportunidade de pessoas construírem o núcleo familiar, algo que para ela é fundamental no crescimento do ser humano. “Eu criei o Megacasamentos para fomentar e desenvolver o núcleo familiar. Eu fui moradora de rua e não tive família e sei a falta que faz uma. Então, precisamos olhar para o nosso mundo e ao nosso redor para ver que, se não houver a consciência de que a base de uma sociedade, de toda a criminalidade que estamos vivendo, da violência contra as crianças e contra o ser humano é a família. Temos que começar a reeducar a família, ela precisa começar a ter amor, cuidados um com o outro. E isso se faz pelo laço do casamento, porque a cada casal feliz, dificilmente haverá uma criança de rua, um jovem marginalizado que entra para o tráfico, principalmente entre 14 e 17 anos, que é uma idade crucial para o desenvolvimento, pois pais e mães estarão zelando pelos seus filhos”.