O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Ciência e Tecnologia, Willian Coelho, reabriram, nesta segunda-feira (20/12), a Nave do Conhecimento e Museu Cidade Olímpica e Paralímpica, ao lado do Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, Zona Norte. Com ambientes interativos de alta tecnologia, a Nave tem por objetivo incentivar a busca por novos conhecimentos voltados para ciência e esportes, além de dinamizar socialmente as comunidades criando um espaço que estimule a compreensão sobre novas tecnologias de forma democrática.

–  É uma alegria muito grande voltar aqui. O secretário de Ciência e Tecnologia trabalhou ao longo deste ano para que pudéssemos devolver para a cidade um equipamento com a qualidade das Naves do Conhecimento. Estamos devolvendo estes equipamentos que, infelizmente, tinham sido abandonados pela gestão anterior. As Naves do Conhecimento integram os diversos legados deixados para a cidade pelos Jogos Olímpicos Rio 2016 – afirmou o prefeito.

A Nave do Engenhão fechou ao público em 2018 e permaneceu inativa durante a pandemia de Covid-19. Desde o início do ano, a Secretaria de Ciência e Tecnologia realizou vistorias, levantamento patrimonial e da situação estrutural das nove Naves do Conhecimento para nova licitação, reestruturação e gestão de todos os equipamentos. Esta foi a primeira Nave do Conhecimento reaberta, outros oito equipamentos idênticos também serão reativados.

Inaugurada em 5 de julho de 2016, durante a segunda gestão do prefeito Eduardo Paes, a Nave do Engenhão oferecerá gratuitamente cursos na área de tecnologia, oficinas, palestras e às inovações tecnológicas. As dependências são espaços multiuso e interativos, que possibilitam pesquisas, visitas virtuais e lazer aos frequentadores. O acesso à internet banda larga é gratuito no local, fruto de uma parceria com a operadora Claro.

– Nossa ideia é transformar as naves em polos de capacitação profissional na área de tecnologia. A sociedade vive um momento no qual o desenvolvimento tecnológico é fundamental. A tecnologia tem um papel essencial no crescimento profissional do indivíduo – afirmou Willian Coelho. 

 

Ambientes tecnológicos

A primeira Nave do Conhecimento foi inaugurada há nove anos. De junho de 2012, data da inauguração em Santa Cruz, até hoje, um total de nove espaços localizados nas zonas Norte e Oeste da capital fluminense foram entregues: Nova Brasília (Complexo do Alemão), Vila Aliança (Bangu), Padre Miguel, Madureira, Irajá, Penha, Triagem e Engenhão.

Um dos principais objetivos do projeto Naves do Conhecimento é implantar na cidade uma rede de unidades que garanta aos cariocas o que existe de mais avançado em termos de cultura digital.

E a Nave do Conhecimento do Engenhão conta com diversos ambientes abordando o tema Esporte e Ciência. O local tem espaço com computadores destinado ao livre acesso à internet com orientação de uma equipe de suporte. Além de uma área infantil dedicada às crianças.

 

Mesa da Comunidade – um mapa digital que pode ser visto através de uma mesa interativa multitoque permitindo ao usuário navegar por sua região e buscar informações divididas em categorias.

 

Parede do Conhecimento – uma grande tela interativa multitoque que permite acesso aos aplicativos informativos e educacionais.

 

Galeria Digital – equipamento multimídia que expõe conteúdos sobre cidadania e sobre a própria comunidade com diversos temas, desde a história da localidade, até aspectos didáticos sobre tecnologia, ecologia, planejamento urbano e conhecimento científico.

 

Sementes do Amanhã – ambiente que consiste em uma réplica de árvore na qual são gravados e assistidos depoimentos dos visitantes.

 

Nuvem do Conhecimento – local onde estão disponíveis os conteúdos de todas as Naves do Conhecimento como, arquivos, programas, serviços, perfis e cursos disponíveis no projeto.

 

Museu Cidade Olímpica e Paralímpica

Além dos diversos cursos e estrutura de aprendizado, a Nave do Engenhão abriga também o Museu Cidade Olímpica e Paralímpica. O espaço tem o esporte como tema principal e conta com ambientes interativos que visam a difundir a história da Olimpíada e da cidade. Exemplares das medalhas dos Jogos Rio 2016, da tocha olímpica e de acessórios que fazem parte da história dos jogos estarão expostos ao público. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado, das 9h às 21h; Domingo, das 9h30 às 16h30. E às segundas-feiras e feriados está fechada.

  

Premiação dos alunos vencedores da Olimpíada Municipal de Ciência e Tecnologia

Durante a reabertura da Nave do Conhecimento, a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia realizou a cerimônia de entrega das premiações para os alunos das equipes que se destacaram na primeira edição da Olimpíada Municipal Estudantil de Ciência e Tecnologia. Alunos da Escola Municipal Olímpica Carioca Nelson Prudêncio, da Ilha do Governador, na Zona Norte, foram os vencedores com o Projeto Sonhar. O objetivo da competição acadêmica foi incentivar os alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede municipal a identificarem problemas reais da cidade e desenvolverem soluções baseadas em ciência e tecnologia, durante três dias de uma maratona de criatividade, empreendedorismo e inovação.

– O secretário Willian Coelho teve essa iniciativa de criar a Olimpíada de Ciência e Tecnologia, fazendo algo em paralelo com a Olimpíada de Matemática, que fez sua premiação na semana passada, em parceria com a Secretaria de Educação. Parabéns a todos os alunos que participaram, em especial aos que estão foram premiados aqui – disse o prefeito do Rio.

Promovida pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, com apoio da Secretaria Municipal de Educação, a disputa aconteceu no formato online, entre os dias 20 e 22 de outubro. Um dos propósitos da Olimpíada foi motivar o ecossistema empreendedor voltado para os jovens estimulando também a criação de startups a partir de desafios expostos nos temas: meio-ambiente, Covid-19 e os impactos na juventude, futuro da educação, direitos humanos, geração de renda e saúde.

– A Olimpíada de Ciência e Tecnologia teve o objetivo de incentivar os alunos da Rede Pública Municipal e trazê-los para a área de tecnologia. É o nosso futuro, um mercando pujante e nós precisamos com que eles despertem a atenção para isso e tenham uma formação na área de TI para ocupar esse mercado de trabalho. Foram três dias de muita criatividade e inovação – declarou Willian Coelho.

Os alunos da Escola Municipal Olímpica Carioca Nelson Prudêncio, da Ilha do Governador, na Zona Norte, primeiros colocados na competição, Com Projeto Sonhar, criaram um aplicativo para auxiliar jovens alunos a opinarem sobre o futuro da educação por meio de um game. A segunda colocação ficou com os alunos da Escola Municipal Sobral Pinto, na Praça Seca, Zona Oeste, com o projeto ClassLine. Eles desenvolveram um aplicativo para suprir as dificuldades que os alunos tiveram com o formato das aulas online por conta da Pandemia. A equipe da Escola Municipal Rose Klabin, de Guadalupe, Zona Norte, foi a terceira colocada com o aplicativo Conectando Suburbanos, que conecta os alunos criando comunidades virtuais para debates e palestras sobre temas diversos.

 

 

Ambientes interativos de alta tecnologia – Fabio Motta / Prefeitura do Rio

 

Os critérios de avaliação das soluções apresentadas pelas equipes foram: a sua atratividade, longevidade, potencial, identidade e o quanto a proposta criada pelos alunos impactará em uma comunidade.

– Fico muito feliz de ver o reconhecimento de um projeto que nasceu dentro das nossas escolas e se torna, agora, uma inspiração para outros alunos. O jovem é o protagonista da sua história e queremos incentivá-lo a exercer sua cidadania, desenvolver soluções para sociedade e fortalecer habilidades que serão úteis por toda a vida educacional e profissional, indo muito além do muro das escolas – disse o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.