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O atacante Marko Arnautovic, da seleção da Áustria, foi suspenso por uma partida da Eurocopa após uma comemoração polêmica e considerada racista na 1ª rodada do torneio, em partida contra a Macedônia do Norte. A decisão partiu do Comitê Disciplinar da Uefa, que classificou o gesto como "insulto ao adversário".

No site oficial da competição europeia, o nome do jogador na lista de convocados do país traz um selo com a palavra "suspenso".

A Federação Austríaca, por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (16), disse que o ato "implica em pena mínima de suspensão de uma partida para o jogador". "A decisão foi comunicada ao ÖFB no início da tarde de quarta-feira. Isso significa que Marko Arnautovic não está disponível para a seleção nacional no segundo jogo da fase de grupos da Eurocopa contra a Holanda".

GESTO POLÊMICO

A suspensão tem relação direta com questões políticas ligadas à Macedônia do Norte, país localizado no leste europeu. Após marcar um dos três gols da Áustria na vitória por 3 a 1 no duelo em questão, o ex-Inter de Milão precisou ser acalmado pelo capitão David Alaba após gritar e insultar os jogadores rivais.

Como noticiado pelo As, Arnautovic, que é filho de um sérvio, se dirigiu aos macedônios pertencentes à minoria albanesa -há um conflito aberto entre as nações há mais de dez anos. Na Sérvia, é dito que Arnautovic disse 'shiptar', uma expressão depreciativa sobre o povo da Albânia, no entanto isso não foi mostrado nas imagens. Além disso, o atacante fez um gesto de 'ok' com as mãos, que pode ser interpretado como um gesto racista, que faz menção ao "poder branco".

Logo depois da partida, os líderes da Macedônia do Norte emitiram um comunicado relatando que solicitaram à Uefa uma "punição mais severa" para o atleta de 32 anos, relatando que a federação é contra qualquer tipo de discriminação no futebol.

O atleta, que atua no futebol chinês, chegou a se desculpar nas redes sociais pela atitude. "Eu proferi algumas palavras mais acaloradas ontem, motivo pelo qual gostaria de pedir desculpas, especialmente aos meus amigos da Macedônia do Norte e da Albânia. Gostaria de dizer uma coisa e deixar muito claro, eu não sou racista", disse.

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Em meio aos problemas que o time do Vasco enfrenta, o técnico Marcelo Cabo pode ganhar um reforço caseiro. O zagueiro Leandro Castan, afastado há quase um mês, vive a expectativa de retornar no duelo com o Avaí às 19h desta quarta-feira (16), pela Série B do Campeonato Brasileiro. Com o camisa 5 como titular, a equipe cruz-maltina ainda não perdeu na atual temporada.

O setor defensivo vem sendo um ponto de incômodo ao treinador. Desde o início da jornada de 2021, o Vasco só não levou gols em apenas duas partidas -nas vitórias por 1 a 0 sobre o Botafogo na final da Taça Rio e diante do Boavista na Copa do Brasil-, e os erros recentes evidenciaram a necessidade de ajustes.

Recuperado de um desconforto muscular na coxa direita, que o tirou de seis partidas, Castan ficará à disposição da comissão técnica, mas aguarda avaliação cautelosa para saber por quantos minutos poderá estar em campo. Um dos mais experientes e líder do elenco, o jogador viveu um 2020 com alguns percalços.

Em 2021, ele esteve em campo em nove oportunidades, sendo titular em oito delas. Nestes compromissos, foram seis vitórias e três empates, com dez gols contra. Ao lado dele, houve um rodízio: o camisa 5 atuou com Ernando, um dos reforços para o ano, Ricardo Graça e Miranda, crias da base.

Agora, o treinador analisa as possibilidades para formar a melhor combinação. Sem Castan, Ricardo Graça e Ernando vem formando a dupla titular, mas sob contestações da torcida. Neste período, foram sete gols sofridos em seis jogos.

O retorno do camisa 5 pode ter reflexos também na postura da equipe. Um dos jogadores com mais tempo de casa, ele é capitão e com voz ativa em um elenco que ainda atravessa uma reformulação e conta com recém-chegados e jovens da base.

Marcelo Cabo, por sua vez, evita jogar apenas na defesa a responsabilidade pelo atual momento e aponta que avalia com calma possíveis alterações no time titular. "Incomoda muito levar gol em todos os jogos. É claro que sempre analiso todo contexto do jogo e, se houver necessidade, farei mudanças. É ter calma nesse momento. Vou analisar para que a gente tome as providências para o jogo contra o Avaí", indicou.

O Vasco ainda busca efetividade em campo para engrenar na Série B. O início cambaleante e, principalmente, a derrota para o Operário-PR em São Januário fizeram com que algumas dúvidas pairassem sobre a equipe e o treinador. Com quatro pontos até aqui, o Vasco conta com um resultado positivo para se aproximar do G4, região da tabela que é o sonho de consumo na temporada.

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 19h (de Brasília) desta quarta-feira (16)
Árbitro: Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira (MG)
Transmissão: Premiere

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O jogador de futebol português Cristano Ronaldo, 36, conhecido como CR7, está oferecendo um desconto ao equivalente a R$ 54 milhões em seu apartamento na Trump Tower, em Nova York, que comprou em 2015.

O imóvel do jogador da Juventus foi comprado por cerca de R$ 45 milhões e em 2019 colocou o apartamento a venda por aproximadamente R$ 93 milhões, depois reduziu o preço para R$ 54 milhões e atualmente aceita R$ 39 milhões pelo local.

Segundo o jornal New York Post, caso o atleta consiga vender o imóvel por este valor teria um prejuízo de R$ 6 milhões. O local ficou conhecido, após a compra feita pelo jogador, por ter inspirado a escritora E.L. James a criar o apartamento do personagem Christian Grey da franquia "50 Tons de Cinza".

O imóvel possui três quartos, três banheiros e uma academia. Além disso, proporciona uma vista panorâmica de Manhattan. O prédio de Donald Trump fica localizado ao lado do Central Park, um grande cartão postal da cidade de Nova York.

Quando o astro do esporte comprou o apartamento, muitos fãs o criticaram por comprar o imóvel do prédio de Trump. Na época, ele já estava dando início na campanha eleitoral que o consagraria presidente no ano de 2017.

Esta não é a primeira vez que o atleta reduz o valor de um imóvel na venda. Em 2020, ele ofereceu um desconto no valor final de sua mansão em Cheshire, um condado na Inglaterra, que ele comprou enquanto jogava pelo Manchester United.

O imóvel estava à venda há alguns meses. Sem compradores interessados, Cristiano resolveu abaixar o valor da mansão, que agora está no mercado por 3,25 milhões de libras (R$ 17,4 milhões) -o jogador pagou 3,85 milhões de libras (R$ 20,6 milhões) por ela em 2006, segundo o jornal britânico Manchester Evening News.

A propriedade de três andares conta com uma piscina coberta, sauna a vapor, jacuzzi, academia e sala de cinema. Além disso, tem cinco quartos, closets com banheiro privativo, um grande jardim, garagem dupla e terraço com vista.

Ela é classificada como em "uma localização privilegiada", de acordo com os agentes imobiliários, próxima a "uma variedade fantástica de butiques, restaurantes e bares".

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Em meio à crise no comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os clubes da Série A apresentaram nesta terça-feira (15) uma carta à entidade na qual decidiram pela criação de uma liga independente.

A ideia inicial é que essa liga absorva a organização do Campeonato Brasileiro. Dezenove dos 20 clubes da primeira divisão assinam o documento. As equipes da Série B foram convidadas para fazer parte do novo Nacional.

Confirmada pela reportagem, intenção de criar a liga e de ganhar mais poder de decisão no futebol brasileiro foi revelada pelo site GE.com. Na carta, os clubes comunicam "a decisão imediata da criação de uma 'Liga' de futebol no Brasil, que será fundada com a maior brevidade possível e que passará a organizar e desenvolver economicamente o Campeonato Brasileiro".

O único clube da Série A que não assinou foi o Sport. O seu presidente, Milton Bivar, renunciou ao cargo e uma nova eleição será convocada. Os clubes começaram as articulações para a criação de uma liga após as denúncias de assédio sexual que afastaram Rogério Caboclo da presidência da CBF.

Na reunião com a entidade estiveram o atual presidente em exercício, coronel Nunes, o secretário-geral Walter Feldman e outros dirigentes. A liga ainda não tem formato definido, e isso começará a ser discutido entre os clubes a partir de agora. Na reunião, a CBF afirmou que vai avaliar as exigências dos clubes, mas um novo encontro ainda não tem data para acontecer.

"Ela [a carta] estabeleceu os princípios, e a partir de agora vamos começar a detalhar as questões mais operacionais de calendário, constituição da competição, estratégias comerciais, o estatuto... a ideia é absorver o Brasileiro", afirmou Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, à reportagem.

Já é uma decisão de que os clubes farão a liga imediatamente, e ficamos de informar o cronograma disso [à CBF]", completou.

A carta ainda diz que o movimento começou "em razão de diversos acontecimentos que vêm se acumulando ao longo dos anos e que revelam um distanciamento total e absoluto entre os anseios dos clubes que dão suporte ao futebol profissional brasileiro e a forma como é gerida a CBF". Por isso, os clubes também pedem a alteração do estatuto da CBF para que eles tenham mais poder de decisão na entidade.

Hoje, eles participam do pleito para presidente e vices da entidade, mas seus votos tem peso menor que o das federações estaduais, por exemplo. As agremiações desejam o fim dessa desigualdade e também fazer parte da Assembleia Geral Administrativa, instância máxima de decisões da CBF, na qual participam apenas as federações. Ainda pedem mais liberdade para a inscrição de chapas à presidência da instituição. Atualmente, um candidato precisa ter apoio de oito federações e cinco clubes para concorrer.

Carlos Petrocilo (Folhapress)

Dos 365 dias do ano, a dupla norueguesa de vôlei de praia Anders Berntsen Mol, 23, e Christian Sorum, 25, passa pelo menos 250 perambulando pelo mundo em busca de lugares mais quentes para treinar, como a Espanha, por exemplo. A Noruega, ao norte da Europa, é um país de belas praias, mas com inverno rigoroso.

O vôlei, seja na areia ou na quadra, não é tradicional por lá. Líderes do ranking mundial, Mol e Sorum são a grande sensação do circuito e vão para os Jogos de Tóquio como favoritos ao ouro.

Jovens e simpáticos, eles têm cativado o público com postagens nas redes sociais e vídeos no canal Beachvolley Vikings, no Youtube, nos quais registram melhores momentos dos jogos, viagens e a vida fora das competições.

"Temos muitos seguidores no Brasil, estão entre os top 5, e é incrível como o esporte significa para eles. Queremos levá-los na nossa jornada, é legal dividirmos isso", diz Sorum à Folha. Juntos, os atletas têm mais de cem mil seguidores no Instagram -contando os perfis pessoais e da dupla.

Com uma população estimada de 5,5 milhões de pessoas, equivalente a quase a metade da cidade de São Paulo, a Noruega é uma potência na Olimpíada de Inverno. É o país com mais triunfos nesse evento. São 368 medalhas no total (132 de ouro, 125 de prata e 111 de bronze) ante 305 conquistadas pelos Estados Unidos (105 de ouro, 112 de prata e 88 de bronze).

"É especial jogarmos vôlei de praia porque não é algo muito norueguês. É um esporte sempre sob o domínio do Brasil, dos Estados Unidos, as grandes nações [na modalidade]", explica Mol. "Ser da Noruega e competir com os melhores do mundo significa algo muito grande para nós."

Caso confirmem o favoritismo, o pódio será inédito para o vôlei norueguês. Ex-atleta da modalidade, a mãe de Mol, Merita Berntsen -vice-campeã europeia (1995)- tentou essa proeza em Atlanta-1996, mas foi eliminada nas primeiras rodadas ao lado de Ragni Hestad.

"Meus pais são muito envolvidos com o voleibol, o meu pai treinou times na Noruega e a minha mãe ficou em nono lugar em Atlanta. Eles são meus ídolos também e podemos ser melhores do que eles foram. É épico como tudo isso aconteceu", afirma Mol, que começou a praticar o esporte aos cinco anos, primeiramente na quadra.

"Foi muito natural escolher o vôlei de praia. Ser parte do melhor time do mundo é incrível, especialmente por ser da Noruega, onde há muito frio, não tem as condições ideais nas praias. Treinamos nas quadras durante o inverno, mas vamos para outros lugares da Europa, como Tenerife na Espanha", diz Mol.

A dupla é uma ameaça para os brasileiros Alison e Álvaro. O primeiro conquistou medalha de prata em Londres-2012 e o ouro no Rio-2016. Outro perigo para os brasileiros são os compatriotas Evandro e Bruno Schmidt. Parceiros em 2016, Alison e Bruno são os atuais campeões olímpicos, mas se separaram no final de 2017. Desde então, viram os noruegueses faturarem o Circuito Mundial em 2018 e 2019.

"O Alison e o Bruno foram grandes exemplos para nós", conta Sorum. "Nosso primeiro torneio foi incrível. Sentar à mesa com os caras que são nossos ídolos..."

Em busca do tricampeonato, a dupla norueguesa conquistou duas etapas das quatro do circuito, enquanto Alison e Álvaro ficaram com o bronze em uma delas. "Nunca descarte os brasileiros", alerta Sorum. "Nunca jogamos uma Olimpíada, e essa será bem diferente."

Para Mol é preciso ter cautela, e o adiamento dos Jogos para julho deste ano, por conta da pandemia de Covid-19, trouxe equilíbrio entre os concorrentes ao pódio olímpico. "Em 2018, 2019 éramos os melhores. Ganhamos vários torneios e estávamos em uma boa sequência. Todo mundo está igual para Tóquio, uma folha em branco. Não sabemos quem é o melhor, quem é o pior", diz o atleta. "Vencer as duas últimas etapas no México foi uma injeção de confiança para nós."

O pai de Mol é quem treina a dupla. Kåre Mol e a mãe, Merita, passaram a trabalhar com eles em 2015. Os irmãos e primos também auxiliam durante os treinos. "Sempre sonhamos ir para Tóquio. Nunca pensamos em ser o cabeça de chave número 1, nem os favoritos", conta Mol. "Treinar com meu irmão e meu primo também é incrível. Nos tratamos como família, e Christian foi adotado. Fico feliz de compartilhar isso."

Além da paixão vir de berço, os noruegueses contam que tiveram influências da dupla brasileira Ricardo e Emanuel, uma parceria de sucesso nos anos 2000. Os brasileiros conquistaram a medalha de ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008, além de títulos do Circuito Mundial (2003, 2004, 2005, 2006 e 2007).

"Nossos pais se conheceram nas quadras. Nos anos 1990 tivemos bons times de vôlei na Noruega. Nos apaixonamos pelo esporte também, ficamos encantados de ver o Ricardo e o Emanuel, além de outras grandes duplas. Então comecei a jogar na escola", recorda Sorum.

Com 1,92 m de altura, ele tem enfileirado conquistas individuais de melhor defensor, e Mol, de 2 metros, de melhor bloqueador e jogador ofensivo do circuito.