Renan Menezes de Souza foi condenado a sete anos de reclusão

 

 

Preso na última sexta-feira (16), pelo crime de estupro, Renan Menezes de Souza utilizava as redes sociais para exibir boa forma e hábitos de uma vida requintada. Condenado a sete anos de reclusão em regime fechado, o acusado administrava um perfil com cerca de 15 mil seguidores no Instagram. Ao todo, Renan acumula sete anotações criminais por estupro, abuso de autoridade e posse ilegal de arma de fogo.

Em 2014, o rapaz chegou a ter a prisão preventiva decretada após denunciais de estupro de quatro jovens. Ele foi solto em 2016 e aguardava o julgamento em liberdade desde então. Renan fazia publicações de seu cotidiano nas redes sociais. Em uma das fotos, ele aparece a bordo de um buggy.

Renan é morador da Taquara, na Zona Oeste, e foi preso em um bar na Avenida do Pepê, na Barra da Tijuca. O mandado de prisão pela condenação estava em aberto desde setembro deste ano, quando havia sido expedido. Ele tentou resistir no momento da prisão, mas foi contido pelos policiais militares.

A base do Barra Presente recebeu informações sobre a presença de Renan em um quiosque na Avenida do Pepê. Um agente foi enviado à paisana devido ao número de pessoas no local e à suspeita de que ele pudesse estar armado. O agente esperou o melhor momento para que pudesse realizar a abordagem.

Surpreendido, Renan tentou fugir, mas acabou contido e levado para a 16ª DP (Barra da Tijuca). Na delegacia, foi constatado que haviam sete anotações criminais em seu nome. Investigações apontaram que o acusado oferecia carona às vítimas na saída das festas que frequentava e depois as estuprava. A estratégia utilizada por ele era levar todos os amigos para casa e deixar a vítima por último. Sozinhas no carro, Renan espancava e estuprava as moças, que geralmente eram suas conhecidas. Os crimes aconteciam principalmente dentro do condomínio de um dos amigos ou, às vezes, em algum motel.

Na época, Renan publicou conteúdo machista nas redes sociais e ameaçou testemunhas do processo. Em uma das mensagens enviadas via Facebook, ele convida uma testemunha para interrogá-lo pessoalmente e diz que "seria um privilégio". A testemunha, que havia compartilhado um post denunciando o ataque a uma das vítimas, responde dizendo preferir quando os amigos de Renan telefonavam para ela. O promotor que investigou o caso acredita que alguns amigos do acusado sabiam da ação e apoiavam.