Proprietário pediu para a família do médico esvaziar o imóvel rapidamente, assim que soube do crime de Giovanni Quintella

 

 

Desde que foi preso em flagrante por estupro de vulnerável durante um parto, no último domingo (10), a família do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, tem buscado desocupar o imóvel, onde ele morava sozinho, de aluguel, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Sempre pelo horário da manhã, entre 6h e 7h, os familiares chegam com um semblante sério e vão embora sem falar com ninguém. Chocado com o crime, o proprietário do apartamento foi o responsável por pedir a liberação do apartamento o mais rápido possível.

Segundo pessoas do convívio do anestesista, ele era uma pessoa completamente reservada e não era de conversar com ninguém. Porém algo era frequente na vida de Giovanni Bezerra, e era de conhecimento de todos: diariamente ele ia para a academia que fica ao lado do prédio onde ele morava.

“Era extremamente vaidosos, às vezes ficava na academia até o último horário. Treinava com um personal trainer e nunca batia papo com mais ninguém”, revelou um vizinho, que não quis se identificar.

Os vizinhos do anestesista sentem dificuldade para falar sobre Giovanni, pois ele nunca foi de dar abertura para que se aproximassem. O médico não tinha costume receber amigos em seu apartamento, mas sempre estava acompanhado de mulheres. Quando tentam encontrar motivos que pudessem justificar os atos dele, os vizinhos não encontram nada.

“Ele era rico, tinha uma condição boa, uma namorada linda. Ele tinha tudo, não dá pra entender”, desabafou um dos vizinhos.

Uma outra pessoa da vizinhança comentou como todos ficaram ao saber do crime cometido pelo profissional.

“Todos ficaram chocados. A gente via o Giovanni diariamente. É bem estranho pensar que ele fez aquilo. Ele parecia normal”, relatou uma outra pessoa que também não quis se identificar.

A família de Giovanni Bezerra também mora na Barra da Tijuca. Os pais são separados e, aparentemente, estão devastados com o escândalo. O pai dele é médico, tem 41 anos de carreira e é dono de uma clinica de ginecologia. Na quarta-feira (13), o estabelecimento, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, estava fechado.

Giovanni atuou em ao menos dez hospitais públicos e privados. Os hospitais Barra D’Or e Copa Star, Rio Mar e Balbino informaram ao jornal Extra que o cadastro de Giovanni como médico assistente está suspenso até ser concluído o inquérito policial. A rede Unimed-Rio informou que vetou qualquer possibilidade de atuação do médico nas suas unidades.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que Quintella prestava serviços há cerca de seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas e que as unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações. O credenciamento de Giovanni como prestador de serviços do Hospital de Clinicas Mario Lioni foi cancelado imediatamente.