A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, manifestou nesta segunda-feira (21) condolências ao Brasil após a forte chuva que atingiu a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, na última terça-feira (15), deixando mais de 170 mortos.
"Meus pensamentos e orações estão com todos aqueles que perderam suas vidas, entes queridos e lares", disse a rainha por meio do perfil da família real britânica nas redes sociais.
Na mensagem, Elizabeth 2ª também disse estar pensando e orando por todos os trabalhadores de serviços de emergência e "aqueles que trabalham para apoiar os esforços de recuperação" de Petrópolis.
Na cidade, muitas famílias ainda procuram por parentes. Em um caso, entes de um adolescente de 17 anos que estava em um ônibus carregado por uma enxurrada organizaram um mutirão para encontrar o rapaz em um rio.
Até o momento, 146 dos 178 mortos já foram identificados, e a Polícia Civil ainda contabiliza 126 pessoas como ainda desaparecidas - e a identificação por DNA pode levar até 60 dias.
Na última sexta-feira (18), o governo do RJ autorizou gastos de R$ 150 milhões para obras emergenciais em cinco áreas prioritárias em Petrópolis, como a Rua 24 de Maio, Rodovia Washington Luiz, Praça Conde D'eu e na Rua Teresa, conhecida por ser uma zona de comércio.
Segundo cálculos da Firjan (Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro), Petrópolis deve perder R$ 665 milhões do PIB (Produto Interno Bruto) devido à devastação ocorrida em decorrência das chuvas.
A cidade Petrópolis tem origem vinculada com a família real brasileira e, hoje, quem compra um imóvel no Primeiro Distrito da cidade paga uma taxa de 2,5% sobre o valor à Companhia Imobiliária de Petrópolis.
A Companhia Imobiliária de Petrópolis é administrada por descendentes da família imperial brasileira, e a "taxa de príncipe", como é conhecido o laudêmio, tem sido criticada no contexto das chuvas no município.