Bruno Alves da Silva, de 38 anos, foi baleado após uma discussão. Ele usava tornozeleira eletrônica e tinha várias passagens pela polícia
Na madrugada de domingo (3), Bruno Alves da Silva, de 38 anos, morreu após ter sido baleado em um bar na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca. De acordo com testemunhas, um homem atirou contra a vítima após uma discussão. Ele era conhecido como Bruno Play e estava usando tornozeleira eletrônica.
Na ocasião, houve correria e as pessoas se abrigaram embaixo de mesas e em banheiros. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.
Bruno já tinha sido preso várias vezes. Uma das prisões foi por estelionato, quando foi acusado de chefiar uma quadrilha que clonava cartões.
Há oito anos, uma reportagem do Fantástico mostrou que ele e seu irmão gêmeo André eram os chefes da quadrilha de clonagem de cartões. Na época o golpe era inédito no Brasil. Eles convenciam garçons de restaurantes de luxo a trocar a máquina de pagamento do estabelecimento por uma adulterada.
Os irmãos chegaram a movimentar pelo menos R$4 milhões em oito meses. De acordo com a polícia, o dinheiro foi utilizado para bancar uma vida luxuosa e comprar imóveis.
Na extensa ficha criminal de Bruno estão as seguintes ocorrências: Estupro (2006); Estelionato com emprego de cartão de crédito (2006); Furto a instituição financeira (2014); Formação de quadrilha ou bando (2014); Crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (2014).
A polícia continua procurando o assassino de Bruno. Segundo as testemunhas, após a confusão, o autor dos disparos atravessou a rua e entrou num varro tranquilamente.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Os policiais que analisaram imagens da câmera de segurança do local, estiveram no bar para ouvir funcionários e recolheram cápsulas de bala do chão.