Investigação indica que local seria do bicheiro Rogério de Andrade

 

 

Na madrugada do último dia 14 de outubro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a segunda fase da Operação Calígula, que denunciou 30 pessoas por envolvimento com a organização criminosa liderada pelo bicheiro Rogério de Andrade e seu filho Gustavo de Andrade. Ambos são acusados de explorar jogos de azar e liderar um esquema de corrupção de agentes públicos.

A ação tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado do Rio de Janeiro, em endereços referentes aos bairros das Zonas Sul e Oeste.

Mesmo com a prisão de boa parte dos denunciados na Fase I da operação, as investigações indicam que o grupo criminoso não interrompeu as atividades ilícitas.

De acordo com as investigações, o grupo liderado por Rogério e Gustavo de Andrade continuou explorando jogos de azar nos locais dominados pela organização criminosa, e evidenciaram que servidores da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (SEAP), responsável pela administração da unidade prisional em que se encontram as lideranças citadas, estavam sendo beneficiados na folha de pagamento do grupo e recebendo valores mensalmente em contrapartida ao atendimento dos interesses da organização e de outros comparsas detidos em penitenciárias do Estado.

A operação do dia 14 de outubro resultou com o fechamento de um bingo localizado em São Conrado, além da prisão de cinco pessoas e da condução de outras sete para a Delegacia de Polícia para prestar declarações e da apreensão de 79 máquinas de caça-níquel, computadores, celulares, chips telefônicos, máquinas de jogo do bicho, documentos e valores em espécie.