A Prefeitura do Rio, por meio da Subprefeitura de Jacarepaguá e das Secretarias de Ordem Pública e Conservação, realizou nesta quarta-feira (10/11) a demolição de imóveis irregulares em um loteamento na Colônia Juliano Moreira. O empreendimento já estava com pavimentação, ruas, meio fio, seis postes de iluminação e mais de 50 terrenos demarcados, com 10 construções iniciadas, em fase de alvenaria.

A Light cortou a ligação de nove construções e do loteamento onde estavam ligados os postes de luz. A Cedae cortou a ligação clandestina de água que abastecia toda a área. A Guarda Municipal e a Polícia Militar deram apoio à operação.

– O que está errado não vai virar paisagem. As pessoas precisam entender que espaços públicos não podem ser loteados e vendidos, e ninguém deve comprar sem antes consultar a Prefeitura, para não ser vítima desses invasores – orientou a subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo.

Antes de comprar e construir, é preciso conferir se o terreno tem RGI e tem a documentação para a construção.

– Não invista seu dinheiro sem a certeza de que o loteamento está legalizado e as construções autorizadas. O pedido de licença não é garantia de que o processo será autorizado pela Prefeitura – explicou a subprefeita, pois muitos golpistas se aproveitam do protocolo para ludibriar pessoas de boa fé.

 

O empreendimento já estava com mais de 50 terrenos demarcados, com 10 construções iniciadas, em fase de alvenaria – Divulgação

 

No mês de junho foram notificadas seis construções que ocupavam uma área pública, destinada a uma praça e uma rua. As obras foram embargadas, mas o embargo não foi cumprido. O local, onde existiu um campo de futebol que era usado pelos moradores, conhecido como faixa azul, foi ocupado irregularmente.

Balanço

Com a operação desta quarta-feira, na Rua Adauto Botelho, na Colônia Juliano Moreira, a Subprefeitura de Jacarepaguá esteve à frente de 20 ações de demolição de construções irregulares na região, sempre em ações conjuntas com a Secretaria de Ordem Pública, Conservação ou Meio Ambiente. Nesses primeiros 11 meses de gestão foram mais de 281 estruturas irregulares demolidas, em lojas, boxes e casas de alvenaria, sem contar a demolição de um edifício garagem da Avenida Engenheiro de Souza Filho, 520, na Muzema, que ainda está em curso, uma vez que é uma operação manual pelo tamanho do edifício. Esses números significam mais de 35% de todas as demolições feitas na cidade.

Não estão incluídas as demolições realizadas após vistorias da Defesa Civil, pois, nesse caso, apesar de também serem irregulares, foram demolidas para preservar vidas em áreas vulneráveis.