No dia 13 de junho, os moradores da Barra da Tijuca tiveram uma reunião com Ronei Saggiorio Glanzmannm, secretário nacional de Aviação Civil, para que pudessem reivindicar que suas demandas fossem inseridas no edital da sétima rodada de concessão dos aeroportos, que vai incluir o Aeroporto de Jacarepaguá, e que foi divulgado no último dia 8. O leilão tem previsão para acontecer dia 18 de agosto.

Os moradores pedem a proibição do aumento da pista, de operações de voos comerciais regulares com aeronaves ATR 42 e de todas as operações que ocorrem aos sábados, domingos e feriados, limitações do número de pousos e decolagens de helicópteros offshore, liberação de pousos e decolagens apenas nos dias úteis, a partir das 10h, e também a implementação de equipamentos para fiscalizar rotas e altitudes. Com receio de terem as suas chances de serem atendidos reduzida, o grupo que tinha outras demandas, chegaram à conclusão de que enviar uma extensa lista de pedidos para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não seria um bom negócio.

O presidente do 31º Conselho Comunitário de Segurança, Ricardo Magalhães, disse ter ficado surpreso com o fato de o atual edital não conter nenhuma das demandas que já haviam sido discutidas anteriormente: “Como a licitação não informa as necessidades dos moradores (do entorno)? Vamos continuar lutando”.

O deputado que articulou esse encontro entre secretário e os moradores, Otávio Leite (União Brasil), diz que as solicitações do grupo precisam estar listadas no edital:

“O aumento do fluxo aéreo vai agravar os problemas com os quais os moradores são obrigados a conviver, como o barulho dos helicópteros offshore. O material precisa ser revisto”, disse ele.

Todas as demandas irão ser encaminhadas para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Quando procurado, o órgão informou que de 22 de setembro a 8 de novembro de 2021 submeteu à consulta pública as minutas do edital de licitação e do contrato de concessão e os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da sétima rodada de concessão dos aeroportos, quando foram recebidas mais de 650 contribuições da sociedade civil, todas analisadas e incorporadas ou não ao processo de liberação enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU).