Por: Marianna Holanda

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (27) que o governo está tratando sobre o caso do Telegram, aplicativo de mensagens que entrou na mira do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta manhã, um apoiador o questionou: "E o Telegram?".

Bolsonaro respondeu, sem entrar em detalhes sobre o que seria a covardia e quais seriam os seus autores: "É uma covardia o que estão querendo fazer com o Brasil".

Uma apoiadora completou a frase: "[É uma covardia] cortar a nossa comunicação". O chefe do Executivo diz que não vai responder ao comentário. "A gente está tratando disso", encerrou o assunto.

O aplicativo é alvo do TSE e está na mira de ao menos duas apurações duas apurações, uma na Polícia Federal e outra no Ministério Público Federal.

Como a coluna Painel da Folha mostrou, investigadores na esfera cível e criminal que atuam em apurações sobre disseminação de fake news, discurso de ódio e desinformação não veem muita saída além do bloqueio do Telegram no Brasil.

As autoridades vêm tentando contato com a empresa, sem sucesso, o que torna inviável aplicar multas ou fazer recomendações.

Com pouca moderação e uma estrutura propícia à viralização, o Telegram é uma das preocupações do TSE para as eleições de 2022. Entretanto, ao tentar contato com a empresa, o órgão não obteve resposta.

A dificuldade de alcançar o Telegram, que não tem sede nem representante legal no país, está inserida em um debate maior sobre os desafios de tornar legislações nacionais efetivas em um mercado de serviços na internet cada vez mais globalizado.

Nesse cenário, as opções seriam: aceitar o crescimento desenfreado de uma plataforma que não atende aos contatos do Judiciário brasileiro ou bloquear o Telegram até que a empresa passe a dialogar.

A possibilidade do bloqueio do Telegram, como mostrou a Folha em recente reportagem, gera preocupação de parte dos especialistas na área, dadas as possíveis consequências da medida, que está inserida em um complexo debate não só da perspectiva legal como técnica.

Por outro lado, o Telegram não responde às autoridades, tampouco a pedidos da imprensa.

De acordo com nota do TSE, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, "entende que nenhum ator relevante no processo eleitoral de 2022 pode operar no Brasil sem representação jurídica adequada, responsável pelo cumprimento da legislação nacional e das decisões judiciais."

A nota diz ainda que "na volta do recesso, o presidente irá discutir internamente com os ministros as providências possíveis. O TSE já celebrou parcerias com quase todas as principais plataformas tecnológicas e não é desejável que haja exceções."

Em 16 de dezembro, Barroso enviou um ofício ao Telegram, direcionado ao diretor executivo do aplicativo, Pavel Durov. Na comunicação, o ministro solicitou uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação.

Até o momento, porém, o tribunal não teria tido resposta ao email e tampouco o documento físico enviado foi recebido pela empresa, uma vez que as tentativas de entrega da carta na sede da empresa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, não foram bem-sucedidas, aponta registro de rastreamento dos Correios.

Esta não foi a primeira tentativa do tribunal de contatar a plataforma. Em entrevista à Folha em junho do ano passado a secretária-geral do TSE, Aline Osorio, já mencionava a dificuldade de alcançar a plataforma e definia o Telegram como um grande desafio para 2022.

Osorio comanda o Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, por meio do qual foram firmadas parcerias com as principais plataformas, como Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp e Tik Tok, nas eleições de 2020. O objetivo do tribunal era que o Telegram integrasse o programa.

O Instituto Gênesis PUC-Rio iniciou uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) para desenvolver um programa de capacitação online voltado para a formação de empreendedores de negócios de impacto.

O programa “Trilha Empreendedores de Impacto: formando agentes de transformação” visa engajar e preparar os potenciais empreendedores para iniciarem negócios sustentáveis e de impacto socioambiental.

Segundo Paula Araujo, Coordenadora de Projetos e Processos do Instituto Gênesis, “ao percorrer essa trilha o empreendedor de impacto estará mais capacitado para seguir seu caminho, seja na busca pelo crescimento em programas de germinação, incubação, aceleração, entre outros ou pronto para se jogar no mercado por conta própria”.

O programa tem 30h de capacitação online, composto por palestras de sensibilização e cursos de qualificação, que têm o objetivo de capacitar um total de 180 empreendedores espalhados por todo o Brasil, ao longo de um ano. A Trilha será desenvolvida pelo Instituto Gênesis, junto aos professores de empreendedorismo da PUC-Rio, além dos consultores que fazem parte da nossa rede.

Os empreendedores que participarem do programa completo (sensibilização + capacitação) terão a chance de participar de uma banca de seleção, em que o primeiro colocado será germinado gratuitamente pelo Instituto Gênesis durante seis meses.

A Germinação do Instituto Gênesis é uma pré-incubação, que consiste em um programa com duração de 6 meses, no qual o empreendedor recebe mentorias, consultorias, cursos e acompanhamento constante através de uma metodologia inovadora desenvolvida pela própria Incubadora, certificada CERNE 2 pela Anprotec e o SEBRAE.

 

Ao final do programa – carga horária de de 30h –, o Instituto Gênesis apoiará o desenvolvimento de projetos transformadores e que realmente causem impacto socioambiental positivo, mas também formar indivíduos com competências e habilidades necessárias para a construção de um mundo melhor.

“Por isso criamos essa campanha de crowdfunding, para arrecadar fundos e adaptar todo nosso conteúdo para o formato online, disseminando a cultura do empreendedorismo de impacto para todo o país”, afirma Paula, que destaca também o aspecto solidário da iniciativa: quem participa do financiamento coletivo está dando a oportunidade para a participação gratuita no curso de capacitação para um jovem aprendiz do Núcleo de Apoio e Ação Sobre o Menor (NEAM/PUC-Rio).

- Colabore com a campanha de crowdfunding e ajude também a divulgar nosso projeto. Compartilhe nossa campanha nas redes sociais (e não deixe de nos marcar @institutogenesis). Vamos formar agentes de transformação social!, conclama Paula.

Para mais informações, acesse aqui https://benfeitoria.com/empreendedoresdeimpacto