Material para promover o Rio ignora a pandemia e o uso de máscaras

Material para promover o Rio ignora a pandemia e o uso de máscaras

É possível ignorar a pandemia?

Por Cláudio Magnavita*

A Fundação Rio Convention Bureau, que deveria cuidar da retomada do turismo, reuniu na quinta-feira (27) seus mantenedores, via zoom, para mostrar o novo material de promoção do turismo e para o setor de eventos.

Foram apresentados dois filmes, um show-case para captar congressos e o banco de imagens.

Eles devem ganhar o troféu de otimismo ou de irresponsabilidade. Todas as peças são feitas com imagens antigas, de antes da pandemia, e não há uma única pessoa usando máscara. Pior, não há referência aos protocolos sanitários adotados por seus associados, principalmente os hotéis, centros de convenções, restaurantes e nem a existência de um selo de boas práticas desenvolvido pela Secretária de Estado de Turismo.

Todos os destinos turísticos estão produzindo material promocional focando nas boas práticas.
Ignorar o enorme investimento feito pelas empresas cariocas é lastimável. Um total negacionismo.
Alguns eventos já foram realizados na cidade adotando normas de segurança, como uma feira presencial de arte, na Marina da Glória. Possuímos equipamentos para eventos híbridos, como foi, por ironia o próprio evento da Fundação, reunindo quase 100 pessoas pelo zoom.

A Fundação atravessa, pela primeira vez em 37 anos, uma situação de embates, e o Ministério Público abriu procedimento para apurar possíveis irregularidades eleitorais da presidente-executiva, Sonia Chami, responsável pelo material que ignora a pandemia.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Jornal da Barra