Para os amantes do McDonald’s aqui vai uma excelente notícia, a unidade recém-inaugurada em Bangu, no endereço Rua da Feira, n 973, na zona oeste do Rio de Janeiro, além de proporcionar aos moradores e aos visitantes do local a possibilidade de saborear as mais diversas opções de lanches, traz agora outra novidade: a inauguração de um novo ponto cultural no bairro, um mural grafitado no estacionamento da lanchonete. Quem assina o mural são os artistas Léo Shun e Lorena Crist, que também são moradores do bairro. Conhecidos por sua arte multicolorida e vibrante, o casal de grafiteiros foi convidado pelo McDonald’s para criar uma arte totalmente exclusiva e lúdica trabalhando a temática Mobilidade Urbana em uma combinação de elementos que traz os principais produtos do McDonald’s interagindo com diferentes personagens. 

O painel gigante possui mais de 50 metros quadrados e fica localizado num ponto do estacionamento bem visível e destacado, para que todos os frequentadores do McDonald’s que visitarem o local possam interagir e sair com uma lembrança super instagramável desta unidade da rede de fast food. Todos os elementos que compõem a arte fazem jus à proposta de brincar com o imaginário dialogando sobre mobilidade urbana, e ainda destacam de forma divertida os principais produtos do McDonald’s ao mesmo tempo em que conscientizam sobre inclusão, acessibilidade, diversidade e sustentabilidade. 

O graffiti passeia artisticamente pelo tema mobilidade urbana, trazendo personagens que se movimentam livremente a partir de diferentes meios como a bicicleta, o skate, os patins, o patinete e a cadeira de rodas que destaca também a atenção que a sociedade precisa dar a inclusão e a acessibilidade. No entanto a mobilidade urbana envolve também outras formas de deslocamento, tais como, trem, metrô, carro, moto, motocicleta, ônibus, a pé, etc. 

A arte do graffiti por ser feita nas ruas se comunica bem com a sociedade, nessa arte o casal de grafiteiros utilizou de traços, formas e cores vibrantes para incentivar a mobilidade urbana que oferece qualidade de vida, incentivando principalmente meios de mobilidade urbana sustentáveis e que viabilizam a atividade física em seu deslocamento, como a bicicleta, o skate, os patins, o patinete, juntamente com os caminhantes, corredores, etc. Essas também são formas de preservar o meio ambiente da emissão de gases poluentes, de conscientizar sobre um estilo de vida dinâmico e menos estressante devido à redução de congestionamentos e dos gastos com o combustível que nesses últimos tempos tem sofrido reajustes significativos de aumento de preço.  

Shun e Lorena, os artistas convidados, são moradores de Bangu e concentram grande parte dos seus projetos artísticos na região. Para os artistas, a zona oeste é bem mais do que o maior espaço geográfico da cidade, ela representa seu berço, parte da sua história, e por esse motivo realizar esse novo painel de graffiti foi tão significativo.  

“Bangu é um bairro incrível, cheio de histórias e personalidades. Fico sempre muito feliz quando tenho a oportunidade de pintar aqui no bairro, principalmente participando desse projeto incrível para o McDonald’s. A confiança no nosso trabalho e a liberdade que nos deram para criar uma arte leve e jovem, homenageando o bairro e trazendo questões importantes como sustentabilidade e inclusão, foi algo maravilhoso.” Diz Léo Shun. 

Para os apreciadores de arte urbana e fãs da dupla de grafiteiros é possível notar que em sua criação para esse mural, a arte, além de dialogar sobre o tema proposto e diferentes questões contemporâneas, exalta Bangu retratando no graffiti os principais pontos e referências do bairro como o calçadão de Bangu, a paróquia São Sebastião e Santa Cecília, o Bangu atlético e a Fábrica Bangu onde hoje se encontra o Bangu shopping. Seguindo características bem originais a arte realça e homenageia o bairro mais quente do Rio de Janeiro, e brinca com os elementos propondo uma linguagem divertida, sugerindo que o imaginário e o lúdico se aflorem. “Na arte, enquanto a personagem principal saboreia um delicioso hambúrguer, ela fecha os olhos para se envolver com o sabor de um mundo Mc Feliz onde surgem balões em formato de hambúrgueres, um sol formado por batatas fritas, um milk-shake gigante, e uma infinidade de cores, traços e movimentos”. Descreve Lorena Crist. Além disso, os artistas prepararam um espaço interativo dentro do mural onde o público poderá tirar fotos brincando com a arte. 

Quem quiser conferir de perto essa arte, é só visitar a nova loja do McDonald’s em Bangu. E para ver mais trabalhos dos artistas é só acompanhá-los nas redes sociais, no Instagram @leoshun_rj e @lorenacristoficial ou na página Léo Shun, no Facebook. 

A Unigranrio promoverá uma live por meio de seu espaço no Youtube com o objetivo de comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Conhecido por seu combate às questões ambientais e preservação do meio ambiente, com implementação de leis e redução do desmatamento na Amazônia, Carlos Minc irá palestrar sobre “ciência e o desafio da sustentabilidade”, na intenção de atingir alunos de tecnologia em gestão ambiental, graduandos e pós-graduandos de áreas relacionadas, além de toda a comunidade acadêmica interessada pelo tema.

O Estado do Rio vem passando por problemas relacionados a falta do olhar sustentável, como, por exemplo, as enchentes que atingiram a cidade de Petrópolis e falta de gestão do lixo gerado no Estado, que atinge, principalmente, as comunidades, o que faz do tema de grande importância para o dia a dia da população fluminense e carioca.

A Live Vip ocorrerá no dia 6 de junho, às 20h, através do link: https://www.youtube.com/user/unigranrioonline .

A Justiça do Rio de Janeiro adiou o julgamento da ex-deputada Flordelis, que estava marcado para a próxima segunda-feira (6), para o dia 12 de dezembro. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (3).

A ex-deputada é acusada de participação no assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. As informações são da Agência Brasil.

O pedido de adiamento foi feito pela defesa de Flordelis, sob o argumento da existência de laudos que ainda não foram juntados ao processo e que são imprescindíveis para a defesa dos acusados. Na petição, a defesa ainda alegou a falta de tempo hábil para analisar outros novos laudos juntados ao processo.

Na decisão, a juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, afirmou que os advogados de defesa foram orientados a comparecer ao cartório na quinta-feira (2) para obtenção da cópia dos documentos, o que não ocorreu.

"Mister [necessário] salientar que o conteúdo dos laudos que sequer foram elaborados, por óbvio, não foi acessado pelo representante do MP [Ministério Público] ou pela assistência da acusação, assim como deve ser consignado que os patronos das acusadas, apesar de cientificados [informados] pessoalmente por esta magistrada e orientados, a pedido desta, a comparecerem em cartório na data de ontem para obtenção das cópias correspondentes aos últimos laudos acostados ao processo em atenção a requerimento das próprias acusadas, deixaram esta serventia sem fazê-lo", disse a juíza.

Mesmo assim, a juíza decidiu acolher o pedido da defesa e adiar o tribunal do júri para o fim do ano, a fim de garantir os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Também foram adiados os julgamentos de Marzy Teixeira da Silva, filha de Flordelis, e de Rayane dos Santos Oliveira, neta da ex-deputada.

Por: Matheus Rocha

Seis dias após 23 pessoas terem morrido durante operação na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio, policiais militares do estado começam a usar nesta segunda-feira (30) câmeras portáteis acopladas em uniformes.

Prevista inicialmente para o dia 16 deste mês, a instalação dos equipamentos sofreu atraso, porque a empresa fornecedora alegou questões operacionais e pediu mais tempo para entregar os dispositivos.

De acordo com o governo, as câmeras serão usadas nesse primeiro momento em agentes de nove unidades nos bairros de Botafogo, Méier, São Cristóvão, Tijuca, Olaria, Ilha dor Governador, Copacabana, Leblon e Laranjeiras.

A licitação para a compra dos itens foi concluída em novembro do ano passado e prevê a aquisição de 21 mil câmeras, sendo que cada uma delas custa R$ 296, totalizando mais de R$ 6 milhões. A previsão é de que 1.637 PMs usem as câmeras, que serão instaladas nas fardas dos agentes que fazem policiamento ostensivo. Os policiais que desempenham atividades administrativas não usarão os acessórios.

Os aparelhos começam a gravar automaticamente por 12 horas quando os policiais os retiram de uma espécie de totem que ficará nos batalhões, usando reconhecimento facial. Eles também permitem que funcionários no centro de monitoramento conversem com o policial.

Todas as imagens e áudios são transmitidos em tempo real ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro da cidade, e ficam armazenados em uma nuvem por 60 dias. Segundo a empresa, eles passam por uma autenticação que impede qualquer tipo de edição ou alteração.

Em casos mais sensíveis ou complexos, um botão na câmera pode ser acionado pelo policial ou de forma remota para que a gravação tenha melhor qualidade —como acontece em São Paulo, onde a ativação é automática em caso de disparo de arma de fogo. Nesses casos, a imagem fica armazenada por até um ano.

A instalação de câmeras portáteis nas fardas dos agentes é uma das medidas previstas no plano de redução da letalidade policial, apresentado pelo governo do estado no final de março. O documento foi formulado por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da chamada ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) das Favelas.

Nesse processo, o Supremo decidiu em 2020 suspender operações policiais em comunidades do Rio no período da pandemia, salvo em casos "absolutamente excepcionais".

Especialistas em segurança pública dizem que a implementação dos dispositivos é importante, já que a polícia fluminense coleciona operações com grande número de mortes. Em maio do ano passado, 28 pessoas morreram durante operação no Jacarezinho, na ação que se tornou a mais letal da história do Rio.

Um ano depois, outra incursão da PM deixou 23 pessoas mortas na Vila Cruzeiro, tornando-se a segunda operação mais letal do Rio. 

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado foi o quinto em letalidade policial em 2020. Já a cidade do Rio foi o município brasileiro com os maiores números absolutos de mortes em intervenções policiais, com 415 vítimas. Os dados constam do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado.

Pesquisas já comprovam a eficácia das câmeras para reduzir o uso da força durante abordagens policiais.

Um estudo divulgado em outubro concluiu que as câmeras nos uniformes resultaram em uma queda de até 61% no uso de força pelos agentes de segurança, incluindo uso de força física, armas letais e não letais, algemas e realização de prisões em ocorrências com a presença de civis.

A pesquisa foi realizada por pesquisadores das universidades de Warwick, Queen Mary e da London School of Economics, no Reino Unido, e da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica), com base em experimento realizado com a Polícia Militar de Santa Catarina entre setembro e dezembro de 2018.

Uma menina de 4 anos foi baleada na cabeça em um tiroteio entre policiais e criminosos na noite desta quarta-feira (1) no bairro Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela estava com a mãe e usava o uniforme escolar quando foi atingida ao parar pa ra comprar um lanche após a saída da escola.

A criança foi levada por um mototaxista até uma unidade de saúde do bairro e, em seguida, encaminhada para o Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio. Passou por uma cirurgia e segue em estado grave.

A Polícia Civil informou que foi ao bairro após receber uma denúncia de extorsão e teria sido recebida a tiros por criminosos.

Segundo o Fogo Cruzado RJ, instituto que produz dados sobre violência armada na região metropolitana do Rio, a menina foi a quarta criança baleada no Grande Rio este ano. Todas foram atingidas por balas perdidas e uma delas morreu.

A vítima que morreu é um menino de 6 anos. Ele foi atingido em um dos acessos do Morro da Torre, em Queimados, na Baixada Fluminense, em tiroteio entre policiais militares e traficantes, em janeiro. A criança estava no quintal de casa.

Um adolescente de 16 anos, João Carlos Arruda Ferreira, é uma das 23 pessoas mortas durante uma operação policial na Vila Cruzeiro, no dia 24 de maio.

O estudante, segundo a família, era um jovem tímido, tranquilo e sem qualquer envolvimento com o tráfico, o que contraria a versão da Polícia Militar.

Em nota, a PM disse que todos os aspectos relacionados à operação estão sendo investigados pela Polícia Civil. Além disso, a corporação diz que a corregedoria acompanha e colabora integralmente com todos os procedimentos.

Por: Matheus Rocha e Mariana Moreira

As estradas que levam à Terra Prometida são tortuosas e têm capsulas de fuzil. São pelo menos sete delas em uma das vias. Ao chegar ao topo do morro, é possível encontrar uma casa crivada de tiros.

Os disparos atravessaram uma caixa d'água, perfuraram a parede de madeira e atingiram uma pequena geladeira. A porta do eletrodoméstico está perfurada e, em frente dele, o fragmento de um projétil repousa no chão.

Era esse o cenário na Vila Cruzeiro um dia após a comunidade ter sido alvo da segunda operação policial mais letal da história do Rio.

Pelo menos 25 pessoas perderam a vida durante a ação realizada pela Polícia Militar em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal.

O confronto se concentrou principalmente na parte alta da comunidade, na localidade conhecida como Terra Prometida. É uma região marcada pela vulnerabilidade social, onde as casas são feitas de madeira.

A moradora de uma delas diz que dormia com o marido e a filha pequena quando, por volta das 3h30, a casa começou a ser metralhada por policiais militares.

"A gente se jogou da cama para o chão e começou a gritar, dizendo que na casa tinha morador, que a gente era trabalhador. Mas eles disseram: 'morador é o caralho' e continuaram atirando", diz Ana, acrescentando que mora na região há três anos e que nunca tinha visto algo parecido.

Os moradores que conversaram com a Folha se disseram assustados e pediram para ter as identidades preservadas. Por isso, todos os nomes foram trocados.

Ana diz que ficou cerca de uma hora no chão tentando se proteger dos disparos. Ela conta que, após esse período, quatro policiais militares teriam invadido a casa; um deles era chamado de "Orelha" pelos colegas de farda. "Disseram para esse 'Orelha' que tinha gente escondida lá atrás, nos fundos da casa. Eles foram pra lá e mataram o cara a facadas."

A casa de dois cômodos -um banheiro e um quarto- ainda preserva evidências da operação desta terça. Nos fundos do imóvel de madeira, era possível ver sangue no chão. "Meu marido limpou uma parte, porque começou a dar mosca."

Em frente à geladeira perfurada havia o fragmento de um projétil que por pouco não atingiu a moradora. Ela diz que dormia junto com o marido em uma cama de casal ao lado da geladeira.

"Se eu morresse, a gente não teria nem dinheiro para pagar o enterro", afirma ela, que é diarista e ganha R$ 700. Para complementar a renda, vende picolés, atividade que precisou interromper. A geladeira deixou de funcionar após ter sido perfurada na operação.

Grávida de três meses, ela diz que pretende se mudar por causa da violência. "Estou desde terça-feira sem conseguir dormir. Eu não tenho paz. Me expulsaram do meu barraco."

O medo é compartilhado por Cláudia, que também tem uma casa na Terra Prometida. A moradora diz estar traumatizada e evita ficar no imóvel, que, segundo ela, foi sido invadido por PMs. "Na favela não tem só bandido. Também tem morador de bem."

A Folha de S.Paulo entrou em contato com a Polícia Militar para falar sobre as denúncias de violações, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

Ainda na terça, a operação virou alvo de investigação no Ministério Público Federal e estadual para apurar eventuais violações de direitos.

Indignação no IML Já no Instituto Médico-Legal (IML), o clima nesta quarta (25) era de revolta e consternação entre parentes e amigos das vítimas. Durante a manhã, dezenas de familiares chegaram ao prédio para reconhecer os corpos dos mortos na operação.

Após identificar o corpo do parente, a irmã de Izaías Victor, de 22 anos, deixou o prédio chorando e gritando. Ela teve que ser amparada por amigos que a acompanhavam e optou por não se identificar.

"Acabaram com o rosto do meu irmão. Dói na alma, eu preciso chorar. Ele era muito bonito. Ai, me ajuda senhor, passa logo", gritava a irmã do jovem assassinado.

Uma amiga da família de Izaías, que pediu para ser identificada apenas como Fabiana, contou que o jovem havia sido baleado na perna no início da operação, quando fugiu em direção à mata na companhia de um amigo.

De acordo com ela, Izaías não estava armado. Após saber que o jovem havia sido alvejado pela PM, Fabiana e parentes foram em busca do rapaz, prestaram socorro e levaram o corpo, já sem vida, para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio.

"Ele tomou um tiro na perna e ficou escondido no meio do mato. Ele queria se entregar, mas os policiais o encontraram e deram um tiro na cara dele", relatou Fabiana.