Pesquisas mostram que apenas 31% dos cargos de chefia no mundo são ocupados por mulheres, embora no cenário do marketing seja otimista com 69%

 

 

Mesmo estando em pleno 2022, para mulheres conseguirem inserção no mercado de trabalho, consolidar-se e ter perspectivas de crescimento profissional continuam sendo obstáculos, em níveis mais acentuados do que para os homens, e que ao longo da pandemia de Covid-19 foram amplamente intensificados. 

Nos dias atuais, temas como visibilidade da mulher e liderança feminina estão sendo pautados potencialmente, não somente pelos círculos sociais como também dentro da estrutura  das empresas, tudo isso devido a presença da mulher ainda ser percebida em menor número apesar de comprovadamente possuir melhor especialização e desempenho, na maioria dos casos.

Uma pesquisa recente feita pela Women In Business da consultoria Grant Thornton, demonstra que em todo o mundo apenas 31% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. Fazendo um recorte para a esfera do Marketing, o cenário passa a ser otimista apresentando que 69% das lideranças na comunicação corporativa no Brasil são de liderança feminina, de acordo com a ABERJ.

A questão é que a população num contexto geral está se movimentando para que as mudanças há tanto tempo enumeradas a respeito da mulher, saiam do papel e sejam enfim implementadas, e isso inclui respeito por elas dentro das organizações, além de também reconhecerem elas pelas cadeiras que estão vindo a ocupar por mérito próprio delas. Estão surgindo também mais empresas com líderes mulheres dispostas a reverter o cenário, como é o caso da Nodo, uma agência focada em auxiliar empreendedores e empresas a construir estratégias de transformação de marketing através de inovação e tecnologia com sede na Barra da Tijuca. As sócias da Nodo, Olívia Vivone e Julia Alves, falaram sobre os desafios: “Inauguramos nossa sede recentemente no Rio de Janeiro como resultado de muita dedicação e também aprendizado, principalmente na questão da liderança. Somos uma equipe 100% feminina, são muitos os desafios que atravessamos diariamente para estarmos aqui, porém nos torna mais resilientes e obstinadas”, enfatizam as sócias. 

Cases de outras mulheres que obtiveram êxitos também se sobressaem no cenário carioca, com mulheres consolidadas no ambiente corporativo liderando grandes projetos e times ou até mesmo mulheres que iniciaram do zero, como é o caso da Camila Mey, fundadora e CEO do Camila Mey Atelier, uma joalheria exclusiva que fornece aos seus clientes peças únicas. A CEO destacou a visão empreendedora dentro do segmento para que pudesse alcançar destaque, como em seu caso que ela mesma desenvolve o projeto de cada peça de jóia, o que traz singularidade e evidência para suas produções, e uma maior visibilidade no mercado.

Os desafios do mundo business, em muitos dos casos inspiram as mulheres, como é o caso da gerente de Canais Digitais, Joyce Nunes. A gerente assumiu uma cadeira de liderança em uma grande empresa, e se orgulha de ser a responsável por reverter um resistente quadro de déficit financeiro e de marketing.

A sócia e fundadora do escritório Pires Queiroz, Renata Martins, é outro caso que soma tenacidade. Ela tinha uma carreira consagrada como coordenadora de contratos atuando na solução e prevenção de conflitos de companhias nacionais e multinacionais, que confiando no potencial de líder e também de empreendedora abriu seu escritório se consolidando também no novo mercado.

O ambiente empresarial sendo mais inclusivo com a presença de mulheres, ou as próprias construindo suas oportunidades e ocupando essas posições no topo, configuram uma importante mudança no ecossistema de gestão e de sucesso, como todos esses cases citados acima.