Os prédios históricos tombados pelo Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) do Rio de Janeiro, em Petrópolis, passam por vistorias em ação conjunta do órgão com a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro. A avaliação dos imóveis é para dimensionar os danos causados pela forte chuva que devastou a cidade na terça-feira passada (15) provocando estragos na cidade. A informações são da Agência Brasil.

A diretora do Inepac, Ana Cristina Carvalho, destacou que Petrópolis é o município com mais bens imóveis tombados pelo Inepac e desde o temporal, que completa uma semana hoje, o Escritório Técnico do Inepac se preparou para fazer o levantamento nas áreas mais atingidas.

Ontem foram realizadas vistorias nos reservatórios fluviais da companhia Águas do Imperador, em algumas casas com fachadas tombadas, no Theatro D. Pedro e no Cine Petrópolis, que foram invadidos pela lama.

"O Governo do Estado está se mobilizando com todos os seus setores, seja o Inepac, a Emop ou mesmo o DER-RJ, para estabilizar o que está instável. Após a avaliação inicial, faremos um monitoramento e uma vistoria mais detalhada para termos diagnóstico mais preciso do que será necessário restaurar", disse a chefe do Escritório Técnico Regional Serrana do Inepac, Patrícia Hugueney.

Segundo o Inepac, nenhum imóvel tombado pelo órgão desabou. No entanto, uma ponte próxima ao Palácio de Cristal foi o caso mais grave de impacto da chuva e precisará ser reconstruída, porque perdeu o seu guarda-corpo. "O Inepac faz o diagnóstico dos imóveis afetados e de possíveis áreas de risco, assessorando os responsáveis pelos imóveis nas obras que serão necessárias", completou.

Pela Emop-RJ, o trabalho vistorias nos prédios históricos está sendo desenvolvido por arquitetos da empresa. As ações contam ainda com quatro engenheiros de Geotécnica da empresa, para atuar no levantamento técnico de áreas de riscos na cidade.

A Megamatte também quer ajudar a população de Petrópolis, que vem sofrendo depois das fortes tempestades que atingiram a cidade da Região Serrana. Solidariedade é sempre bem-vinda e, por isso, unidades da rede estão recolhendo doações de mantimentos, cobertores, roupas e produtos de higiene para os desabrigados.

As seguintes lojas disponíveis para coleta:

Centro
Av. Rio Branco, 50

Ipanema
Rua Visconde de Pirajá, 611

Barra
Via Parque
Av. Ayrton Senna, 3000

O2
Av. José Silva de Azevedo Neto, 200 - loja 101 - bloco 10

Del Castilho
Shopping Nova América
Av. Pastor Martin Luther King, 126 - loja 128

Duque de Caxias
Unigranrio Caxias
Rua Professor José de Souza Herdy, 1216 - box 115 - Jardim 25 de Agosto

Subiu para 183 o número de mortos em decorrência dos deslizamentos provocados pelas chuvas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, na semana passada, de acordo com a Polícia Civil. Ainda há 85 pessoas desaparecidas. As buscas continuam.

Entre os mortos, há 111 mulheres, 72 homens e 32 menores de idade, segundo a Polícia Civil.

Ao menos 169 vítimas já foram identificadas pela corporação, que divulgou uma lista com os nomes. O temporal ocorrido na terça-feira (15) é o mais letal da história da cidade.

A Assistência Social atende 867 pessoas nos 13 pontos de apoio espalhados pela cidade.

As pessoas que precisaram sair de suas casas por conta dos deslizamentos e não podem ser acolhidas por familiares estão sendo orientadas a se instalarem em pontos de apoio, como as escolas da cidade.

A Assistência Social atende 867 pessoas nos 13 pontos de apoio espalhados pela cidade.
As pessoas que precisaram sair de suas casas por conta dos deslizamentos e não podem ser acolhidas por familiares estão sendo orientadas a se instalarem em pontos de apoio, como as escolas da cidade.

A RECONSTRUÇÃO
O governo estadual autorizou, na sexta (18), gastos de R$ 150 milhões para obras emergenciais em cinco áreas prioritárias em Petrópolis, como a rua 24 de Maio, rodovia Washington Luiz, praça Conde D'eu e na rua Teresa, conhecida pelo comércio.

Ainda haverá trabalhos no Túnel Extravasor do Palatinado, que teve sua galeria rompida, interditando parcialmente algumas vias.

Um documento interno do Corpo de Bombeiros da última quinta (17), obtido pelo UOL, aponta a falta de materiais básicos para a atuação dos militares fluminenses no resgate de vítimas da tragédia em Petrópolis, na região serrana do Rio.

A Associação de Notários e Registradores do Rio está recebendo doações para ajudar as vítimas das chuvas de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. O Instituto Novo Brasil também está de braços abertos para receber ajuda de quem puder doar algum valor. O dinheiro será usado na compra de alimentos, água, álcool em gel e outros produtos de higiene. A forte chuva atingiu o município na terça-feira (15). A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas. Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia.

Para doar:
Instituto Novo Brasil Pelo Carimbo Solidário.
CNPJ: 085631450001/02
Banco Itaú
Agência: 0310
Conta-Corrente: 45693-4
PIX : 08.563.145/0001-02

O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos na cidade) de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deve perder R$ 665 milhões em consequência dos efeitos da chuva intensa que caiu na cidade terça-feira (15). O cálculo, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), tem por base o impacto direto apontado na pesquisa junto a 286 empresas, entre os dias 16 e 18 deste mês.
As informações são da Agência Brasil.

No total de entrevistados, 65% informaram que as empresas foram atingidas diretamente e o funcionamento não foi restabelecido em 85%. A expectativa de retorno total das atividades leves é, em média, de 13 dias, para os que estimam uma normalização. No entanto, um em cada três entrevistados não sabe dizer, por enquanto, quando esse retorno será possível.

Ainda conforme a pesquisa, 11% dos entrevistados com as empresas prejudicadas informaram desaparecimento ou morte de funcionários.

A pesquisa indicou também que nas atividades das empresas, a linha de produção sofreu impacto em 35%. Nas áreas administrativa e de vendas, a influência dos relatos chegou a 30% e 35% dos entrevistados, respectivamente. O alagamento no entorno, citado por 77% dos representantes das empresas impactadas, está entre as maiores dificuldades enfrentadas, como também a falta de energia elétrica e ou telefone, relatada por 60% deles. Dos pesquisados, 31% registraram alagamento no interior da empresa e 23% citaram danos na estrutura física, como quebra de equipamento, desabamento ou condenação de muros e paredes.

A entidade está instalando hoje (21), na cidade imperial, o Centro de Atendimento ao Pequeno Empresário, na Firjan Serrana, na Rua Dom Pedro I, 579, na área central. A intenção é assessorar gratuitamente as pequenas e micro empresas atingidas pela tragédia que devastou o município. No local, haverá atendimento de instituições de crédito parceiras, como BNDES, AgeRio, Caixa Econômica, Sicoob e Sicredi. O funcionamento nesta segunda-feira será das 15h às 17h e, a partir de amanhã das 9h às 17h.

Os empresários apontaram o restabelecimento da ordem na cidade e ações emergenciais que impulsionam mais diretamente a qualidade de vida e a recuperação econômica como as principais frentes para a atuação do poder público.

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio, ressaltou que a situação é dramática, e que os empresários de Petrópolis já estavam com um passivo provocado pela pandemia da covid-19.

"Precisam de um alívio financeiro. As empresas precisam retomar suas atividades, porque as pessoas que sobreviveram precisarão trabalhar e ter renda. Estamos instalando uma agência onde os empreendedores poderão conversar com grandes bancos para atravessar essa turbulência. E o apoio financeiro é uma consequência. Entendemos que as instituições que reuniremos estarão flexíveis com relação aos passivos", disse.

Por: Ana Luiza Albuquerque e Italo Nogueira

O presidente Jair Bolsonaro afirmou não ser possível prevenir todas as tragédias como a que ocorreu em Petrópolis, onde ao menos 120 pessoas morreram e 116 estão desaparecidas em razão das fortes chuvas no início da semana.

Em visita à cidade da região Serrana do Rio de Janeiro, o presidente disse que o orçamento prevê investimento para evitar as ocorrências. Contudo, declarou haver uma limitação de recursos.

"Medidas preventivas estão previstas no orçamento. Ele é limitado. Muitas vezes não temos como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados [área territorial do Brasil]", afirmou ele à imprensa.

A Folha de S.Paulo mostrou que a gestão do governador Cláudio Castro (PL) executou apenas metade do previsto no orçamento do ano passado em prevenção de catástrofes. "A população tem razão de criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente houve outras tragédias aqui. Pedimos a Deus que não ocorram mais e vamos fazer a nossa parte", afirmou ele.

O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) também destacou o grande volume de chuvas que caiu na cidade, o maior em 90 anos segundo a Defesa Civil. Ele afirmou ainda que "nenhum meteorologista previu" o aumento das chuvas no verão, informação básica do regime de precipitações no país, intensificada pela crise do clima.

"Até agosto, a pauta era a falta de chuvas e a crise hídrica. Nenhum meteorologista no Brasil previu o que aconteceria no final do ano. Pelo contrário, falavam em falta de água e energia", afirmou o ministro.

Marinho afirmou que serão liberados R$ 1 bilhão de recursos emergenciais para Petrópolis e outras 50 cidades do país em situação de emergência ou calamidade pública em razão das chuvas, o que ele chamou de "catástrofes climáticas".

Castro defendeu o trabalho de resgate de vítimas na cidade. Muitas famílias têm se queixado da falta de bombeiros para o auxílio na localização de corpos. Há muitos casos de moradores trabalhando sozinhos cavando a lama em busca de amigos e parentes.

"Não adianta ter gente demais aqui. Há um problema sério de trânsito. O local ainda está instável. Não adianta botar 2, 3, 4.000 pessoas ali", afirmou o governador. "Quem manda é a técnica. Temos número suficiente de acordo com o que a técnica manda. Não adianta encher de gente, porque vai criar mais confusão e dificilmente vamos conseguir ajudar a população."

O ministro Braga Netto (Defesa) afirmou que há engenheiros e outros militares prontos para mobilização, aguardando a estabilização do terreno. "O terreno é de difícil estabilidade. Precisa-se de estudo geológico muito pesado para não corrermos mais risco. Temos mais gente em condição de vir para cá, mas temos que controlar a vinda desse pessoal", declarou o ministro.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, chegarão de outros estados 41 cães farejadores para auxiliar nas buscas. Atualmente são 16 animais, que precisam de 12 horas de descanso.