Mônica Bergamo (Folhapress)

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) diz ter identificado uma alta de 5,32% no consumo por parte dos brasileiros entre janeiro e maio deste ano. O valor, registrado pelo Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras, supera em 2,88% os resultados do setor no mesmo período no ano passado.

De acordo com a associação, o desempenho pode ser explicado por fatores como o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal e o pagamento da primeira parcela, na segunda quinzena de maio, do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS.

O levantamento ainda identificou 30.883 novos postos de trabalho abertos no setor entre janeiro e maio de 2021, além da abertura de 24 novas lojas entre os meses de abril e maio.
"O investimento que gera emprego acaba voltando para o próprio setor. Os novos funcionários também passam a aplicar parte de sua renda na alimentação da família", afirma o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto para prorrogar por três meses o pagamento do auxílio emergencial de 2021. O benefício atual -que varia de R$ 150 a R$ 375- termina neste mês. Os valores devem ser mantidos.

Leonardo Vieceli (Folhapress)

Com o impacto da pandemia no mercado de trabalho, a taxa de desemprego foi de 14,7% no trimestre encerrado em abril. Assim, permanece no nível recorde da série histórica no país, iniciada em 2012. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta quarta-feira (30).

Entre fevereiro e abril, o número de desempregados chegou a 14,8 milhões. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) com divulgação mensal. A taxa de 14,7% havia sido alcançada no primeiro trimestre deste ano. Em igual período do ano passado (fevereiro a abril), estava em 12,6%.

Pelas estatísticas oficiais, um profissional está desempregado quando não tem ocupação e segue em busca de oportunidades. O levantamento do IBGE considera tanto trabalhadores formais quanto informais.

Na largada de 2021, o aumento de casos de coronavírus provocou novas restrições a atividades econômicas, o que dificultou a operação de empresas e a reação do mercado de trabalho.
Além disso, o auxílio emergencial foi interrompido na virada do ano e retomado apenas em abril, com redução nos valores pagos e no número de beneficiários. Conforme analistas, a paralisação do auxílio pode ter levado mais gente de volta à procura por vagas, pressionando o indicador de desemprego.

Economistas avaliam que a melhora consistente do mercado de trabalho depende em grande parte da recuperação do setor de serviços, o principal empregador do país. Durante a pandemia, serviços diversos foram prejudicados, incluindo operações de bares, restaurantes e hotéis.

A crise foi intensificada no setor pelo fato de que essas atividades precisam da circulação de clientes. Na visão de especialistas, o avanço da vacinação contra a Covid-19 é peça fundamental para permitir a melhora dos negócios e, posteriormente, a geração de vagas de trabalho. Em 2021, não bastasse o desemprego em alta, brasileiros também amargam o avanço da inflação. A combinação de fatores acaba diminuindo o poder de compra das famílias no país.

Folhapress

No ano passado, quando a quarentena restringiu os deslocamentos, o Itaú Personnalité elevou o limite das transações diárias dos clientes pelo aplicativo do banco.

Passado mais de um ano, alguns correntistas estão incomodados com a segurança, achando que o limite está alto demais, especialmente depois do noticiário sobre a proliferação de quadrilhas especializadas em furtar aparelhos de telefone para invadir contas bancárias.

A reportagem recebeu relatos de clientes do Itaú Personnalité que dizem ter levado reclamações aos gerentes porque estão com teto de R$ 300 mil no celular. Procurado pela coluna, o banco diz que o aumento do limite foi possível devido aos investimentos na segurança de seus sistemas com ferramentas como biometria facial, token, senhas de acesso e monitoramentos transacionais.

"Especificamente para o PIX, os limites são definidos e gerenciados segundo diretrizes do Banco Central, e o cliente pode reduzi-los diretamente no aplicativo do banco, caso necessário. Os apps do banco são totalmente seguros e acessados somente com a senha pessoal do cliente", diz o banco em nota.

A instituição recomenda que os clientes não definam senhas óbvias e que jamais as armazenem em emails e aplicativos de notas entre outros cuidados.

Fábio Munhoz (Folhapress)

A Receita Federal irá pagar nesta quarta-feira (30) o segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de 2021. Cerca de 4,2 milhões de contribuintes deverão receber a grana em todo o Brasil. O valor total será de aproximadamente R$ 6 bilhões.

Desse total, pouco mais de R$ 2,3 bilhões serão destinados a contribuintes com prioridade legal, sendo 97 mil pessoas com mais de 80 anos, 779,7 com idade entre 60 e 79 anos e 54,2 mil pessoas com deficiência física ou mental ou moléstia grave, além de 385,5 mil cidadãos cuja maior fonte de renda seja o magistério. A grana também será depositada para outros 2,9 milhões de contribuintes não prioritários que enviaram a declaração até o dia 21 de março deste ano.

Segundo a Receita Federal, o lote também engloba restituições das malhas finas de declarações mais antigas, dos exercícios de 2008 a 2020. O pagamento da restituição será feito na conta que foi informada pelo contribuinte no momento do envio da declaração. Caso ocorra algum problema que impeça o depósito (como conta bancária desativada ou informação incorreta), os valores ficarão disponíveis para retirada por um ano no Banco do Brasil.

Para fazer a retirada, deverá ser remarcada uma data para disponibilização do crédito. Esse procedimento tem de ser feito pelo Portal BB ou pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Se, depois de um ano, o valor da restituição não for resgatado, o cidadão deve fazer a solicitação do dinheiro à Receita Federal por meio do portal e-CAC. Ao entrar no site, é necessário clicar em "Declarações e Demonstrativos", depois escolher a opção "Meu Imposto de Renda" e, por fim, clicar em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

Ana Paula Branco (Folhapress)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou, por decreto publicado nesta terça-feira (6), o pagamento de mais três parcelas do auxílio emergencial 2021. O benefício, que acabaria em julho, será pago também em agosto, setembro e outubro.

Vão receber as novas parcelas os trabalhadores que obedecerem a regra do programa. Só quem já recebia o auxílio em dezembro de 2020 teve o cadastro reavaliado para continuar recebendo o benefício, destinado somente a famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa e renda mensal total de até três salários mínimos.

Quem recebe benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS/Pasep, não tem direito ao auxílio.

Estão excluídos ainda contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019, ou tinham, em 31 de dezembro daquele ano, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil.

Ficam também impedidos de receber o benefício cidadãos que tenham recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte com valor acima de R$ 40 mil.

A exclusão do auxílio ainda será aplicada a menores de 18 anos, exceto mães adolescentes, a quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão.

Valor das parcelas A versão de 2021 do auxílio é limitada a uma pessoa por família. As parcelas vão de R$ 150, para solteiros, até R$ 375, para mães que são as únicas responsáveis pelo sustento do lar. As demais famílias recebem R$ 250.

Para o público do Bolsa Família, segue valendo a regra quanto ao valor mais vantajoso a ser recebido entre o Bolsa Família e o auxílio emergencial 2021. Os integrantes do programa receberão o benefício com maior parcela.

O pagamento vai obedecer o calendário a ser divulgado pela Caixa, de acordo com a data de nascimento do beneficiário.

Nicola Pamplona (Folhapress)

A medida provisória que cria o comitê de gestão da crise energética recebeu críticas no mercado por concentrar poder em mãos do MME (Ministério de Minas e Energia), deixando de fora agências e outros órgãos ligados à gestão das águas e do setor elétrico.

O texto foi apresentado na segunda-feira (28), com direito a pronunciamento em rede nacional, nomerc3006 qual o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, elencou medidas em discussão pelo governo e pediu à população que economize água e energia.

O comitê de gestão será composto por representantes de seis ministérios e liderado por Albuquerque. Terá o poder de definir vazões dos rios relevantes ao setor elétrico e de contratar energia emergencial para enfrentar a crise.

O setor questiona, porém, a ausência de agências que hoje têm essas atribuições, como a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento), responsável por gerir os rios federais, ou a própria Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que faz os leilões de compra de energia.

Também ficaram de fora o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que faz a operação diária dos reservatórios e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), cujas decisões podem ter fortes impactos na geração de energia.

A criação de um comitê gestor da crise era defendida pelo setor elétrico, com o argumento que esse modelo foi fundamental para o país enfrentar o racionamento de 2001. Naquele momento, o governo deu o poder a um executivo "neutro", o então ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente.

"Ter o MME à frente do comitê é uma concentração de poder equivocada", diz o ex-presidente do ONS Luiz Eduardo Barata. "O próprio governo tem repetido que é uma crise hídrica, e não uma crise energética", continua, frisando que a seca tem efeitos também sobre outros segmentos, como agronegócio e transporte.

Em 2001, o grupo que geriu a crise tinha não só ministros, mas as agências de água, energia e de petróleo, o ONS, presidentes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de Itaipu, além da AGU (Advocacia-Geral da União).