Dra. Mariana Kessel, dermatologista, explica como cuidar do maior órgão do corpo humano na estação mais quente do ano 

Praia, piscina, sorvete e muita luz do sol. Seja só ou acompanhado, no verão, vale tudo para se refrescar e assim, curtir cada minuto. Mas os cuidados com a saúde são redobrados, principalmente, quando se trata do maior e um dos mais importantes órgãos do corpo humano: a pele. Pensando nisso, é fundamental que adultos e crianças sigam todas as recomendações dermatológicas a fim de evitar danos a pele.


Cuidado intenso para que a pele resista ao verão. É o que diz a dermatologista Mariana Kessel. Segundo a Dra., é quase impossível não se expor ao calor nessa época, com foco em pessoas que moram em regiões litorâneas, deste país tropical. Entretanto, há formas de se proteger. “Prezar pelo bem estar de maneira geral. Boa hidratação, uma alimentação rica em frutas e vegetais, optando por alimentos que tenham alto teor de água com a intenção de se hidratar".


A médica recomenda mais algumas dicas, relacionadas aos produtos de pele:


Use filtro solar eficiente, com fator de proteção maior que 50, para que possa haver ótima proteção contra os raios UVA, a radiação que gera dano cumulativo e lesões neoplásicas. Os filtros com baixa proteção UVB normalmente não conferem boa proteção à radiação UVA, o que favorece maior ressecamento cutâneo e consequente degradação do colágeno com risco de desenvolvimento de um câncer, futuramente;

Hidratantes com substâncias umectantes como aloe vera, óleos vegetais, ureia, PCA-Na conferem boa nutrição à pele quando usados após a exposição solar, evitando a perda transdérmica de água prolongada e descamação;

Evitar sabonetes abrasivos auxilia na manutenção da barreira cutânea. Os líquidos em gel ou óleo são excelentes opções;

 

Quanto ao famoso protetor solar, a Dra. menciona que existem dois tipos de bloqueadores: os químicos (ou orgânicos), com moléculas capazes de absorver a radiação ultravioleta, transformando em forma de radiação menos nociva, como o infravermelho e os físicos (ou inorgânicos), com substâncias que fazem um escudo físico, barreira de proteção cutânea, sem reação química da pele com estas partículas. “Na maioria das vezes, os químicos são mais fáceis de encontrar, com mais opções de laboratórios e custo menor. Porém, alerto sobre o risco de alergia e a necessidade de maior reaplicação, se comparado ao físico, que oferece melhor adesão, mesmo com a pele molhada”.


Se o assunto for a diversão das crianças, a Dra. recomenda que:


O filtro solar deve ser, preferencialmente, inorgânico ou físico, com óxido de zinco ou dióxido de titânio como ingredientes ativos, aplicado 30 minutos antes de vestir o biquíni (meninas) ou a sunga (meninos) e brincar no sol;

Complementar a proteção com o uso de roupas com filtro UV é essencial também. Blusa e chapéus, normalmente, são bem tolerados;

É preciso usar o filtro durante as brincadeiras ao ar livre. Vale lembrar que é importante utilizar no pescoço, nas mãos, nos pés e nas orelhas;

Após o banho, um bom hidratante para preservar a umectação cutânea;

Evitar o sol de maior incidência. Papais e mamães, escolham horários até às 09h ou depois das 15h;

Atenção à hidratação oral! Ofereçam aos pequenos, sempre, água, água de coco e sucos frescos;