A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, divulgou o resultado final do Edital Cultura do Carnaval Carioca. A lista foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (18/10) e pode ser conferida no link abaixo. O programa vai disponibilizar R$ 3 milhões para 125 grupos representativos do carnaval de rua carioca. Foram recebidas 339 inscrições. O recurso será entregue até dezembro, e o prazo para execução da obra é de 120 dias a partir da data de pagamento.

Os proponentes selecionados terão o prazo de 10  dias úteis, contados a partir do dia seguinte à publicação da homologação do resultado, para a entrega da documentação necessária ao recebimento do recurso do prêmio. A documentação necessária está disponível nos itens 10.1.1 e 10.1.2 do edital, e deverá ser enviada por meio do formulário online, disponível aqui nesta página, desta terça-feira (19/10) até as 23h59 do dia 01/11.

O edital também tem como objetivo estimular a criação de produtos e conteúdos inéditos pelos grupos carnavalescos. O processo seletivo será de acordo com três linhas: Origens, Som e Estética.

Origens: Um vídeo com perfil de mini-documentário sobre a história do grupo ou um projeto de registro de memória. Serão contemplados 50 grupos com o valor de R$ 30 mil, cada.

Som: Faixa musical finalizada, com uma composição original/inédita ou um arranjo para uma composição tradicionalmente executada no carnaval.  Serão premiados 40 grupos com o valor de R$ 20 mil, cada.

Estética: Os grupos deverão confeccionar uma fantasia ou adereço original. Serão premiados 35 grupos com o valor de R$ 20 mil, cada.

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Ao longo dos séculos, as decepções amorosas motivaram canções para diversos artistas. Ter que aceitar a separação muitas vezes desperta tristeza e angústia, e foi com esses sentimentos em mente que o jovem cantor e compositor Mun-Rá escreveu "Game Of Thrones", música que será lançada nesta sexta-feira, dia 15, em todas as plataformas digitais e com clipe no canal do YouTube do artista.

Criativo, Mun-Rá usa as intimidades que teve com o ex-amor para mostrar que a conhece bem e brinca com o nome da famosa série para criticar o novo caso da antiga parceira. Apesar de desejar que o novo relacionamento não funcione e de dizer que "hoje eu te quero bem / bem longe", o cantor deixa escapar que "bem lá no fundo / em último caso / se Deus não estiver mais do meu lado / Eu espero que você seja feliz".

Músico desde a infância, Mun-Rá nunca largou o violão e foi se descobrindo compositor ao longo dos anos. Seu talento o aproximou da Papatunes, gravadora em que hoje é artista contratado e participou de alguns hits como a "Papasessions #2 - Barcelona" com L7NNON e PK, um dos maiores sucessos do canal.

Mun-Rá comenta a inspiração para compor "Game Of Thones": "Essa é uma composição que nasceu da ideia de que relacionamentos são como séries de TV, e o que inspirou essa música, especificamente, fez juz ao nome. Decidi trazer essa temática sob o ponto de vista irônico, de um eu-lírico amargurado, mas de certa forma ainda rindo da própria dor de cotovelo".

Sobre a Papatunes: Fundada em 2016 por Papatinho, um dos maiores produtores e beatmakers do Brasil, a Papatunes é um selo que oferece completa direção e produção musical aos seus artistas, além dos serviços de marketing e distribuição digital.

O cantor e compositor Madu faz, em outubro, mais duas apresentações com repertório do EP “Estudando Tom Zé” com toda atmosfera tropicalista. O próximo espetáculo será no dia 21 de outubro (quinta-feira), na La Carioca Cevicheria, na praia do Leblon. Já o último show acontece no dia 30 de outubro (sábado), na Fábrica Bhering, no Santo Cristo, com cenografia, instalações e projeções de Rodrigo Villas.

SERVIÇOS:
Show Estudando Tom Zé
Dia e hora: 21 de outubro (quinta-feira), às 20h
Local: La Carioca Cevicheria (Rua Delfin Moreira, 90 – Leblon / depois do Posto 11).
Ingresso: Contribuição voluntária.


Show: Estudando Tom Zé
Dias e hora: 30 de outubro (sábado), das 17h30 às 20h
Local: Studio Villas - Fábrica Bhering (Rua Orestes, 28 - Santo Cristo).
Ingresso: Limitado, com contribuição solidária de 20,00 (vinte reais).
Reservas pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Atenção: Eventos intimistas com capacidade limitada. A produção conta com a presença dos confirmados.

Próximo de completar 89 anos, o cartunista Ziraldo é uma das maiores referências no país quando o assunto é literatura infantil. Nascido em Minas Gerais, na cidade de Caratinga, ele é o criador de histórias que estão marcadas na memória de muitos brasileiros, como "O Menino Maluquinho" e "A Turma do Pererê".

Recentemente, Ziraldo foi convidado para criar o cartaz da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O evento acontecerá em formato híbrido, a partir do dia 21 de outubro. Publicado em 1980, o livro "O Menino Maluquinho" rendeu a ele o Jabuti de literatura infantil e foi adaptado diversas vezes para o cinema, o teatro e a televisão.

Neste ano, após "O Menino Maluquinho" completar 40 anos, a editora Melhoramentos lançou os livros "Os Meninos Maluquinhos" e "As Meninas Maluquinhas". Cada um deles traz oito contos, escritos por autores e autoras da nova geração da literatura infantojuvenil.

"Tivemos a ideia de convidar vários autores, de diferentes backgrounds, de diferentes históricos, para contar a sua versão do menino maluquinho. Se eles fossem criar um menino maluquinho hoje, como que ele seria?", diz Fábio Yabu, organizador e ilustrador dos livros.

Segundo Ziraldo, trazer novos autores para interagir com o personagem é uma forma de trazer contemporaneidade para a história. Além disso, é uma oportunidade de apresentar a obra a uma nova geração de leitores.
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Pergunta - Estamos perto do Dia das Crianças. O senhor pode dar dicas de como ser uma criança offline, quando o WhatsApp e as redes sociais caem ou quando não é possível sair de casa, por causa da pandemia?
Ziraldo - Na pandemia, milhares de meninos maluquinhos estão presos em casa. Podem estar lendo ou não. Mas toda criança tem uma imaginação enorme, inventa coisas incríveis com uma rapidez fantástica para encher a cabeça. Em especial as crianças na faixa dos oito anos, idade do Menino Maluquinho - acho que elas são as veias do mundo.

Os tablets, os youtubers infantojuvenis e os jogos eletrônicos roubaram de vez a atenção das crianças? O que fazer para fazer com que voltem a ler livros?
Ziraldo - A tecnologia é só um elemento. Se o escritor criar uma história interessante, que deixe as crianças presas, curiosas, elas podem até entender ou não, mas vão amar. Apesar de as crianças de hoje serem muito tecnológicas, acredito que os livros sempre serão importantes, têm um valor único para cada momento e época da vida.

A editora Melhoramentos lançou 'Os Meninos Maluquinhos' e 'As Meninas Maluquinhas', com contos de novos autores. O que acha desse outro olhar para as histórias?
Ziraldo - Os maluquinhos de hoje são diferentes e diversos, mas querem a mesma coisa dos de antigamente -ser felizes. Convidar uma nova geração de autores para interagir com o Menino Maluquinho traz mais contemporaneidade para o personagem. Desse movimento, virão novas leituras do nosso icônico personagem.

​Qual a importância de trazer a diversidade e as diferentes realidades para as histórias infantis?
Ziraldo - Há muitos anos eu disse em entrevista que queria fazer um livro do Menino Maluquinho interativo, em que a criança pudesse brincar, completar o desenho, pintar. Hoje isso é uma realidade que me deixa muito feliz. Não importa o meio, se a história for interessante, as crianças vão amar, ficar presas, conversar sobre ela. Se o escritor conseguir isso, ele acertou.

O senhor acompanhou a infância no Brasil ao longo de algumas décadas. Qual aspecto chamou mais a sua atenção e em qual período?
Ziraldo - O coração das crianças não mudou, elas sofrem e são felizes da mesma maneira. Só o que muda é o entorno. Antigamente elas queriam soltar papagaio e hoje querem voar de asa delta. Em vez de rodar pião, elas jogam no computador.