Chalimar Santiago Cunha costuma dizer que trabalha na “emergência” da limpeza urbana. Para que as equipes possam dar aquele capricho nas ruas, profissionais com ela, do serviço interno, têm que atuar nos bastidores, garantindo o bom funcionamento de máquinas e ferramentas e a organização do material empregado no dia a dia. A função é só mais uma das muitas desempenhadas pelos garis da cidade, que comemoram seu dia nesta segunda-feira (16/5).

– Tem gari na limpeza de rua, rios. Tem até alpinista. Somos agentes de limpeza. No meu caso, faço trabalho interno, de suporte a quem vai para a linha de frente. Trabalho em uma gerência que dá apoio a toda Zona Norte. Se precisa fazer manutenção numa via expressa, por exemplo, o material segue de van e, quando os garis começam a limpar, tudo precisa estar funcionando, não podem faltar equipamentos. É minha função cuidar para que tudo esteja certo – explica Chalimar, de 38 anos.

 

A gari Chalimar Santiago Cunha – Alexandre Macieira | Prefeitura do Rio

 

O trabalho de gari é motivo de orgulho para a profissional, que fala com entusiasmo da sua trajetória. Chalimar nasceu com uma doença congênita e precisou fazer oito cirurgias numa das pernas, que ganhou platina e parafusos. Apesar da deficiência física, passou na prova prática do concurso e assumiu o cargo há 8 anos na Comlurb:

– Eu amo o que faço. Amo limpar, é como se fosse a extensão da minha casa. Essa profissão é uma conquista pra mim, entrar para a Comlurb foi um desafio, falavam que eu não conseguiria por causa da deficiência, mas me superei. Para mim isso tem gosto de vitória. Tenho orgulho da minha profissão, gosto de lembrar que gerações de garis já passaram pela empresa, deixaram ensinamentos. E a cada dia eu aprendo algo novo.

No trabalho, sentimentos de solidariedade e gratidão fazem parte da rotina da gari, que recebe com carinho o agradecimento de cariocas diante da cidade limpa e até de moradores de outros municípios que contam com o apoio da Comlurb, como ocorreu recentemente em Petrópolis, após o temporal que deixou mais de 200 mortos. Ela esteve duas vezes na Região Serrana em fevereiro, na retaguarda da equipe que fez a limpeza da Rua Teresa.

– Aqui no Rio já tinha atuado após enchentes, vi famílias perdendo tudo. Mas lá (em Petrópolis) mexeu  com a gente. Havia carros sobre as casas. Todo mundo ficou emocionado. Nosso ponto de encontro era no Mercado São Sebastião, de lá a gente partia com muitos caminhões, máquinas, pás mecânicas. De longe víamos o comboio subindo a serra. Quando deixamos a cidade, as pessoas bateram palmas em agradecimento.

Um mês após atuar em Petrópolis, foi a própria Chalimar quem precisou contar com a solidariedade dos colegas. A casa dela pegou fogo e 80% do imóvel foram destruídos no incêndio. A gari estava no trabalho, e o marido e os dois filhos também tinham saído quando as chamas começaram, provavelmente no quarto. Roupas, documentos, tudo foi queimado. Mesmo abatida, ela usou as redes sociais para contar o que havia acontecido e ganhou o apoio de centenas de pessoas, que fizeram doações para ela e a família poderem recomeçar.

– Está sendo muito difícil, mas pude sentir a solidariedade. Os colegas colocaram uma caixa na gerência para receber doações e muita gente colaborou, até pessoas com quem eu tinha pouco contato – lembra Chalimar, que é só gratidão. – Trabalho numa empresa que arranca sorriso das pessoas, que ficam bobas quando veem a cidade limpa mesmo após um grande evento como réveillon, carnaval. E fazer parte disso é sem igual.

A Subprefeitura de Jacarepaguá, a Secretaria de Ordem Pública, com apoio da Secretaria de Conservação e Polícia Militar, realizaram nesta quarta-feira, dia 18, mais uma operação de demolição de aproximadamente 20 estruturas erguidas irregularmente, em área pública, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá.

A ação demoliu boxes, quiosques, trailers, lava-jatos e construções de alvenaria feitas sem nenhuma autorização da Prefeitura. A subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo disse que o que é errado não pode permanecer na região.

"É um absurdo o loteamento de área pública. As áreas são alugadas para comércio, para construções de alvenaria, inclusive já derrubamos três banheiros por aqui, e nós seguimos com a operação. Estes banheiros tinham o despejo diretamente no canal, ou seja, ligação clandestina de água, de luz, verdadeiros absurdos! As áreas são alugadas sei lá por quem e as pessoas, muitas de boa-fé, chegam ali e investem seu dinheiro", disse a subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo.

A formação de um sistema de baixa pressão no oceano, em conjunto com instabilidades em médios níveis da atmosfera, deixará o tempo instável na cidade do Rio de Janeiro. A previsão é de pancadas de chuva com intensidade moderada a forte em pontos isolados a partir do fim da manhã deste domingo (15/05), segundo o Alerta Rio, serviço meteorológico da Prefeitura do Rio, com sede no Centro de Operações Rio.

Ainda de acordo com o Alerta Rio, os modelos numéricos de previsão do tempo indicam estimativa média de chuva menor que 15 mm para este período em toda a cidade. Porém, com característica de pancadas, a chuva poderá ultrapassar essa estimativa em alguns pontos.

Nesta segunda-feira (16/05), com a aproximação de uma frente fria, a previsão é de chuva fraca a moderada, em pontos isolados, a qualquer hora do dia. Os ventos estarão moderados, com ocasionais rajadas fortes (entre 52 km/h e 76 km/h). Os modelos numéricos de previsão do tempo indicam estimativa média de chuva menor que 10 mm para este dia em toda a cidade.

– A propagação destas áreas de instabilidades será rápida. Assim, a chuva no domingo será em forma de pancadas moderadas a fortes, mas de curta duração. Os ventos estarão moderados, de forma mais constante ao longo do dia – destaca a meteorologista do Alerta Rio, Juliana Hermsdorff.

O Alerta Rio é o sistema de alerta de chuvas intensas da cidade do Rio. Direto do COR, meteorologistas monitoram as condições do tempo na cidade durante 24 horas por dia, sete dias por semana.

O COR orienta que o cidadão acompanhe as atualizações da previsão, em tempo real, pelo Twitter (twitter.com/OperacoesRio) ou pelo aplicativo COR.Rio, disponível gratuitamente nas versões Android (bit.ly/appcor_android) e iOS (bit.ly/appcor_ios).

RECOMENDAÇÕES EM CASOS DE ALAGAMENTOS:

– Redobre a atenção ao dirigir e mantenha os faróis acessos;

– Permaneça em local seguro e evite áreas com alagamentos;

– Não caminhe pelas águas, pois há perigo de correnteza e de ferimentos com objetos, quedas em buracos sob a água, além de risco de doenças.

– Não fique próximo à beira de córregos e rios;

– Nunca force a passagem de carros em vias alagadas.

RECOMENDAÇÕES EM CASOS DE VENTOS FORTES

O COR reforça, a seguir, as recomendações de segurança elaboradas pela Defesa Civil do Estado (Sedec-RJ) e pelo Corpo de Bombeiros do RJ diante da ocorrência de rajadas de ventos fortes:

EM CASA:

– Feche as janelas, basculantes e portas de armários para evitar canalizações de ventos no interior de casa.

– Persianas, cortinas ou blecautes também devem estar fechados para evitar que estilhaços se espalhem, no caso de alguma janela quebrar;

– Aparelhos elétricos e registro de gás devem estar fechados. Dessa forma, não há agravamento em caso de queda de árvore;

– Evite deixar objetos que possam cair em locais altos;

– Mantenha as árvores do jardim ou do quintal sempre podadas e bem cuidadas;

– Fique atento: se houver falta de luz, cuidado com o uso de velas para evitar incêndios.

NA RUA:

– Não se abrigue debaixo de árvores ou de coberturas metálicas;

– Evite a prática de esportes ao ar livre, especialmente, no mar;

– Evite ficar próximo a precipícios, encostas ou lugares altos sem proteção;

– Evite passar sob cabos elétricos, outdoors, andaimes, escadas;

– Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;

– Não queime lixo, não ateie fogo em terrenos para remover vegetação, não acenda fogueiras ou jogue bitucas de cigarros em estradas ou terrenos com mata;

– Fique atento: caso haja queda de árvore, é possível que a rede de energia tenha sido rompida. Nesta situação, há risco de acidentes causados por raios.

AVISO DE RESSACA

Segue em vigor aviso de ressaca da Marinha do Brasil. Ondas de até 2,5 metros podem atingir a orla até 21h de domingo (15/05).

CONFIRA ABAIXO AS RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA:

• Evitar o banho de mar em áreas que estejam em condições de ressaca;

• Evitar a prática de esportes no mar;

• Não permanecer em mirantes na orla ou em locais próximos ao mar durante o período de ressaca;

• Os frequentadores de praias devem seguir as orientações das equipes do Corpo de Bombeiros;

• Os pescadores devem evitar navegar durante o período de ressaca;

• Evitar trafegar de bicicleta na orla caso as ondas estejam atingindo a ciclovia;

• Não entrar no mar para resgatar vítimas de acidente. Neste caso, acione imediatamente as equipes do Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Por: Marcela Ramos

Um corpo localizado na manhã desta segunda-feira (16) no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense, é do perito papiloscopista Renato Couto, 41, segundo a família do policial, que acompanha o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar na região.

O corpo foi localizado preso em uma das margens do rio e preso à vegetação. Foram três dias de buscas pelo policial civil, que foi agredido, baleado e sequestrado na sexta-feira (13). O crime foi confessado por três militares da Marinha e pelo pai de um deles, segundo a Polícia Civil.

O desentendimento começou após Renato identificar que alguns materiais da sua obra teriam sido furtados e vendidos a um ferro-velho, na região da Praça da Bandeira, na zona norte do Rio.

No local, ele discutiu com o dono do espaço, identificado como Lourival Ferreira Lima. O homem teria acordado com o perito que ele voltasse em outro momento para ser ressarcido.

No entanto, na sexta-feira, por volta de 15h, ele foi surpreendido pelo filho de Lourival, Bruno Santos Lima, e outros dois companheiros dele - Manoel Vitor Silva e Darios Fideles Mota - os três militares da ativa da Marinha.

Ainda segundo a Polícia Civil, o perito foi agredido com um mata-leão e baleado ao menos duas vezes. Ele foi colocado ainda no veículo da Marinha e levado para o Rio Guandu, onde foi arremessado.

CRIME PREMEDITADO

Um amigo da vítima, que pediu para não ser identificado, acredita que o crime tenha sido premeditado. Os quatro foram presos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Ao UOL, o diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, delegado Antenor Lopes, afirmou que os envolvidos confessaram o crime e foram reconhecidos por testemunhas que presenciaram o fato. Segundo ele, os militares ainda lavaram duas vezes o carro - na tentativa de eliminar os resquícios de sangue.

O QUE DIZ A MARINHA

Procurada, a Marinha informou através de nota que "os militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça".

A instituição informou também que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência. O UOL busca a defesa dos acusados. O texto será atualizado em caso de retorno.

POLICIAL DEIXA DUAS FILHAS

Renato Couto, 41, se apresentava nas redes sociais como perito papiloscopista, pós-graduado em Direito Constitucional, Penal e Processual e fundador da "Ticketpet", uma plataforma digital de pesquisa, reserva e pagamento de diárias e serviços em pet hotéis.

O perito era casado e tinha duas filhas de cinco e oito anos. A última foto postada no Instagram era da família. "E Deus me confiou a missão de amá-las", escreveu ele.

A prima do policial, Liriel Heimlich, descreveu o policial como uma pessoa trabalhadora e do bem. "O Renato era um cara muito família, uma referência para todos. Muito estudioso. Desde novo lutou pela carreira que tinha. As filhas são muito agarradas a ele. Era uma pessoa brincalhona.

A parente contou ainda que todos estão inconsoláveis com a morte do policial. "Estão todos desolados com o que aconteceu".

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) participou neste domingo (15/05) do lançamento do Incentivo de Atividade Física (IAF) para Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde. A ação, que visa incentivar a prática de exercícios e a compra de material, permitirá a ampliação do Programa Academia Carioca, presente no município desde 2009.

O objetivo do projeto do Ministério da Saúde é estimular a atividade física, principalmente entre pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, por meio da inserção dessas atividades na rotina dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O prefeito do Rio em exercício, Nilton Caldeira, participou do lançamento neste domingo e ressaltou a importância da atividade física para a saúde da população:

– A saúde preventiva é muito importante para a cidade. O Rio por si só tem essa vocação esportiva, temos um extenso litoral para a prática, uma malha cicloviária grande, as caminhadas, além de várias atividades estimuladas pela Prefeitura. Esse programa vai incentivar a população a fazer o seu esporte, aquela meia hora por dia. Precisamos ter essa consciência e passar isso para os nossos jovens.

Para Rodrigo Prado, secretário municipal de Saúde do Rio, o investimento anunciado chega para fortalecer a prática de promoção da saúde já existente na cidade:

– O Incentivo de Atividade Física para a Atenção Primária é de extrema importância para o combate ao sedentarismo e a promoção da saúde. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro valoriza e estimula a prática do exercício e o trabalho dos profissionais de educação física. Há 13 anos lançamos o Programa Academia Carioca, que  beneficia mais 187 mil usuários.

O Programa Academia Carioca é coordenado pela Assessoria de Atividade Física, integrada à estrutura da Superintendência de Promoção da Saúde na SMS-Rio, e vinculado às unidades de Atenção Primária (centros municipais de saúde e clínicas da família). Atualmente, a iniciativa conta com 106 educadores físicos e tem como objetivo promover a prática de atividade física de forma mais acessível, como estratégia de promoção da saúde, para melhorar os indicadores de saúde e reduzir as desigualdades entre a população.