Os moradores das ilhas da Barra da Tijuca têm cobrado uma ação preventiva do poder público para evitar as festas e raves que acontecem semanalmente nos arredores. A Associação de Moradores relata sobre as festas adentrarem as madrugadas e também afetarem a biodiversidade do local. Recentemente descobertas por moradores do Rio de Janeiro, as 10 ilhas viraram pontos turísticos e com essa movimentação, vieram, também, os problemas.

Thamar de Araujo, presidente da Associação de Moradores da Ilha Primeira, relatou que as festas de luxo contam até com queima de fogos.

Os residentes do local contam que a polícia até vai as festas para reprimir, mas encontra dificuldades de acesso aos locais onde são realizadas. Quando os agentes chegam, os organizadores até diminuem o volume, mas voltam a aumentar na saída deles do ambiente.

Além de enlouquecer os moradores que vivem no local, o barulho também afeta a biodiversidade da área, habitat de animais silvestres como capivaras, e até jacarés do papo amarelo.

Júlio César da Silva, engenheiro ambiental, alerta que, se nada for feito para mudar isso, há o risco de impactar negativamente e de forma definitiva a fauna e a flora da região.

Atualmente, as ilhas contam com cinco casas de festas e 15 restaurantes, que também promovem eventos. Muitos deles só terminam pela manhã, e os ingressos dessas festas chegam a custar até R$ 800.