Por Lucas Costa

 

 

Esta semana, decidi conferir um dos filmes que tem gerado bastante discussão nas redes sociais: "A Noite das Bruxas", uma adaptação do livro da saudosa Agatha Christie. Este é o terceiro filme da série estrelada por Kenneth Branagh no papel do detetive Hercule Poirot. Ele escolheu explorar uma história menos conhecida de Agatha, baseada no livro originalmente publicado em 1969, levando Poirot a Veneza, onde se depara com um caso de assassinato que envolve elementos sobrenaturais.

As obras de Agatha Christie são notáveis exemplos de mistério policial que proporcionam leitura ágil, cativante e intrigante, cumprindo seu propósito de entretenimento sem exigir grande complexidade. Elas já foram adaptadas repetidamente ao longo dos anos para o cinema, televisão e outras mídias, tornando Christie uma das figuras proeminentes desse gênero literário, ao lado de nomes de peso como Arthur Conan Doyle e seu Sherlock Holmes.

"A Noite das Bruxas" se aventura na zona do sobrenatural e questiona a crença de Poirot na existência desses fenômenos. No entanto, como é típico nas histórias de Christie, as explicações finais são estritamente racionais, e o espectador é constantemente desafiado a desvendar os truques por trás de cada ação, bem como identificar o verdadeiro assassino.

Ao contrário de "Assassinato no Expresso do Oriente" (2017) e "Morte no Nilo" (2022), onde Branagh adaptou histórias já populares de Christie e adotou um tom mais aventuresco, "A Noite das Bruxas" se destaca por sua cinematografia charmosa e meticulosa, que homenageia o cinema clássico de terror. Mais uma vez, a trama oferece um vislumbre adicional da evolução pessoal de Poirot, levando-o a confrontar seus próprios medos e a redescobrir seu dom. Além disso, a caracterização visual do Poirot de Branagh continua sendo a mais impressionante, na minha opinião, até hoje.

Simples e seguindo uma fórmula, porém divertido e fiel ao espírito das obras de Agatha Christie, "A Noite das Bruxas" mantém o interesse em ver Kenneth Branagh interpretando Hercule Poirot. Um filme que vale a pena ser assistido, e por que não reassistido?

Nota: 8,5/10