O filme chega aos cinemas nesta quinta-feira (12)
Por Lucas Costa
Na terça-feira, tive a oportunidade de assistir em primeira mão a tão aguardada sequência, "O Exorcista: O Devoto", dirigida por David Gordon Green, conhecido por seus recentes trabalhos em "Halloween". Este filme se propõe a ser uma continuação direta do clássico de William Friedkin, mas o legado parece existir apenas no nome e na participação especial de Ellen Burstyn como Chris MacNeil, mãe da menina Regan, no clássico de 1973.
A trama gira em torno de duas crianças possuídas e suas famílias em um embate de crenças e princípios. O filme aborda temas tradicionais do gênero, como fé, inocência e culpa, mas também tenta explorar noções de comunidade e pluralidade religiosa, sem, no entanto, desenvolver efetivamente nenhuma delas.
O maior problema reside na inclusão gratuita de Ellen Burstyn, cuja personagem não contribui substancialmente para a trama. Sua presença parece superficial e dispensável.
Opinião:
Enquanto vinha para casa, eu pensava em como iria falar sobre este filme, pois ele foi super aguardado por mim, desde o anúncio de que seria feito. Bom, posso dizer que foi uma experiência totalmente decepcionante.
"O Exorcista: O Devoto" foi uma experiência profundamente decepcionante. Se não fosse pelo peso do nome "O Exorcista", poderia ser considerado um filme mediano. No entanto, como parte de uma franquia lendária, é uma grande decepção.
Visualmente, a maquiagem das crianças possuídas é impressionante, mas a decisão de utilizar CGI em determinados momentos quebra a suspensão de descrença do espectador, afastando-o da narrativa.
Apesar de seus esforços, "O Exorcista: O Devoto" não consegue alcançar o mesmo nível de terror profundo que o filme original de William Friedkin conquistou. É uma tentativa que, infelizmente, não atende às expectativas dos fãs e não honra adequadamente o legado de seu predecessor, mas que provavelmente passe batido pelos que não conhecem a obra original.
Nota: 6,5/10