Luca Guadagnino entrega uma dramédia esportiva repleta de paixão e intensa competição

 

 

Por: Lucas Costa

O novo filme de Luca Guadagnino, ‘Rivais’, aborda a natureza complexa dos relacionamentos, sejam eles de amor ou amizade, e os compara a uma partida de tênis cheia de altos e baixos. Conhecido por sua perspectiva idiossincrática e por causar um impacto duradouro nos espectadores, Guadagnino retorna com a aguardada dramédia esportiva romântica ‘Rivais’. Com um elenco estelar, o longa se destaca como uma das produções cinematográficas mais marcantes do ano.

Foto: Divulgação

A narrativa do filme intercala passado e presente, borrando as linhas entre os dois tempos com revelações constantes. Guadagnino nos apresenta um triângulo amoroso formado por Tashi (Zendaya), e os amigos Patrick (Josh O'Connor) e Art (Mike Faist). Tashi, uma prodígio do tênis, chama a atenção com suas habilidades extraordinárias em quadra, conquistando prestígio e encantando Patrick e Art. Ambos os rapazes se apaixonam pela tenista, levando Tashi a lidar com sua personalidade forte em meio às tensões que afastam os amigos e alimentam uma rivalidade que perdura por anos até uma última partida decisiva para o futuro de cada um.

Zendaya brilha como Tashi Duncan, entregando uma performance cativante e multifacetada enquanto interpreta a personagem em diferentes etapas de sua vida, dos 18 aos 30 anos. Ela não é apenas uma jogadora de tênis ou um interesse amoroso, mas também uma força que incentiva Patrick e Art a buscar a vitória a cada jogada.

Além do elenco de destaque, Guadagnino não negligencia os aspectos artísticos e técnicos de ‘Rivais’. Trabalhando em conjunto com a fotografia impecável de Sayombhu Mukdeeprom, o diretor cria um épico esportivo que nos coloca como parte do público, permitindo-nos sentir cada saque, backhand e ace. A experiência é sinestésica, imersiva e emocionante, graças ao uso equilibrado de cores e à atenção à simetria.

Foto: Divulgação

‘Rivais’ não teme mostrar que o esporte pode ser suado, emocionante e eletrizante. Em uma longa partida de tênis de 131 minutos, somos lançados de um lado para o outro da quadra, enquanto testemunhamos a transformação de amigos em rivais e a ligação que os une através da figura de Tashi. Guadagnino constroi um romance complicado em forma de triângulo amoroso que mantém os espectadores na ponta da cadeira até o final. O filme desperta tesão em todos os sentidos, uma verdadeira assinatura do estilo singular de Guadagnino.

Nota: 10/10