Por: Léo Burlá 

Em início de trabalho no Flamengo, o técnico Paulo Sousa tenta usar as partidas do Campeonato Carioca para implementar ideias e compensar a falta de tempo para uma pré-temporada. Não à toa, ele já testou 24 jogadores em quatro jogos.

Desde a sua estreia, na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, o português deixou claro que esse início de caminhada seria marcado pelo equilíbrio de carga entre os atletas e a fixação de conceitos de jogo, e o campeonato tem sido a plataforma para colocar isso em prática.

Na goleada por 5 a 0 sobre o Nova Iguaçu, Fabrício Bruno foi a cara nova da vez. Além dessas duas vitórias citadas, o português esteve à beira do campo no triunfo sobre o Audax-RJ e na derrota para o Fluminense. Antes, Fábio Matias esteve à frente de um time de garotos por duas rodadas.

Ainda em processo de adaptação ao futebol brasileiro, Sousa tenta quebrar o paradigma de que precisa ter um time titular quase fixo e deixa claro que suas ideias dependem da compreensão de todo o grupo. Seja pelo calendário ou pela necessidade de mudar jogos, ele quer todos munidos das mesmas ferramentas.

"Vejo o jogo de uma forma diferente, procuro entender a cultura. A forma que vejo o jogo é que a equipe base é o meu elenco, com todos que estão disponíveis e entendem o conceito Em uma temporada longa, temos de deter todos disponíveis, motivados e com conhecimento", disse Sousa.

"Os processos são esses. Nunca escondi, desde o início, seja no interior da equipe, seja publicamente. A equipe sabe o nosso modelo de jogo, sabe o que pretendemos. Sobretudo queremos ter domínio e criar oportunidades de gols. Nós vamos tendo cada vez mais um bom número de jogadores com mais minutos."

Mesmo após ouvir suas primeiras vaias, contra o Audax, o português não cedeu um milímetro no conceito estabelecido. Ciente de que a maratona de jogos já irá impor uma decisão de título ao Flamengo, ele sabe que o Carioca é a oportunidade para fazer ajustes de olho na Supercopa.

No próximo domingo (20), os rubro-negros irão decidir a taça contra o Atlético-MG. Antes disso, em compromisso a partir das 15h30 desta quarta-feira (16), a equipe fará os ajustes finais diante do Madureira, em Conselheiro Galvão, na abertura da sétima rodada do Estadual.

"O ideal é que tenhamos de cinco a seis semanas de pré-temporada, com seis ou sete jogos para podermos consolidar muitos processos. Aqui, não temos tempo para fazer isso, e é nessa competição que estamos oferecendo a nossos jogadores a oportunidade de ir crescendo", afirmou ele.

Do grupo que trabalha no dia a dia com o comandante, Rodrigo Caio, Bruno Henrique, Diego Alves, Ramon, Matheus França e Matheus Cunha foram os únicos ainda não acionados, mas é fato que todos terão oportunidades. No caso dos três primeiros, as escolhas foram motivadas por questões de ordem física.

"O Diego tem uma semana contínua de treinos, daí a decisão pelo Hugo Souza. Diego terá sua oportunidade, a temporada é longa. É difícil o goleiro poder jogar todos os jogos", afirmou o treinador. O arqueiro veterano, que estava com dores no joelho esquerdo, agora já aparece à disposição.

Estádio: Conselheiro Galvão, Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 15h30 desta quarta-feira (16)
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda

Por: Léo Burlá

Com a ida dos dirigentes do Flamengo à Europa, as cartas pela compra de Andreas Pereira estão na mesa do Manchester United. Um acidente de percurso, no entanto, adiou por uns dias o acerto, que é dado como favas contadas pelo clube rubro-negro.

Após os Red Devils serem eliminados da Copa da Inglaterra na última sexta-feira (4), pelo Middlesbrough, nos pênaltis, a crise chegou com mais força no Old Trafford e desacelerou as conversas pela compra de 75% dos direitos econômicos do jogador, que vai assinar até dezembro de 2026.

O Flamengo aguarda uma resposta dos britânicos, que não têm pressa para definir a questão e voltaram suas atenções para resolver problemas mais urgentes. O tema será definido até sexta (11) -quando Andreas já terá feito mais uma partida pelo clube, desta vez contra o Audax-RJ, às 19h desta quinta (10), pelo Carioca.

As conversas estão em estágio avançado e já há um consenso em relação a valores. Inicialmente, os cariocas ofereceram 8 milhões de euros (R$ 48,4 milhões), mas o montante não agradou os ingleses, que deram um sinal verde ao Flamengo depois de uma oferta de 10,5 milhões (R$ 63,7 milhões).

Para adquirir o camisa 18, os rubro-negros aguardaram o fim da janela de transferências para ter um trunfo a mais na mesa de negociação. Como Andreas não teve ofertas tentadoras, o United viu o interesse dos brasileiros como uma boa possibilidade para faturar.

Pesou ainda na investida o desejo do jogador de permanecer na Gávea. Contratado por empréstimo, o meia soma 25 jogos e 5 gols.

Enquanto o ponto final por Andreas não chega, o vice-presidente Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel mapeiam possibilidades na Europa. A dupla ainda mira ao menos dois reforços e não descarta a vinda de Everton Cebolinha, hoje no Benfica, embora a transação seja considerada difícil.

Ainda nesta semana, o Flamengo já anunciou a contratação do zagueiro Fabrício Bruno, agora ex-Red Bull Bragantino. Ao contrário da novela que envolve Andreas, a negociação para trazer o defensor foi rápida.

Fabrício se viu seduzido pela possibilidade de disputar grandes troféus e também de ter um salário mais polpudo. O Bragantino, por sua vez, se viu de mãos atadas e ponderou a possibilidade de fazer caixa com a venda.

Como o zagueiro tinha contrato até 31 de dezembro com o Bragantino, a direção tentou renovar o vínculo, porém temeu perder de graça Fabrício, já que o atleta poderia assinar um pré-contrato a partir da metade do ano.

Diante do cenário favorável, o Flamengo acenou com o pagamento da multa rescisória e irá parcelar os 2,5 milhões de euros (R$ 15,1 milhões) em algumas prestações. Para ceder Natan ao Bragantino em acerto anterior, o clube rubro-negro embolsou R$ 22,1 milhões.

Apesar de não ter data de estreia confirmada, Fabrício já se colocou à disposição do técnico Paulo Sousa e disse estar em boas condições físicas -ele estava atuando no Paulista pelo Bragantino. Para a zaga, o Flamengo já não conta com David Luiz e Rodrigo Caio atualmente, vetados pelo departamento médico.

Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Horário: 19h (de Brasília) desta quinta-feira (10)
Árbitro: Rafael Martins de Sá

Desde as primeiras braçadas, na infância, no Jequiá Tênis Clube, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, Eduardo Martiniano vem colecionando desafios e conquistas na natação.

Em agosto de 2021, o jovem nadador, de 20 anos, por exemplo, trocou o calor da capital fluminense pelo frio da cidade americana de Emmetsburg, no estado de Iowa.

"A principal diferença, sem dúvida alguma, é a temperatura, já tive que acordar às 4 da manhã para treinar com sensação térmica de -40°C. Meu campus é em uma cidade bem pequena, se for comparar com o Rio, aqui é quase um retiro espiritual. A semelhança é bem simples, em todo lugar pessoas são pessoas, o que muda é o mecanismo de comunicação. Fui muito bem recebido por todos daqui e isso me fez sentir como se estivesse em casa", conta o brasileiro, que cursa Business no Iowa Lakes Community College.

Fã do multicampeão César Cielo, Eduardo colecionou, no Brasil, medalhas de ouro em competições como o Troféu Chico Piscina (campeonato internacional Infantil e Juvenil), Jogos Escolares Brasileiros e Campeonatos Nacionais. Entre os pódios nacionais, Martiniano guarda com carinho a ocasião na qual quebrou o recorde brasileiro dos 100m livre.

Fora das piscinas, o jovem estudante também conquistou a medalha de bronze em uma das principais Olimpíadas de Matemática do Brasil.
Mas como surgiu a vontade de estudar no exterior?

"Sempre tive vontade de usar o esporte como uma ferramenta para alavancar os meus estudos. Sempre tive contato com amigos do esporte que vieram para cá e esse se tornou o meu objetivo. Tudo começou quando eu enviei e-mails para os técnicos de natação das faculdades que me interessavam e assim as oportunidades foram surgindo.

Gratidão ao CEL

Antes de embarcar para os EUA, Eduardo foi aluno do CEL Intercultural School, no Rio de Janeiro, de 2016 a 2018:

"O CEL me ajudou a conciliar o esporte, os estudos e minha vida pessoal durante o Ensino Médio. Eu estava passando por problemas pessoas na época e sempre tive o apoio dos professores e coordenadores das unidades em que estudei (Maria Angélica, no Jardim Botánico, e Barra da Tijuca). Posso dizer, com tranquilidade, que é um dos poucos lugares que conseguiria lidar com a situação tão bem".

Domínio do Inglês

A experiência vivida no colégio carioca tem ajudado na adaptação à nova realidade em solo americano.

"Como eu moro no campus, e o esporte é muito bem difundido na cultura americana, conciliar os estudos e treinos/competições não é um problema. Assim como no CEL, os professores entendem que os atletas muitas vezes precisam se ausentar por conta de competições e normalmente estão mais cansados no dia a dia".

O domínio do Inglês também foi um aliado de Eduardo antes de desembarcar no novo país.

"Eu já tinha uma base forte de Inglês e isso ajudou muito na transição para estudar aqui. Além do mais, muitas das coisas no começo da faculdade que vemos aqui é dada no Ensino Médio no Brasil. Quanto aos treinos, eu tenho um técnico muito bom que sabe trabalhar com as particularidades de cada atleta, então foi uma transição bem fluida".

E qual seu maior sonho como atleta?

"Tenho metas individuais de tempos nas minhas provas principais, mas, mais do que isso, meu sonho como atleta é poder olhar para trás no futuro e ter a certeza de que eu dei o melhor de mim, além de ter feito boas amizades e ter tido ensinamentos valiosos que acompanham o esporte".

Um exemplo para quem pretende seguir o caminho dos estudos e esporte no exterior.

Por: Alexandre Araújo e Léo Burlá 

O TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro) aceitou, na noite desta terça-feira (8), o pedido do Fluminense e abriu inquérito para apurar a denúncia de racismo contra o atacante Gabigol, do Flamengo, no clássico do último domingo.

Após o duelo, o camisa 9 rubro-negro divulgou em uma rede social um vídeo em que aponta ter sido chamado de "macaco" ao deixar o gramado. Em outra publicação, feita posteriormente, questionou a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj): 'até quando isso vai acontecer sem punição?'.

No despacho, Renata Mansur Fernandes Bacelar, presidente do TJD-RJ, pede que seja "oficiado o Estádio Nilton Santos para encaminhar a este Tribunal as imagens do circuito interno de segurança da data do jogo e consequente instauração de inquérito para a apuração de existência ou não de infração disciplinar desportiva, na forma do artigo 81 do CBJD".

"Diante das alegações contidas na peça apresentada a esta presidência, determino a instauração de inquérito, na forma do artigo 81 do CBJD, para apurar os fatos narrados pelo denunciante; diga-se, de louvável iniciativa", escreve Renata, em outro trecho da decisão.

Nesta terça (7), André Valentim, procurador do TJD-RJ, em entrevista ao UOL Esporte, apontou que o material disponível ainda era inconclusivo e que aguardaria novas provas que ajudassem a identificar eventuais envolvidos. O ato racista foi flagrado pela jornalista Isabelle Costa.

"Sem imagem não tem como denunciar. Gritaram "macaco", mas como vou denunciar sem ver de onde veio? Vou esperar para ver se aparece mais alguma informação nova", disse.

Logo após a partida, o Flamengo emitiu uma nota oficial dando apoio ao camisa 9. A Ferj também se manifestou, e afirmou que "lamenta e repudia as ofensas dirigidas ao atleta Gabriel Barbosa, do Flamengo", e lembrou que a "competência para avaliar o caso é do Tribunal de Justiça Desportiva-RJ".

Ainda na noite do clássico, o Fluminense emitiu um comunicado afirmou que "está apurando o episódio". O Tricolor, por outro lado, ressalta que "o próprio autor da divulgação do vídeo diz que teve a impressão, sem certeza, de ter ouvido as supostas ofensas e, neste sentido, o Fluminense informa que está buscando as imagens do estádio a fim de auxiliar na apuração da existência ou não do fato e na identificação de eventual autoria". Por fim, o clube das Laranjeiras reiterou "que considera intolerável qualquer tipo de preconceito".

Um dos clubes mais ativos na última janela de transferência, o Fluminense vê um velho conhecido, e não um recém-contratado, ganhar mais espaço neste início de temporada: o meia-atacante colombiano Jhon Arias.

Remanescente de 2021, ele foi o herói de duas das três vitórias do time tricolor no Campeonato Carioca e cria problema para o técnico Abel Braga montar sua equipe para o clássico com o Botafogo às 20h desta quinta-feira (10), pelo Campeonato Carioca.

Autor dos gols dos triunfos sobre Madureira e Flamengo, o jogador se mostra mais adaptado e indica brigar por vaga no time. Para o setor, o Fluminense acertou, por exemplo, com Nathan, reforço disputado no mercado e que interessava também ao Santos.

Anunciado em agosto do ano passado, ao custo de US$ 600 mil (R$ 3,1 milhões na cotação da época) para o Fluminense, em negociação com o Patriotas, também da Colômbia, Arias oscilou entre chances como titular e jogos em que saiu do banco até então.

Agora neste início de ano, ele, inclusive, já superou a marca de gols de 2020. Na temporada anterior foi apenas um, contra o Juventude, pelo Brasileiro, logo no terceiro jogo pelo clube. Ao todo, são 24 partidas disputadas e três gols marcados por Arias, que tem contrato até 2025.

Após o duelo com o Audax-RJ na quinta anterior (3), pela terceira rodada, Abel já havia feito elogios ao colombiano. "Foi incrível a utilidade dele no jogo passado [contra o Madureira]. Jogando por dentro do campo, acho que tem um rendimento melhor. Fez bem um segundo volante durante um determinado momento."

"É um jogador de muita velocidade, agressividade, tecnicamente bom. Teve aquela jogada que ele fugiu [não conseguiu o chute estando à frente do goleiro], ficou ali provado que sentiu um pouco o ritmo de jogo, estava cansado. É um jogador que está tendo uma utilidade muito grande", completou.

A utilização de Arias tem dependido neste início de ano do esquema adotado por Abel, que faz testes com um 3-5-2 e um 3-4-3. Na estreia, contra o Bangu, jogo para o qual o colombiano sequer foi relacionado, o treinador escalou cinco nomes no meio, tendo, além dos laterais, André, Yago Felipe e Nathan.

Já contra o Madureira, na segunda rodada, foram utilizados três atacantes, com Luiz Henrique de volta à equipe titular. Nathan entrou no intervalo, e Arias, no decorrer da etapa final, quando anotou o gol da vitória do Fluminense. O time ainda tem Paulo Henrique Ganso, ainda não utilizado nesta temporada.

Em oposição ao rival tricolor, o Botafogo se mostrou estagnado no mercado neste início de ano, por aguardar a finalização dos trâmites que criará a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube, mas pôde ao menos ver garotos das categorias de base despontarem na equipe.

Na última segunda (7), por exemplo, o time alvinegro retomou a liderança com dois gols de Matheus Nascimento contra o Nova Iguaçu. Já um dos destaques no triunfo sobre o Madureira, na rodada anterior, foi Raí, titular no meio campo após ter chamado atenção na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

O técnico Enderson Moreira, que chegou a se queixar do atraso no mercado da bola após a estreia no Estadual, passou a adotar outro tom com o decorrer do torneio. Ele diz que o time tem diretrizes alinhadas com empresário John Textor, que terá 90% das ações da SAF do Botafogo, e está atento aos garotos.

"Estamos trabalhando, fazendo o que podemos fazer neste momento da melhor forma possível, bem concentrados em ver esses atletas jovens também. É um papel importante neste momento. No momento certo, tenho certeza que essas contratações serão feitas", disse.

Após a aprovação do contrato-vinculante - documento que demonstra um compromisso do comprador em executar o negócio ali indicado- pelo Conselho Deliberativo e Assembleia Geral, o Botafogo passou a atravessar um período de mudança no futebol.

A partir desta etapa concluída, o planejamento da pasta poderá caminhar de maneira mais concreta, inclusive com a contratação de novos nomes para o elenco alvinegro, que, apesar da falta de reforços até aqui, lidera o Carioca, com dez pontos, um a mais que o Fluminense.

Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 20h (de Brasília) desta quinta-feira (10)
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda

Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) rompeu o contrato de transmissão dos jogos de seu campeonato estadual com os Estúdios Flow, responsável pelo Flow Podcast, depois que o apresentador Monark fez um comentário no qual defendia a existência de um partido nazista no Brasil.

As transmissões da edição deste ano do estadual carioca eram realizadas pelo Flow Sport Club, braço esportivo dos Estúdios Flow.

"A Ferj, defensora da igualdade, do respeito e contrária a qualquer tipo de preconceito, anuncia o rompimento do contrato com o Estúdios Flow, responsável pelo podcast Flow Sport Club que transmitia jogos do Campeonato Carioca de 2022, por apologia ao nazismo, regime cujos crimes contra a humanidade até os dias de hoje causam horror a qualquer um que preze pela vida", escreveu a entidade em nota publicada nesta terça-feira (8).

O comentário do apresentador foi feito na segunda (7), em entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião ", disse Monark. "Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei."

Tabata Amaral rebateu o podcaster. A rejeição ao comentário de Monark, porém, não se limitou apenas à fala da deputada no programa.

Junior Coimbra, filho de Zico, informou que seu pai cancelou a ida ao Flow Sport Club. O ídolo flamenguista tinha uma participação no podcast marcada para esta terça.

"Meu pai iria sim participar hoje à tarde do Flow Sports Club, mas ele cancelou assim que assistiu ao vídeo. Não precisou muito...", publicou Junior no Twitter.

Comentarista da ESPN e especialista em esportes americanos, Antony Curti participaria do podcast na sexta-feira (11), mas também cancelou sua entrevista.

"Ante o que aconteceu ontem (segunda), não irei ao Flow Sport Club na sexta-feira. Espero que entendam. Obrigado", postou o jornalista.

O apresentador Benjamin Back, do SBT, comentou em suas redes sociais que gostaria de ter o episódio no qual participou do Flow Sport Club retirado do ar. Back, que é judeu, teve o pedido atendido.

"Se eu soubesse que vocês apoiam o nazismo, jamais teria participado desse podcast! Inclusive, gostaria que o meu episódio fosse retirado do ar, pois não compactuo com esse tipo de pensamento. Triste de saber que vocês pensam assim, tolerar e apoiar o nazismo é inadmissível", disse o apresentador.

No Brasil, o crime de apologia do nazismo é normalmente enquadrado no artigo 20 da lei 7.716 de 1989, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para quem fabrica, comercializa, distribui ou veicula símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica para divulgar o nazismo.