Por Cláudio Magnavita

Rubem e Roberto homenageiam o pai Abraham, que foi o grande produtor cultural e artistico dos anos 50 e 60



Rock In Rio 2017 é um marco. Assinala o retorno do alto astral carioca. É uma edição nossa do “Sim, nos podemos”. E no centro desta virada está um homem, uma voz que teve o poder de contagiar e fazer do seu sonho um sonho de todos nós. O agente desta mudança tem nome e DNA carioca: Roberto Medina. Ele não teve medo de se expor e, numa corajosa carta aberta ao chefe da nação, apontou soluções. Com o Rio no fundo do poço, num momento de baixo astral contagiante, ele reverteu o jogo. Não foi fácil. Teve de bater na mesa, falar grosso, peitar poderosos e até milicos. Não teve medo. Defendia não uma agenda sua, mas uma pauta de todos nós.  A saída do Rio da crise estava no alto astral, principalmente com sua capacidade de fazer festa e grandes eventos, gerando empregos e renda, algo que tantos precisam.

A capacidade dos Medinas de se multiplicar de forma competente é um fato. O patriarca Abraham transmitiu seu amor ao Rio. Foi o primeiro vendedor e realizador de sonhos da família.  Em 16 de dezembro de 2016 ele teria completado 100 anos, ou seja, este Rock in Rio histórico ocorre dentro do centenário do patriarca. Melhor presente não poderia receber. Ver os filhos e netos mudando a imagem da cidade e o Roberto pilotando o movimento da recuperação, como a voz da mudança.

Roberto tem três filhos. Rodolfo, que preside a Artplan, e Roberta, que comanda o Rock In Rio. São dois executivos que retiram da carga do pai os problemas do dia a dia, e o deixou livre para pensar naquilo que ama: o Rio e a construção de um mundo melhor para Raíssa, a caçula de 12 anos, que nos momentos de desânimos consegue motivá-lo com uma simples frase: “Pai, você consegue transformar seus sonhos em realidade”.

Mais uma integrante da família Medina que nasceu com o dom de contagiar.
Precisamos olhar os resultados concretos: o Rock In Rio de 2017 é um agente de mudança. É o primeiro grande evento pós Olímpico e pós Copa que é 100 % nosso. Não temos Comitê Olímpico Internacional e nem a Fifa para ditar regras. É um sucesso comercial e de público em plena crise. Grande parte das pessoas – cerca de 70% - veio de outros estados e países. Lotou hotéis, voos e serviços turísticos. Trouxe renda e emprego para a cidade. De forma direta, são 20 mil pessoas trabalhando neste evento, que custa 240 milhões de reais e que deixa um valor igual em receita para os cofres da Prefeitura, do Estado e da União.
  
É um festival de um grupo 100% carioca, realizando-o no seu berço, a Barra, com uma marca que levou o Rio a Europa, com as edições de Portugal e Madri, e agora Los Angeles. O principal foi mostrar um uso espetacular para um equipamento público que estava degradado, abrindo um calendário de janeiro a janeiro capaz de reverter à má fase da economia carioca.

Roberto tem sido a voz da mudança. O Rei da Voz, nome que batizava a rede de lojas da família, agora, no centenário do Abraham, ganhou um novo sentido, além de homenagear o cantor Francisco Alves. Roberto passou a ser o rei da voz da lucidez.  A voz que leva o Rio a se unir e acreditar que podemos ter um futuro melhor já a partir de hoje.

O Rock in Rio e a Barra

Sabem por que a Barra se tornou Olímpica? Alguém consegue lembrar o primeiro grande evento que escolheu uma Barra ainda distante para ser palco de um evento de música há 32 anos? O Rock in Rio nascia em 1985 na Cidade do Rock, um espaço próximo ao Riocentro, que seria por 10 anos a sede das novas edições do festival. Foi a miopia do ex-governador Leonel Brizola que atrasou a chance da cidade ganhar um vetor de crescimento para uma região abandonada. Ele simplesmente mandou  demolir toda a estrutura construída no terreno, a titulo de retomar a posse da área pública. Foi o Rock in Rio, porém, que trouxe o carimbo para a Barra de poder sediar mega eventos, uma imagem que consolidou e levou a nossa região a ser vista depois como palco prioritário para as Olimpíadas.

Se no gênesis do Rock In Rio estava perpetuar uma área para o festival e que sirva para outros eventos intercalados no calendário, por que não garantir a sobrevida ao Parque Olímpico, transformando-o em Parque do Rio ou o Parque Rock In Rio, capaz de atrair grandes eventos de forma permanente? Imaginem a economia que teríamos se parte da estrutura temporária montada agora fosse permanente? É a solução para o parque hoteleiro da região, construído para atender a demanda da Rio 2016, e evitaria que o equipamento olímpico entrasse em novo processo de degradação.

O importante é acreditar no Rio. Precisamos ser bairristas, da mesma forma que os baianos e gaúchos, e agora os paulistanos são. Está na mão dos cariocas a nossa mudança. A promessa de um calendário de janeiro a janeiro é lúcida e funciona. 
Aqui na Barra, além de bairristas, precisamos ser BARRISTAS. Ter o Parque Olímpico vivo, como palco de um calendário permanente de eventos para ativar a economia da região, promovendo valorização imobiliária e consolidando a nossa região como destino turístico.

Temos que ser BARRISTA e as nossas entidades que representam a sociedade civil organizada precisam se mobilizar para não perdemos chance. Em 1985, quando Leonel Brizola "tratorou" o futuro, ninguém reclamou. A Barra esta sendo o palco desta mudança. O mago deste processo é a família Medina, que totalmente Barrista. Moram aqui, investem aqui e tem a sede das empresas da família - Artplan e do Rock in Rio - aqui. O Rock in Rio não é um evento na Barra. É um evento da Barra, e que hoje tem dimensões planetárias.

#rockinrio #robertomedina #rubemmedina #artplan #jornaldabarra #barradatijuca #robertamedina #rodolfomedina #approuch #abrahammedina #oglobo #GloboNoRock