Normas entram em vigor entre 26 de março e 4 de abril

Ontem (22), em coletiva, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Niterói, Axel Grael, anunciaram novas medidas para conter a disseminação do novo coronavírus nas duas cidades e que vão vigorar no período de 26 de março a 4 de abril.

As propostas são muito semelhantes às do governador Cláudio Castro, mas divergem em alguns pontos, como revela Axel Grael.

“Houve a iniciativa do governador de apresentar um decreto e nós vamos apresentar um conjunto de medidas que estarão nos dois decretos. Os decretos não são idênticos, mas trazem uma sinergia, uma combinação de ações que vão manter o equilíbrio e uma estratégia de combate a Covid. Estamos vivendo talvez o momento mais crítico desta pandemia. As coisas estão acontecendo muito rápido. Hoje, já estamos em uma situação muito diferente da última quinta-feira”, disse o prefeito de Niterói.

As divergências estão no fechamento de bares, restaurantes, escolas e creches, estabelecimentos que Castro deseja manter em funcionamento. Além disso, pelo decreto, ficam fechadas boates, danceterias, museus, galerias, bibliotecas, salões de cabeleireiro, clubes, quiosques, parques de diversão cirurgias e procedimentos eletivos em unidades da rede pública, eventos esportivos (incluindo jogos de futebol), permanência nas praias (atividades físicas individuais seguem permitidas), estabelecimento de ensino de esportes, música, arte, cultura, cursos de idiomas, cursos livres, preparatórios e profissionalizantes (presenciais) e centro de treinamento e formação de condutores.

Podem funcionar, com restrições: bancas de jornal (sendo proibida a venda de bebida alcoólica), supermercados, farmácias, comércio atacadista, pet shops, lojas de material de construção, locação de carros, serviços funerários, bancos, serviços médicos, oficinas mecânicas e loja de autopeças, igrejas, postos de combustíveis, feiras livres, serviços de telecomunicações, teleatendimento e call center. A rede hoteleira pode abrir, com serviço de alimentação restrito a clientes.

“Nenhum de nós toma essas as decisões hoje feliz, alegre ou por prazer. Todos nós buscamos ao longo dos tempos, especialmente nas últimas semanas, a atenção para a necessidade de coesão metropolitana nessas decisões”, disse Eduardo Paes.