Líder isolado do Campeonato Carioca, o Fluminense já atingiu algumas marcas que podem ser consideradas notáveis neste início de temporada: seis vitórias consecutivas, 85% de aproveitamento e melhor defesa da competição.

Ainda assim, o cenário, que poderia parecer o mais otimista possível antes da viagem à Colômbia no domingo (20) para enfrentar o Millonarios pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Libertadores, não inspira plena confiança nos torcedores.

Com 18 pontos somados em sete partidas, o time tricolor igualou as campanhas de 2017 e 2020, anos em que teve os melhores inícios no Estadual desde o título de 2012. Além disso, com o 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu na quarta-feira (16), alcançou a maior série de vitórias consecutivas em uma temporada desde 2018.

De todo modo, a equipe ainda busca fazer com que os bons números caminhem lado a lado com atuações mais consistentes. O último teste para alcançar isso antes da ida à Colômbia será às 19h deste sábado (19), diante do Volta Redonda, pelo Carioca.

Em 2018, também sob o comando do técnico Abel Braga, foram quatro triunfos no Carioca e dois na Copa do Brasil, enquanto, atualmente, todos foram pelo torneio do Rio de Janeiro -após a derrota para o Bangu, na estreia, derrotou Madureira, Audax Rio, Flamengo, Botafogo, Portuguesa-RJ e Nova Iguaçu.

Um dos clubes mais ativos na janela de transferência, o Fluminense, porém, ainda tenta o melhor encaixe para deslanchar. Das seis vitórias, cinco foram por 1 a 0 -a única fora deste escopo foi o 2 a 1, de virada, sobre o Botafogo-, e com desempenhos que não encheram os olhos da torcida.

O treinador, inclusive, se mostra incomodado com as chances que a equipe vem desperdiçando ao longo das partidas, apontando tal aspecto como algo a ser aprimorado. "Esse tipo de oportunidade na frente do goleiro aparece uma ou duas vezes, quando aparece. Temos de ter mais tranquilidade para matar o jogo."

Mesmo identificado com o clube das Laranjeiras, Abel não é unanimidade entre a torcida e, mesmo que após apenas alguns jogos, já vem sendo alvo de críticas. Houve partidas em que, mesmo com a vitória, ouviu vaias das arquibancadas -o próprio jogo contra o Nova Iguaçu pode ser citado como exemplo.

"Entendo a impaciência do torcedor, que quer ver três ou quatro gols, mas valeu a perseverança. Infelizmente não conseguimos fazer mais gols, mas o objetivo era a vitória", afirmou Willian Bigode após o compromisso mais recente.

Entre os quatro grandes do Carioca, o Fluminense foi o que menos balançou as redes, com sete gols. Em contrapartida, a equipe tem mostrado consistência defensiva, com apenas dois gols sofridos em sete jogos -a melhor do Estadual neste quesito.

No entanto, Abel precisará lidar com desfalques justamente na zaga nos próximos jogos. Nino sofreu uma pubalgia minutos antes do confronto com o Nova Iguaçu. O substituto imediato dele, David Duarte, se lesionou com 11 minutos em campo.

O treinador ainda já não havia escalado David Braz para a partida, de forma a preservá-lo para os próximos compromissos. A expectativa é que ele esteja à disposição apenas contra o Millonarios. Diante do Volta Redonda, o time terá Felipe Melo, Luccas Claro e Manoel.

Estádio: Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 19h (de Brasília) deste sábado (19)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães

Jogador que sempre cria muitas expectativas nos torcedores, Paulo Henrique Ganso atuou pela primeira vez em 2022 na vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre a Portuguesa-RJ no último domingo (13), pelo Campeonato Carioca.

O meia vinha sendo pedido pelos tricolores nos jogos e chegou até a ser pivô de vaias para o técnico Abel Braga, quando não foi utilizado contra o Audax-RJ.

Ganso não atuava desde agosto do ano passado, quando entrou em campo contra o Barcelona-EQU, no jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores, e acabou fraturando o braço após a tentativa de uma bicicleta.

Em sua volta aos gramados, o meia teve pouco tempo para mostrar seu futebol. Ele entrou aos 43 minutos do segundo tempo no lugar do argentino Germán Cano, autor do gol da vitória. Apesar da pequena participação, arrancou aplausos dos torcedores e ganhou elogios de Abel.

"Ganso jogou cinco minutos como falso atacante, tocou na bola cinco vezes e acertou as cinco", elogiou o treinador, complementando sobre a disputa por posições na equipe: "Satisfeito, isso que é bom, estão colocando pulga na minha orelha. Quanto mais dúvida tiver, melhor".

Na segunda rodada, diante do Madureira, Paulo Henrique Ganso sequer foi relacionado para a partida.

Na ocasião, o treinador precisou se explicar sobre tal escolha. "Eu revezei, tenho que revezar, não posso perder ninguém. Vocês não acompanham o treino, mas o Arias fez um treino fantástico junto com o Cano. Eu fui somente justo. Vão ter que brigar pela posição. Cada jogo é uma história, vamos continuar trabalhando e confiando em todo mundo", disse.

Anunciado em janeiro de 2019, Paulo Henrique Ganso tem contrato com o Fluminense até o fim de 2023. O meia revelado pelo Santos ainda não conseguiu ter uma grande sequência no time tricolor.

Ele pode ganhar mais chances nos próximos dois jogos, ambos pelo Carioca, que antecipam a estreia na pré-Libertadores, contra o Millonarios (COL), tida como prioridade do clube neste início de temporada. O primeira deles será contra o Nova Iguaçu, a partir das 21h35 desta quarta-feira (16).

Já no sábado (19), a três dias da partida na Colômbia, o Fluminense enfrentará o Volta Redonda. A equipe tricolor lidera o Estadual, com 15 pontos.

Estádio: Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 21h35 (de Brasília) desta quarta-feira (16)
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha

Por: Demétrio Vecchioli 

Com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, gestão Eduardo Paes (PSD), e do governo estadual, sob comando de Cláudio Castro (PL), a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) anunciou na terça-feira (15) que fará três eventos no estádio Nilton Santos entre maio e junho.

As datas anunciadas, porém, batem com partidas do Campeonato Brasileiro que o Botafogo terá como mandante no estádio, que receberá jogo entre o time alvinegro o Resende às 18h desta quinta-feira (17), pela sétima rodada do Carioca. As partes conversam para não haver conflitos.

No recente anúncio da CBAt, foi divulgado que o primeiro torneio de atletismo no Engenhão, quase seis anos depois da Rio-2016, será o GP Brasil, meeting de um dia com atletas brasileiros e estrangeiros, no feriado de 1º de maio, um domingo. A tabela do Brasileiro, divulgada pela CBF, prevê confronto entre Botafogo e Juventude, pela quarta rodada, em 30 de abril, 1 ou 2 de maio.

Depois, o estádio olímpico receberá o Campeonato Pan-Americano Sub-20, organizado pela APA (Associação Pan-Americana de Atletismo), entre 3 e 5 de junho, de sexta a domingo. Neste fim de semana, entre sábado e segunda, o Botafogo enfrentará o Goiás, em casa, pela nona rodada.

Finalmente, o Troféu Brasil, campeonato brasileiro de atletismo, está marcado para acontecer no Nilton Santos entre 23 e 26 de junho, de sexta a domingo, no fim de semana previsto para alocar clássico entre Botafogo e Fluminense.

O antigo Engenhão, depois nomeado Nilton Santos, foi inicialmente construído como estádio olímpico, para receber tanto eventos de futebol quanto de atletismo, como outras estruturas semelhantes mundo à fora.

Concedido ao Botafogo, recebeu o Troféu Brasil em 2009, o GP Brasil em 2010, 2011 e 2012, e depois nunca mais foi palco de eventos nacionais da modalidade. Foi reformado para receber as competições de atletismo da Rio-2016, quando reutilizou o nome do Estádio Olímpico, e novamente foi descartado.

No entanto, no contrato de concessão, aditivado ano passado para valer até 2051, o Botafogo concordou em ceder o estádio à prefeitura para eventos de atletismo. Acionando essa cláusula, a prefeitura garantiu à CBAt e ao governo do Rio, patrocinador via Lei de Incentivo ao Esporte do Rio, que o estádio poderia receber as competições citadas.

Agora, as partes conversam para que o uso do estádio pelo atletismo não prejudique o Botafogo. "O clube está finalizando o seu protocolo de uso e cessão do equipamento, que regulará todas as atividades de terceiros no local, e vai alinhar as datas para que não haja impacto nas operações e no calendário de jogos", comentou o clube, que afirmou ter interesse em sediar eventos de atletismo no estádio.

A CBAt ressaltou que a negociação de datas passa necessariamente por Botafogo e prefeitura. "A CBAt já fez visita técnica no Nilton Santos e oficiou ao Botafogo. Podem acontecer alterações no mando de jogos, flexibilização nas datas. Não vemos atrito com torcida porque dá para compor de forma que ninguém seja prejudicado", afirmou a entidade.

A confederação diz ainda que está avaliando pequenas flexibilizações, como antecipar o GP em um dia. Também é uma possibilidade que o Troféu Brasil comece um dia antes, em uma quarta-feira, para terminar no sábado, liberando o estádio para o Botafogo jogar no domingo, se necessário.

O atletismo tem sentido falta de um palco nos últimos anos no Brasil. Até 2014, o país tinha dois estádios importantes para a modalidade: o Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo, onde o norte-americano Carl Lewis e o ucraniano Sergei Bubka chegaram a disputar o GP Brasil, e o Célio de Barros, no Maracanã, onde Michael Johnson correu.

Contudo, o Ibirapuera foi abandonado depois que a grua utilizada na filmagem de um comercial afundou parte da pista recém-reformada, e o Célio de Castro acabou destruído na reforma do Maracanã.

Na primeira década deste século, o Mangueirão, em Belém, então recém-reformado, chegou a sediar várias vezes o GP Brasil, com públicos que superavam 40 mil pessoas, mas ele foi deixado de lado depois que o governo do Pará deixou de financiar a competição.

Sobraram então estádios bem menores e/ou de difícil acesso, como é o caso da Arena Caixa, em um bairro de São Bernardo do Campo (SP), o CNDA (Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo), em Bragança Paulista (SP), no interior de São Paulo, e o acanhado Centro Olímpico, no bairro do Ibirapuera, na capital paulista. Nenhum evento realizado nessas estruturas recebeu público relevante.

Com o reencontro com o Engenhão, o Brasil pode pleitear voltar a ter uma etapa importante do circuito internacional. Se em um passado recente o país tinha uma etapa de segundo nível -só abaixo da Diamond League- e chegou a ter quatro meetings em um período de dez dias, sequência que atraía bons atletas estrangeiros, agora o calendário prevê um único GP, e de terceiro nível.

Grandes cidades mundo à fora têm eventos de atletismo como atrativo turístico. Roma organiza todo ano o Golden Gala, no Estádio Olímpico. Paris faz o Meeting de Paris, no Charléty, casa do Paris FC. Londres tem o Aniversary Games, no Estádio Olímpico, festejando todo ano a lembrança da Olimpíada de 2012. Doha, Oslo, Lausanne, Bruxelas, Zurique, Xangai e Estocolmo são outras que também recebem eventos de grande porte, todos válidos para a Diamond League.

Estádio: Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 18h (de Brasília) desta quinta-feira (17)
Árbitro: Rafael Martins de Sá

Por: Léo Burlá 

Em início de trabalho no Flamengo, o técnico Paulo Sousa tenta usar as partidas do Campeonato Carioca para implementar ideias e compensar a falta de tempo para uma pré-temporada. Não à toa, ele já testou 24 jogadores em quatro jogos.

Desde a sua estreia, na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, o português deixou claro que esse início de caminhada seria marcado pelo equilíbrio de carga entre os atletas e a fixação de conceitos de jogo, e o campeonato tem sido a plataforma para colocar isso em prática.

Na goleada por 5 a 0 sobre o Nova Iguaçu, Fabrício Bruno foi a cara nova da vez. Além dessas duas vitórias citadas, o português esteve à beira do campo no triunfo sobre o Audax-RJ e na derrota para o Fluminense. Antes, Fábio Matias esteve à frente de um time de garotos por duas rodadas.

Ainda em processo de adaptação ao futebol brasileiro, Sousa tenta quebrar o paradigma de que precisa ter um time titular quase fixo e deixa claro que suas ideias dependem da compreensão de todo o grupo. Seja pelo calendário ou pela necessidade de mudar jogos, ele quer todos munidos das mesmas ferramentas.

"Vejo o jogo de uma forma diferente, procuro entender a cultura. A forma que vejo o jogo é que a equipe base é o meu elenco, com todos que estão disponíveis e entendem o conceito Em uma temporada longa, temos de deter todos disponíveis, motivados e com conhecimento", disse Sousa.

"Os processos são esses. Nunca escondi, desde o início, seja no interior da equipe, seja publicamente. A equipe sabe o nosso modelo de jogo, sabe o que pretendemos. Sobretudo queremos ter domínio e criar oportunidades de gols. Nós vamos tendo cada vez mais um bom número de jogadores com mais minutos."

Mesmo após ouvir suas primeiras vaias, contra o Audax, o português não cedeu um milímetro no conceito estabelecido. Ciente de que a maratona de jogos já irá impor uma decisão de título ao Flamengo, ele sabe que o Carioca é a oportunidade para fazer ajustes de olho na Supercopa.

No próximo domingo (20), os rubro-negros irão decidir a taça contra o Atlético-MG. Antes disso, em compromisso a partir das 15h30 desta quarta-feira (16), a equipe fará os ajustes finais diante do Madureira, em Conselheiro Galvão, na abertura da sétima rodada do Estadual.

"O ideal é que tenhamos de cinco a seis semanas de pré-temporada, com seis ou sete jogos para podermos consolidar muitos processos. Aqui, não temos tempo para fazer isso, e é nessa competição que estamos oferecendo a nossos jogadores a oportunidade de ir crescendo", afirmou ele.

Do grupo que trabalha no dia a dia com o comandante, Rodrigo Caio, Bruno Henrique, Diego Alves, Ramon, Matheus França e Matheus Cunha foram os únicos ainda não acionados, mas é fato que todos terão oportunidades. No caso dos três primeiros, as escolhas foram motivadas por questões de ordem física.

"O Diego tem uma semana contínua de treinos, daí a decisão pelo Hugo Souza. Diego terá sua oportunidade, a temporada é longa. É difícil o goleiro poder jogar todos os jogos", afirmou o treinador. O arqueiro veterano, que estava com dores no joelho esquerdo, agora já aparece à disposição.

Estádio: Conselheiro Galvão, Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 15h30 desta quarta-feira (16)
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda

Por: Bruno Braz

O Vasco apresentou na terça-feira (15), antevéspera de confronto com o Bangu, a partir das 20h30 desta quinta (17), pela sétima rodada do Campeonato Carioca, seu 13º reforço para a temporada.

Trata-se de Zé Gabriel, ex-Internacional, que apesar de ter atuado também como zagueiro no time colorado, deixou claro que chega ao novo clube para ser volante, sua posição original. Com isso, a disputa no setor se torna ainda mais acirrada.

No início do Carioca, Yuri Lara, que chegou com o status de maior desarmador da última Série B, tomou conta da vaga de primeiro volante atuando ao lado do jovem Juninho. No entanto, o atleta ex-CSA se lesionou e, ainda fora, viu o também recém-contratado Matheus Barbosa, vindo do Atlético-GO, ocupar o setor.

Ainda entre os volantes, Juninho, promessa das divisões de base do Vasco, tem se esforçado para deixar os problemas disciplinares de 2021 para trás e vem sendo um dos destaques do time até aqui. Em tese, até por chegar depois, Zé Gabriel larga atrás do trio em sua caminhada no clube.

"A disputa será sadia como tem que ser, todos trabalhando sério diariamente. Tem o Yuri, o Matheus, o Juninho, que fez essa função no ano passado. Dor de cabeça a gente deixa para o Zé (Ricardo, treinador). Tenho que estar pronto para dar o melhor se for escolhido", disse Zé Gabriel.

O reforço ponderou, ainda, que está disposto a atuar em mais de uma função no meio campo. "Tenho as valências de ter um apoio ofensivo dependendo das circunstâncias do jogo, acho que posso ser um segundo volante se o Zé precisar", emendou.

Zé Gabriel já teve seu nome publicado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF, mas ainda não poderá estrear contra o Bangu, já que o regulamento do Estadual prevê liberação para atuar apenas de jogadores inscritos até 48 horas antes do início da rodada.

O Vasco também seguirá sem Yuri Lara, vascaíno de infância que fez dois jogos que animaram o torcedor cruzmaltino, mas ainda durante duelo contra o Boavista, pela segunda rodada do Carioca, acabou sofrendo uma entorse no tornozelo.

Segundo o diretor médico do Vasco, Gustavo Caldeira, existe uma expectativa de que ele retorne para o compromisso na primeira fase da Copa do Brasil, contra a Ferroviária (SP), no dia 2 de março. "Seria um ganho, porque é um tempo curto para lesão dele", disse o médico.

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 20h30 (de Brasília) desta quinta-feira (17)
Árbitro: Tarcizo Pinheiro Caetano

Desde as primeiras braçadas, na infância, no Jequiá Tênis Clube, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, Eduardo Martiniano vem colecionando desafios e conquistas na natação.

Em agosto de 2021, o jovem nadador, de 20 anos, por exemplo, trocou o calor da capital fluminense pelo frio da cidade americana de Emmetsburg, no estado de Iowa.

"A principal diferença, sem dúvida alguma, é a temperatura, já tive que acordar às 4 da manhã para treinar com sensação térmica de -40°C. Meu campus é em uma cidade bem pequena, se for comparar com o Rio, aqui é quase um retiro espiritual. A semelhança é bem simples, em todo lugar pessoas são pessoas, o que muda é o mecanismo de comunicação. Fui muito bem recebido por todos daqui e isso me fez sentir como se estivesse em casa", conta o brasileiro, que cursa Business no Iowa Lakes Community College.

Fã do multicampeão César Cielo, Eduardo colecionou, no Brasil, medalhas de ouro em competições como o Troféu Chico Piscina (campeonato internacional Infantil e Juvenil), Jogos Escolares Brasileiros e Campeonatos Nacionais. Entre os pódios nacionais, Martiniano guarda com carinho a ocasião na qual quebrou o recorde brasileiro dos 100m livre.

Fora das piscinas, o jovem estudante também conquistou a medalha de bronze em uma das principais Olimpíadas de Matemática do Brasil.
Mas como surgiu a vontade de estudar no exterior?

"Sempre tive vontade de usar o esporte como uma ferramenta para alavancar os meus estudos. Sempre tive contato com amigos do esporte que vieram para cá e esse se tornou o meu objetivo. Tudo começou quando eu enviei e-mails para os técnicos de natação das faculdades que me interessavam e assim as oportunidades foram surgindo.

Gratidão ao CEL

Antes de embarcar para os EUA, Eduardo foi aluno do CEL Intercultural School, no Rio de Janeiro, de 2016 a 2018:

"O CEL me ajudou a conciliar o esporte, os estudos e minha vida pessoal durante o Ensino Médio. Eu estava passando por problemas pessoas na época e sempre tive o apoio dos professores e coordenadores das unidades em que estudei (Maria Angélica, no Jardim Botánico, e Barra da Tijuca). Posso dizer, com tranquilidade, que é um dos poucos lugares que conseguiria lidar com a situação tão bem".

Domínio do Inglês

A experiência vivida no colégio carioca tem ajudado na adaptação à nova realidade em solo americano.

"Como eu moro no campus, e o esporte é muito bem difundido na cultura americana, conciliar os estudos e treinos/competições não é um problema. Assim como no CEL, os professores entendem que os atletas muitas vezes precisam se ausentar por conta de competições e normalmente estão mais cansados no dia a dia".

O domínio do Inglês também foi um aliado de Eduardo antes de desembarcar no novo país.

"Eu já tinha uma base forte de Inglês e isso ajudou muito na transição para estudar aqui. Além do mais, muitas das coisas no começo da faculdade que vemos aqui é dada no Ensino Médio no Brasil. Quanto aos treinos, eu tenho um técnico muito bom que sabe trabalhar com as particularidades de cada atleta, então foi uma transição bem fluida".

E qual seu maior sonho como atleta?

"Tenho metas individuais de tempos nas minhas provas principais, mas, mais do que isso, meu sonho como atleta é poder olhar para trás no futuro e ter a certeza de que eu dei o melhor de mim, além de ter feito boas amizades e ter tido ensinamentos valiosos que acompanham o esporte".

Um exemplo para quem pretende seguir o caminho dos estudos e esporte no exterior.