Por: Raquel Lopes

A campanha de vacinação contra a gripe terá início no Brasil no dia 4 de abril. Segundo o Ministério da Saúde, serão distribuídas 80 milhões de doses da vacina influenza para todo o país.

A campanha acontecerá em duas etapas. A primeira, que ocorre de 4 de abril a 2 de maio, irá contemplar idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores de saúde. Outros grupos receberão a vacina na segunda etapa, que ocorrerá de 3 de maio a 3 de junho.

O dia D de mobilização nacional está previsto para o dia 30 de abril. A previsão é que a campanha termine no dia 3 de junho.

Segundo a pasta, a vacinação contra a influenza pretende prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença e óbitos, além de minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários, que podem ser confundidos com os da Covid-19. Também tem o objetivo de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

A vacina Influenza trivalente utilizada pelo SUS é produzida pelo Instituto Butantan. Ela é composta pelos vírus H1N1, a cepa B e o H3N2, do subtipo Darwin. Esse subtipo foi o responsável pela epidemia de gripe fora de época que atingiu São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados no fim de 2021 e início de 2022.

O Instituto Butantan disse, em nota, que já entregou 2 milhões de doses para o Ministério da Saúde em fevereiro deste ano. A previsão é que entregue 40 milhões no fim de março e os outros 40 até final de abril.

As vacinas contra a Covid-19 poderão ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, na população a partir de 12 anos.

No entanto, as crianças de 5 a 11 anos deverão aguardar um período de 15 dias entre a vacina Covid e influenza. A prioridade é que esse público receba primeiro a vacina contra o novo coronavírus.

A meta é vacinar 90% da população de cada grupo. No total, pasta prevê que cerca de 76,5 milhões de pessoas façam parte dos grupos considerados prioritários.

ETAPAS DA CAMPANHA

1ª etapa: 36, 09 milhões de pessoas contempladas
Data: 04/04 a 02/05
Público:
Idosos com 60 anos ou mais
Trabalhadores da saúde

2ª Etapa: 40,42 milhões de pessoas contempladas
Data: 03/05 a 03/06
Público:
Crianças (6 meses a < de 5 anos)
Gestantes
Puérperas
Povos indígenas
Professores
Pessoas com comorbidades
Pessoas com deficiência permanente
Caminhoneiros
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário
Trabalhadores portuários
Forças de segurança e salvamento
Forças Armadas
Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade
População privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.

Todas as pessoas com 5 anos ou mais podem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta quinta-feira (03/03).

Orientações:

Segunda dose: as unidades seguem realizando a segunda aplicação da vacina, considerando o intervalo a partir da data da primeira dose.

Dose de reforço: a aplicação da dose de reforço segue para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos 4 meses.

Crianças com deficiência e/ou comorbidades podem antecipar a segunda dose da Pfizer pediátrica para o intervalo mínimo de 21 dias.

Observações:

É possível antecipar a dose de reforço até o intervalo mínimo de três meses em casos de viagem, problemas de saúde e outras questões pessoais.

Pessoas com imunossupressão grave com 12 anos ou mais devem tomar uma 3ª dose (dose adicional) da vacina contra a Covid-19, pelo menos 28 dias após a segunda dose. É necessário apresentar comprovação.

Pessoas com 18 anos ou mais que tenham imunossupressão e receberam três doses no esquema primário (duas doses e uma adicional) devem tomar uma nova dose com intervalo de quatro meses da dose adicional.

Devem procurar os postos para testagem pessoas com sintomas como febre, calafrio, tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e alterações no olfato e/ou paladar.

Encontre a unidade mais próxima: prefeitura.rio/ondeseratendido

Para mais informações, acesse: coronavirus.rio/vacina

 

 

 

Por: Raquel Lopes

Empresas que tiveram autotestes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) preveem que o produto chegará ao mercado até o dia 7 de março com preço entre R$ 39 e R$ 70 para o consumidor final.

A Anvisa autorizou a venda de autotestes no Brasil em 28 de janeiro. Cada empresa precisa solicitar o registro para comercializar o produto.

A empresa Eco Diagnóstica teve dois autotestes aprovados, sendo um de swab (cotonete) nasal e outro por meio da amostra de saliva.

A previsão da empresa, que terá a fabricação do produto em Corinto (MG), é de que os autotestes estejam disponíveis nas farmácias até o dia 7 de março. O valor deve ficar entre R$ 39 e R$ 69.

O produto será vendido de três formas: individual e também caixa contendo três e cinco testes.

A empresa é a única que possui o produto aprovado para ser realizado com a coleta de saliva. Ela não precisa da utilização do swab (cotonet), mas o kit possui esse item para transferir a quantidade certa da saliva do copo para o tubo de extração.

O outro produto registrado da empresa é o Autoteste COVID Ag Detect, com amostra obtida por swab nasal não profundo.

Já o sócio-proprietário da empresa Kovalent, João Paulo Alves Janoni, disse que o autoteste deve chegar nas redes autorizadas de 7 a 11 de março. A fábrica, que fica em São Gonçalo (RJ), tem capacidade de produzir semanalmente 150 mil testes.

Ele disse que ainda não tem um valor fechado do produto porque depende do preço dos insumos que chegam de outros países, mas acredita que pode ficar na faixa de R$ 55 a R$ 70 para o consumidor final.

O produto oferecido por ele é o SGTi-flex COVID-19 Ag - AUTOTESTE, desenvolvido para uso de amostra de swab nasal não profundo.

"A gente registrou na Anvisa embalagens contendo 1, 2 e 5 autotestes, mas no primeiro ciclo vai oferecer ao mercado a caixa com apenas 1 produto", destacou.

A empresa CPMH (Comércio e Indústria de Produtos Médicos Hospitalares e Odontológicos), que teve o primeiro autoteste aprovado em 17 de janeiro, não forneceu informação sobre valores.

O presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Eduardo Gouvêa, disse que as empresas produtoras e importadoras de autotestes são responsáveis pelo preço.

Ele avaliou que só a indústria instalada no Brasil tem capacidade de produzir até 10 milhões de autotestes de Covid por mês. Ele espera que todos se esforcem para que o produto seja acessível e competitivo.

Destacou ainda que o país está num período em que ainda há muitas demandas por testagem e isso deve ampliar.

"Mesmo sem os eventos de rua, pessoas irão viajar, aglomerar no período do Carnaval, sendo que há chance de aumentar a contaminação. O momento ainda é oportuno e é mais uma ferramenta de combate à Covid", destacou Gouvêa.

Assim como acontece em outros países, na sua visão, os governos federal e estaduais deveriam adotar o autoteste como mais uma ferramenta de testagem para as pessoas. Apesar de ser financeiramente mais acessível que os outros, ele não deve chegar a todos.

O Ministério da Saúde já sinalizou que não pretende comprar autoteste para distribuir à população.

Segundo a Anvisa, o produto poderá ser comprado em farmácias, drogarias e estabelecimentos de saúde que estejam licenciados junto à vigilância sanitária como comércio de artigos médicos. Esses estabelecimentos também poderão fazer a comercialização online.

No total, 72 pedidos de registros foram feitos para a agência reguladora, sendo que quatro foram aprovados.

Além desses, cinco estão com a análise concluída e aguardam publicação no Diário Oficial da União e 13 foram reprovados.

Há também 28 que foram distribuídos para a área responsável e aguardam a análise, três estão em processo de análise e 19 estão em exigência, ou seja, a agência reguladora solicitou mais dados para a empresa.

O autoteste é o produto que permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional.

Para isso, deve seguir atentamente as informações das instruções de uso, que possuem linguagem simples e figuras ilustrativas do seu passo a passo.

Esse tipo de produto permitirá a ampliação da testagem de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e possíveis contatos. Será possível assim o isolamento precoce e a quebra de cadeia de transmissão.

Conforme estabelecido em nota técnica do Ministério da Saúde, o autoteste passará a ser uma nova ferramenta de triagem do PNE (Plano Nacional de Expansão da Testagem) do Ministério da Saúde.

Com isso, quem receber resultado positivo deverá procurar uma unidade de atendimento de saúde ou teleatendimento para que um profissional da saúde realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde.

Por: Joana Cunha

Depois de um forte período de aceleração, a demanda por teleconsultas para crianças aponta tendência de queda.

No Einstein, a primeira quinzena de fevereiro teve cerca de 2.260 atendimentos pediátricos remotos. Se seguir neste ritmo, fechará o mês abaixo dos quase 5.400 registrados em todo mês de janeiro.

O número ainda supera os níveis de novembro, quando a escalada começou, após a chegada da variante ômicron no país.

O Grupo Conexa, empresa especializada em teleatendimento, também registrou queda no número de consultas para crianças, principalmente as relacionadas à Covid. Até domingo (20), mais de 2.200 consultas estavam relacionadas aos sintomas de coronavírus.

Enquanto em janeiro, foram mais de 6.000.