Folhapress

A Bienal do Livro Rio, que acontece a cada dois anos, fará sua próxima edição de maneira híbrida, mesclando atividades online e presenciais. O evento ocorrerá entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca, e numa plataforma digital.

Uma nota divulgada pela organização do evento diz que a parte presencial do festival literário deve acontecer com apenas 50% da capacidade de público, em razão da Covid-19.
"O objetivo é que a Bienal aconteça quando toda a população carioca a partir de 12 anos estiver imunizada, de acordo com o planejamento da Prefeitura do Rio", diz o comunicado, ressaltando, porém, que o festival "só ocorrerá se houver condições para isso".

Segundo a organização, a Bienal exigirá um comprovante de vacinação e o uso de máscara.

Na última edição, ocorrida em setembro de 2019, o evento sofreu uma tentativa de censura do então prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB). "A Prefeitura do Rio de Janeiro determinou que os organizadores da Bienal do Livro recolhessem esse livro [Vingadores - A Cruzada das Crianças], que traz conteúdo sexual para menores", disse Crivella, em vídeo.

"A Cruzada das Crianças" foi publicada pela Marvel nos Estados Unidos em 2010. Em 2012, a Panini publicou a versão brasileira em duas revistas e, em 2016, ela saiu num único volume pela editora Salvat.

Já dizia a música que ‘A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir’. No caso da psicóloga Maria Lucia Moreira e da paisagista Paola Polezel, da Rarish, a maneira de homenagear uma grande amiga falecida em junho, de câncer, aos 42 anos, foi através de um gesto de amor e, também, ecologicamente exemplar: plantando uma orquídea.

- Em junho, no meu aniversário, ganhei uma orquídea. Aí, pensei em fazer uma homenagem a esta grande amiga, que tinha falecido alguns dias antes. Nossa amizade não parava na escola, éramos uma verdadeira família, íamos a festas, Natal, Réveillon. Como nossa amizade começou no CEL (Intercultural School), resolvi plantar a orquídea ali – recorda Lucia.

As amigas se conheceram no colégio, já que as filhas estudavam no CEL. Aliás, a Maria Luíza, de 16 anos, filha de Maria Lucia, é aluna da escola desde os 2 anos e meio de idade. Atualmente, ela está no 2º Ano do Ensino Médio.

- Também plantamos uma em homenagem a minha filha, que sempre foi muito feliz no CEL. Então, as duas orquídeas estão lá – explica Lucia, para quem a Rua Jornalista Henrique Cordeiro, onde mora e está localizado o colégio, tem um grande significado sentimental:

- Vim da Tijuca para a Barra em 1992, e foi nesta rua o meu primeiro apartamento. Minha filha nasceu aqui na Barra, e o CEL é minha segunda casa – acrescenta a mãe de Maria Luiza.

A ideia da homenagem da psicóloga foi ao encontro do projeto que Paola desenvolve desde junho: Rua Florida, bairro feliz .

- É um trabalho de formiguinha que conta com a doação de orquídeas para decorar as árvores da rua JHC, em princípio. A paisagista Paola passou a receber de toda vizinhança, dizendo para as amigas: 'me dá que eu coloco nas árvores, cuido e, em pouco tempo, tudo vai ficar exuberante. Ganhou orquídeas? Após a florada, doe para o projeto ao invés de deixá-las em casa. Temos tantas ruas bonitas que nos servem de exemplo, por que não cuidar da nossa?' – questiona Paola, responsável por vários projetos paisagísticos no Rio de janeiro e pelo paisagismo do Estrela do Mar .

Se depender das amigas, não faltarão orquídeas e solidariedade no entorno do CEL.

Redação

A Secretaria de Meio Ambiente do Rio demoliu seis construções irregulares na manhã desta terça-feira (10/08) na localidade da Vila Verde, na Rocinha. As demolições tiveram de ser feitas manualmente por funcionários da Secretaria, pois a área é de difícil acesso, sendo necessário passar por vários becos estreitos. Também foi desmontado um campo para a prática do esporte de combate paintball na mesma região.

A ação da Prefeitura visa conter o desmatamento de áreas ambientalmente protegidas para expansão da comunidade. As construções, que estavam no início e viriam a ter até quatro pavimentos, vinham sendo erguidas após a destruição da vegetação nativa. As casas e quitinetes seriam alugadas.

A megaoperação de demolição só pode ser realizada após policiais militares da UPP Rocinha terem reforçado o patrulhamento da região, considerada de altíssimo risco.

– Essa operação vinha sendo planejada com a Polícia Militar e UPP da Rocinha há cerca de um mês. Assim, conseguimos levantar os pontos de acesso aos locais mais críticos na região da Vila Verde, que é a parte da Rocinha que mais cresce para dentro de áreas ambientalmente protegidas e que mais representam riscos para a população hoje. Há, inclusive, licenças falsas sendo vendidas por até R$ 10 mil para autorizar essas construções – afirmou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.

– A Prefeitura tem sido implacável no cumprimento da lei para coibir o avanço nas áreas ambientalmente protegidas. Encaminharemos as investigações ao Ministério Público – completou.