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O Botafogo vive uma gangorra neste início de Série B do Campeonato Brasileiro e, no mesmo movimento, Marcelo Chamusca vê as avaliações quanto ao trabalho realizado oscilarem. Pressionado, o treinador vem fazendo testes em busca do que considera o melhor encaixe do time e ainda não conseguiu uma sequência com a mesma escalação.

Nas nove partidas disputadas até aqui, houve, ao menos, uma alteração em relação à escalação da rodada anterior. Neste caminho, suspensões, lesões e até mesmo negociação, como foi o caso do lateral esquerdo Paulo Victor, que foi para o Internacional. A negociação, inclusive, gerou polêmica.

Neste sábado (10), às 16h30, o Botafogo encara o Cruzeiro, no Engenhão, pela 11ª rodada. A equipe carioca vem de derrota para o CRB e empate com o Avaí e busca reabilitação, já que começou a rodada cinco pontos atrás da zona de acesso à Série A.

Para o Brasileiro, o Alvinegro ganhou reforços como os volantes Oyama e Barreto, o lateral direito Daniel Borges, o meia Chay, e o atacante Rafael Moura, o He-Man. O comandante alvinegro avalia o trabalho de forma positiva, mas admite que a equipe vem tendo resultados abaixo do esperado e acredita que, com o passar dos jogos, os jogadores vão se conhecendo melhor.

"Isso [achar o time ideal] requer tempo, eu preciso de jogos. Respondi que acreditava que, na virada do turno, os jogadores já vão conquistar uma posição de encaixe melhor, o atleta vai conhecer um pouquinho mais o outro, vamos estar com um modelo mais firmado. Nós temos que separar um pouco essa questão do resultado e da performance", comentou Chamusca.

Para o duelo deste sábado, o Botafogo terá dois desfalques importantes: o volante Oyama e o atacante Ronald. Em compensação, Chay está recuperado de dores musculares e foi relacionado. Com isso, o Alvinegro deve ir a campo com a seguinte escalação: Diego Loureiro; Daniel Borges, Kanu, Gilvan, Guilherme Santos; Barreto, Pedro Castro, Matheus Frizzo; Diego Gonçalves, Rafael Navarro, Chay.

Do outro lado, o Cruzeiro também vive fase de instabilidade. A equipe dirigida por Mozart não vence há quatro partidas, somando apenas três pontos nesse período. Com isso, despencou para a seguda metade da tabela de classificação e está mais próxima da zona de rebaixamento do que do G-4.

O Cruzeiro não deve contar com os volantes Matheus Barbosa, com desgaste muscular, e Rômulo, suspenso. Com isso, os mineiros devem ir a campo com a seguinte escalação: Fábio; Norberto (Cáceres), Ramon, Léo Santos, Jean Victor; Lucas Ventura, Marcinho, Giovanni; Bruno José, Marcelo Moreno (Rafael Sobis), Airton.

BOTAFOGO X CRUZEIRO
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 16h30 (de Brasília) deste sábado (10)
Juiz: Rodolpho Toski Marques (PR)
Transmissão: Globo, Sportv e Premiere

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Mesmo com o Vasco próximo ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro, a campanha irregular do time, ainda sem emendar duas vitórias consecutivas na competição, fomenta questionamentos sobre o técnico Marcelo Cabo.

A instabilidade aparece não só nos resultados, mas também nas escalações. O treinador ainda faz experimentos e, seja por conta de desfalques ou opções táticas, só repetiu os titulares de uma partida para a seguinte em apenas três ocasiões em sua passagem pelo Vasco.

A primeira vez que isso ocorreu foi logo em seu início no clube, mais precisamente na segunda e terceira partidas dele, quando manteve os mesmos 11 jogadores nos empates contra a Caldense, pela Copa do Brasil, e diante do Botafogo, no Campeonato Carioca.

Em seguida, ele repetiu as escalações nas vitórias sobre o Tombense pela Copa do Brasil e no 3 a 1 sobre o Flamengo, considerado o melhor jogo do Vasco na temporada. Já no início do mês passado, manteve os titulares entre a vitória sobre o Boavista pela Copa do Brasil e empate com a Ponte Preta na Série B.

Apesar da irregularidade e da desconfiança que ainda paira sobre o seu trabalho, Cabo disse acreditar que o time tem apresentado evolução: "Nosso modelo de jogo deixou a equipe um pouco mais agrupada. Temos jogado mais próximos, o meio-campo é um fator importante, e ganhamos sustentação defensiva".

O treinador ainda ponderou que, nas duas derrotas recentes, o Vasco teve jogadores expulsos -em uma delas, no entanto, contra o Cruzeiro, o adversário levou um cartão vermelho no mesmo lance. "Poderíamos ter uma sequência melhor se não fossem essas expulsões", disse após vencer o Confiança no sábado (3).

Em relação ao triunfo recente, o Vasco poderá mais uma vez deixar de repetir sua escalação, desta vez no confronto com o Sampaio Corrêa às 19h desta sexta-feira (9), novamente em São Januário, já que o técnico terá seu leque de opções ampliado por reforços caseiros.

Para a partida, o Vasco contará com o retorno de cinco jogadores que estavam suspensos: tratam-se dos volantes Bruno Gomes e Juninho -que haviam sido expulsos diante do Goiás-, além de Galarza, Morato e Léo Jabá, que cumpriram suspensão automática após o terceiro cartão amarelo.

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 19h (de Brasília) desta sexta-feira (9)
Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
Transmissão: Premiere

Adalberto Leister Filho (Folhapress)

Os Jogos Olímpicos não terão público nas arenas de Tóquio devido ao aumento de casos de coronavírus. A informação foi divulgada por Tamayo Marukawa, ministra da Olimpíada, nesta quinta-feira (8), após reunião entre governo do Japão, Comitê Organizador de Tóquio e COI (Comitê Olímpico Internacional). A diretiva acontece após decretação de novo estado de emergência na cidade-sede, a apenas duas semanas para o início do evento.

Anteriormente, os organizadores liberaram público de até 10 mil pessoas ou 50% da capacidade das arenas olímpicas (o que fosse menor). As competições seriam exclusivas para o público local. Torcedores estrangeiros foram vetados previamente. Mas, com o anúncio de que Tóquio entrará novamente em estado de emergência na próxima segunda-feira, os planos mudaram. A capital japonesa estará nessa fase com maiores restrições até dia 22 de agosto. Os Jogos Olímpicos começam no dia 23 de julho e vão até 8 de agosto. O crescimento de casos já fez com que os organizadores decidissem vetar o revezamento da tocha olímpica pelas ruas de Tóquio para prevenir aglomerações.

A pandemia continua avançando no Japão. De acordo com dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA), na quarta-feira (7) houve 2.180 novos casos de Covid-19 no país e 14 mortes. A média móvel voltou a aumentar, para 1.683. Desde o início da pandemia, 812 mil pessoas pegaram Covid-19 no Japão. O total de óbitos é de 14.848 até agora.

O governo metropolitano de Tóquio, por sua vez, divulgou mais 920 infectados nesta quinta-feira (8). É o maior número desde meados de maio, quando houve o pico da quarta onda no Japão. A média móvel chegou a 632 e cresce todos os dias desde 19 de junho. O temor é que, com a chegada das delegações estrangeiras, a Olimpíada possa se tornar uma propagadora da variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia e que é altamente contagiosa.​

Com a aceleração da vacinação nos últimos dias, o governo do Japão espera que a situação do país melhore e que isso diminua a pressão sobre o sistema nacional de saúde. Segundo o site Our World in Data, 15,2% dos japoneses estão imunizados e 26,5% receberam ao menos a primeira dose. A última atualização é de terça-feira (6).

A decisão de não permitir público nos estádios de Tóquio foi acertada em reunião com Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), que chegou à capital japonesa nesta quinta-feria. Bach afirmou que ele e o presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional), o brasileiro Andrew Parsons, estão "comprometidos" em entregar os Jogos com segurança.

"Mostramos essa responsabilidade desde o dia do adiamento. E também o mostraremos hoje, e apoiaremos qualquer medida que seja necessária para que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos sejam seguros e protegidos para o povo japonês e todos os participantes", afirmou Bach.

O dirigente participou de reunião em seu hotel, de maneira remota. De acordo com as normas sanitárias locais, o dirigente ficará em quarentena por três dias. Ele terá novas reuniões com o Comitê Organizador de Tóquio de forma virtual ou presencial nos próximos dias. Após a quarentena, ele também fará visitas à Vila Olímpica e a Hiroshima, cidade devastada pela bomba atômica lançada pelos EUA no final da Segunda Guerra Mundial.

John Coates, vice-presidente do COI, que chegou a Tóquio antes, deve visitar Nagasaki, outra cidade japonesa atingida pela bomba atômica em 1945. O dirigente australiano foi criticado no Japão ao dizer que a Olimpíada pode ser realizada mesmo que Tóquio estivesse em estado de emergência, o que de fato irá acontecer. No mês passado houve manifestação em frente à Prefeitura da capital japonsesa contra a realização dos Jogos.

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O futebol, como canta a música, pode voltar para casa. A Inglaterra venceu a Dinamarca por 2 a 1 nesta quarta-feira (7), em Wembley, e disputará a final da Euro 2020 contra a Itália. O jogo foi definido somente na prorrogação com gol de Harry Kane, que teve pênalti defendido, mas aproveitou o rebote de Schmeichel para balançar a rede. Antes, Damsgaard e Kjaer, contra, balançaram a rede.

O lance do pênalti gerou muita reclamação. Enquanto driblava dentro da grande área, Sterling caiu ao receber um contato leve da zaga dinamarquesa, e o árbitro assinalou a penalidade. O lance foi analisado pelo VAR, mas o árbitro de vídeo não interfere muito em lances da Euro e a marcação de campo foi mantida.

Esse foi o maior público da competição até aqui, com 64.950 pessoas. A Inglaterra quebrou uma sequência de quatro eliminações em semifinais, somando Copas do Mundo e Eurocopas, e joga a sua primeira final desde 1966, quando foi campeã do mundo também em Wembley.

A partida contra a Itália, que eliminou a Espanha nos pênaltis na terça-feira (6), será disputada no próximo domingo (11), às 16h. Enquanto a ofensividade será a novidade do lado italiano, os ingleses se apoiam justamente em sua defesa, a menos vazada da competição, com somente um gol sofrido até aqui. A defesa inglesa é montada com quatro jogadores, que recebem o apoio dos meias Rice e Philips, além do ataque com Kane e Sterling, os mais perigosos do time.

Os italianos também estavam distantes de finais desde 2012, quando foram derrotados pela Espanha por 4 a 0 também na Euro. Com um time mais ofensivo e remodelado depois da ausência na Copa do Mundo de 2018, a equipe treinada por Roberto Mancini quer recuperar a glória internacional.

Para o técnico Southgate, a ida para a final da Eurocopa também exorciza um dos seus maiores fantasmas. Em 1996, também na Eurocopa, ele foi o responsável pela eliminação dos ingleses contra a Alemanha. Ele desperdiçou a última cobrança de pênalti naquele ano, justamente na última semifinal de Euro disputada pela Inglaterra.

Quando Harry Kane e Kjaer se cumprimentaram em campo antes de a bola rolar, o atacante inglês entregou uma camisa do Tottenham com o nome de Christian Eriksen, que sofreu um infarto em campo no primeiro jogo da Euro, para o dinamarquês. Nela, estavam as assinaturas dos jogadores da Inglaterra.

Na final da Euro, marcada para domingo (11), Eriksen estará na arquibancada junto aos médicos que o salvaram. Em campo, não verá seus companheiros, mas os dois melhores times da competição até aqui.

Somando Copas do Mundo e Eurocopas, a Inglaterra não chegava a uma final desde 1966, quando foi campeão mundial pela única vez em sua história. Depois, vieram eliminações contra Iugoslávia (1968, Eurocopa), Alemanha (1990, Copa do Mundo; 1996, Eurocopa) e Croácia (2018, Copa do Mundo).

A Dinamarca também esperava repetir o bom momento de 1992, quando foi campeã da Euro. Essa foi a quarta vez que a seleção chegou às semifinais e a terceira em que foi eliminada.

No jogo, o goleiro inglês Pickford conseguiu bater o recorde de Gordon Banks em minutos sem levar gols. Um minuto depois, em cobrança de falta de Damsgaard, o goleiro foi vazado. Esse foi o primeiro gol sofrido pela Inglaterra nos seis jogos da Eurocopa.

A partida começou morna. A Inglaterra tinha mais controle, enquanto a Dinamarca estava se fechando no esquema proposto pelo técnico Kasper Hjulmand. O primeiro gol do jogo veio aos 28 minutos, numa cobrança de falta do dinamarquês Damsgaard.

A Inglaterra se recuperou em seguida em passe em profundidade de Kane para Saka, que cruzou para o meio de área na direção de Sterling. Kjaer, no entanto, tocou na bola primeiro e fez contra.

No segundo tempo, a Inglaterra conseguiu se impor ainda mais em campo, controlando as ações e impedindo avanços da Dinamarca, e só foram parados em boas defesas do goleiro Schmeichel. Cansados, os dinamarqueses tentaram fortalecer o meio de campo para segurar o ímpeto inglês, que pressionaram principalmente nos últimos minutos.

O panorama se repetiu na prorrogação, mas Sterling sofreu pênalti duvidoso no fim do primeiro tempo e Kane cobrou. Schmeichel defendeu, mas rebateu para frente, nos pés do atacante, que converteu e conseguiu garantir a classificação para a Inglaterra. No segundo tempo, a Dinamarca tentou se recuperar, sem sucesso.