Depois de oito rodadas no Campeonato Brasileiro, o técnico Fernando Diniz tem campanha pelo Fluminense inferior a que havia obtido em seu início pelo Santos, no ano passado. Na equipe paulista, o treinador somou 12 pontos nos primeiros oito jogos que fez na Série A, um a menos do que conseguiu pelo Tricolor na atual temporada.

Em 2021, Diniz iniciou o Brasileiro com o Peixe, sendo contratado após o Paulista. Já em 22, chegou após a saída de Abel Braga e comandou a equipe a partir da quinta rodada do Nacional, contra o Palmeiras, chegando ao seu oitavo confronto no empate sem gols fora de casa contra o América-MG, na noite de quarta-feira (15).

Apesar do bom início em Santos, o time caiu de produção e ele deixou o Alvinegro com apenas 19 rodadas da Série A. Nestas 19 rodadas, conquistou apenas cinco vitórias, sendo três nas primeiras oito rodadas (contra Ceará, São Paulo e Atlético-MG). O número de vitórias é idêntico ao que tem pelo Flu, onde superou Athletico-PR, Fortaleza e, mais uma vez, Atlético-MG.

Além do último triunfo ter sido sobre o Galo, nos dois anos ele também empatou sem gols em sua oitava partida no Brasileirão. Contudo, pelo Peixe saiu de campo com a igualdade em três oportunidades (Juventude, Grêmio e Sport) e, por isso, supera sua atual campanha com o Tricolor, onde empatou duas vezes (Palmeiras e América-MG).

Outro ponto em comum é que o treinador era bem avaliado pela diretoria e torcida em seu começo na Vila Belmiro, assim como é nas Laranjeiras. No entanto, depois do bom início, o Santos passou a sofrer demais para transformar a maior posse de bola em resultados positivos e Diniz não resistiu no cargo. Um cenário parecido aconteceu com o Fluminense na noite de ontem.

A equipe jogou com um a mais desde os 10 minutos do primeiro tempo, porém parou na retranca do Coelho e pouco ameaçou o gol defendido por Jailson.

A terceira derrota de Diniz no Santos veio apenas em seu nono jogo do Brasileirão, justamente contra o América-MG, por 2 a 0, na Arena Independência.

Sendo assim, o comandante terá a chance de reverter o quadro já neste domingo (19), às 19h, contra o Avaí. Caso vença o duelo da 13ª rodada, no Maracanã, passará a ter uma campanha melhor em 2022 do que a realizada em 21. Se empatar, repetirá exatamente o mesmo cenário dos primeiros nove jogos.

O Fluminense começa a rodada na 11ª colocação, com 15 pontos. Já o Avaí vem surpreendendo e está em sétimo, com 17.

Primeiros oito jogos de Diniz no Brasileiro em 2021
1ª rodada - Bahia 3x0 Santos
2ª rodada - Santos 3x1 Ceará
3ª rodada - Santos 0x0 Juventude
4ª rodada - Fluminense 1x0 Santos
5ª rodada - Santos 2x0 São Paulo
6ª rodada - Grêmio 2x2 Santos
7ª rodada - Santos 2x0 Atlético-MG
8ª rodada - Santos 0x0 Sport

Primeiros oito jogos de Diniz no Brasileiro em 2022
5ª rodada - Palmeiras 1x1 Fluminense
6ª rodada - Fluminense 2x1 Athletico-PR
7ª rodada - Fortaleza 0x1 Fluminense
8ª rodada - Fluminense 1x2 Flamengo
9ª rodada - Juventude 1x0 Fluminense
10ª rodada - Fluminense 5x3 Atlético-MG
11ª rodada - Fluminense 0x2 Atlético-GO
12ª rodada - América-MG 0x0 Fluminense

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: Às 19h (de Brasília) deste domingo (19)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (VAR-Fifa/SP)
Transmissão: Sportv e Premiere

O Botafogo jogou melhor e venceu o São Paulo por 1 a 0 nesta quinta-feira (16), no Nilton Santos, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol foi marcado por Kayque, o primeiro dele com a camisa do clube carioca. O time tricolor perdeu a invencibilidade de 15 partidas.

O Botafogo se impôs desde o início e criou as principais chances do jogo. O São Paulo até teve a posse de bola, mas deu pouco trabalho ao goleiro Gatito e irritou Rogério Ceni na área técnica. O bonito gol de Kayque saiu aos 15 minutos da etapa final.

A vitória faz o Botafogo de Luís Castro respirar e sair da zona do rebaixamento. O clube carioca agora é o 13º, com 15 pontos, enquanto o São Paulo fica em quinto lugar na tabela, com 18 somados.

O Botafogo voltará a campo para enfrentar o Internacional no domingo (19), no Beira-Rio, pela 13ª rodada do Brasileiro. O São Paulo receberá o Palmeiras, no Morumbi, na segunda-feira (20).

O Botafogo esteve longe de ser brilhante no Nilton Santos, mas fez da disposição o principal ingrediente na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo. A equipe marcou forte o rival, apresentou dificuldades na construção, mas batalhou por cada bola. Na etapa final, o Botafogo se abriu um pouco mais, deu espaços para os tricolores, porém partiu de forma mais decidida para o ataque. Na base da raça, o time alvinegro interrompeu uma série de quatro derrotas, saiu da zona da degola e respirou mais aliviado no Brasileiro.

O São Paulo não soube o que fazer com a bola e praticamente não deu trabalho ao goleiro Gatito. Os tricolores tocaram, tocaram, tocaram e quase nada construíram.

Aos 18 minutos, Saravia e Calleri se desentenderam e o lateral-direito do Botafogo empurrou o atacante argentino de forma acintosa dentro da área. O árbitro nada marcou e o VAR não chamou Wilton Pereira Sampaio para rever o lance.

O atacante Calleri se estranhou mais de uma vez com o zagueiro Carli, do Botafogo. No segundo tempo, Calleri acertou Carli com as travas da chuteira e depois levou a mão ao machucado. Carli ficou revoltado.

O São Paulo anunciou a escalação com Gabriel Neves no meio-campo. Perto da bola rolar, porém, o técnico Rogério Ceni mexeu, tirou o uruguaio e pôs Diego Costa como terceiro zagueiro.

BOTAFOGO
Gatito, Kanu, Carli e Cuesta; Saravia (Daniel Borges), Patrick de Paula (André Anderson), Kayque (Barreto), Lucas Piazon (Chay) e Hugo; Vinícius Lopes e Erison (Matheus Nascimento) T.: Luís Castro

SÃO PAULO
Jandrei, Diego Costa (Eder), Arboleda e Léo; Rafinha (Igor Vinicius), Rodrigo Nestor, Igor Gomes, Patrick e Welington (Reinaldo); Luciano (Rigoni) e Calleri. T.: Rogério Ceni

Estádio: Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Público: 18.677
Renda: R$ 453.785,00
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (Fifa/GO) e Bruno Boschilia (Fifa/PR)
VAR: Wagner Reway (PB)
Cartões amarelos: Kanu, Patrick de Paula, Saravia, Carli, Kayque e Cuesta (BOT); Patrick, Calleri e Arboleda (SAO)
Gols: Kayque (BOT), aos 15'/2ºT

A vitória sobre o Cuiabá mostrou um clima diferente no Flamengo e deu indícios de que a parceria com a arquibancada pode ser retomada às vésperas de uma sequência importante na temporada. O cenário é diferente das últimas semanas, quando a pressão e os protestos tinham se tornado rotina, independente dos resultados nas quatro linhas.

Agora, o time se prepara para entrar em campo neste domingo (19) contra o Atlético-MG, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), às 16h, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Mesmo com os testes do recém-chegado Dorival Júnior, o desempenho contra o Cuiabá foi melhor e a vitória um pouco mais convincente, mesmo diante da fragilidade do adversário.

Em meio a isso, a torcida do Flamengo acompanhava o ritmo do elenco e ditava a sintonia do clima. Antes de a bola rolar, houve pedido por "respeito e comprometimento". No apito final, os aplausos tomaram conta do Maracanã.

O resultado afasta o Flamengo da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. São 15 pontos em 12 rodadas, o que rende, momentaneamente, a nona colocação.

O triunfo, após três derrotas consecutivas e semanas conturbadas, aconteceu em momento que pode ser a virada de chave do clube.

Daqui em diante, o Flamengo encara o Atlético-MG, pelo Brasileiro e pela Copa do Brasil, o América-MG em casa, os jogos de ida e volta contra o Tolima, da Colômbia, pela Libertadores, e o Santos fora de casa neste meio do caminho.

"A equipe teve uma postura diferente, modificando alguns comportamentos, partindo para cima, e conquistando o caminho dos gols. Não pode ser diferente. Conhecemos bem a equipe do Atlético-MG, todos sabemos o nível que se encontra, talvez o momento não seja próximo, mas semelhante ao que vivíamos. Equipes desse nível são altamente cobradas e sentem enormes dificuldades quando as coisas não dão certo. O que se passa lá não é diferente do que se passa aqui. Em jogos assim, é natural que precisamos ter alguns cuidados. Continuarmos buscando essa recuperação e de repente, encontrar um caminho rapidamente, porque é uma competição que não deixa você ficar lamentando ou comemorando algum resultado. Na sequência já teremos um problema a enfrentar", disse o treinador.

O apoio de mais de 40 mil torcedores foi celebrado por Dorival. A vitória marcou o retorno do técnico ao estádio que já foi sua casa em outras duas oportunidades.

O elenco se apresentou nesta quinta-feira (16) no Ninho do Urubu e iniciou a preparação para o próximo jogo. O clube carioca confirmou que o atacante Bruno Henrique sofreu uma lesão multiligamentar, na partida contra o Cuiabá, e ainda passará por exames para definir o tratamento. O zagueiro David Luiz, substituído na última rodada, também teve lesão confirmada, e desfalca o time neste domingo.

O lateral-direito Isla recebeu uma proposta do Universidad Católica, do Chile, e foi liberado pelo Flamengo, conforme informado pelo ge e confirmado pelo UOL Esporte. Em compensação, o zagueiro Rodrigo Caio vem treinando normalmente com o time, e deve estar à disposição de Dorival.

Uma provável escalação inicial do Flamengo tem: Diego Alves; Matheuzinho, Léo Pereira (Rodrigo Caio), Pablo e Ayrton Lucas; João Gomes, Andreas, Arrascaeta e Everton Ribeiro (Diego); Vitinho e Gabigol.

O Atlético-MG, por sua vez, entra em campo buscando um revés após chegar a quatro jogos sem vencer. Pressionado, o técnico Turco Mohamed precisa da vitória para recuperar a confiança e ajudar o clube a se aproximar do G4 -o time mineiro ocupa a sexta posição, somando 18 pontos.

Para a partida deste domingo, o técnico poderá contar com os volantes Allan e Jair, que voltam de suspensão, e com o zagueiro Igor Rabello, que foi liberado na última rodada para acompanhar o nascimento do time. Por outro lado, Sávio, que recebeu diagnóstico de Covid-19 na terça-feira (14), é dúvida, enquanto o meia Zaracho segue em recuperação.

Uma provável escalação inicial do time mineiro tem: Everson; Mariano, Nathan Silva, Alonso e Arana; Allan, Jair e Nacho; Vargas (Ademir), Keno e Hulk.

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Horário: Às 16h (de Brasília) deste domingo (19)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)
VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
Transmissão: TV Globo e Premiere

Depois de perder em casa para o Atlético-GO por 2 a 0 em casa no último sábado (11), atuando por 70 minutos com um a menos, o Fluminense teve a chance de se vingar diante do América-MG na noite desta quarta-feira (15). No entanto, mesmo atuando com um a mais desde os dez minutos de partida, a equipe das Laranjeiras ficou apenas no empate sem gols no duelo da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Independência.

Alê, por uma cotovelada em Nino, foi expulso após revisão no monitor do VAR com apenas dez minutos da primeira etapa. Isso fez com que a equipe carioca rondasse a área mineira, porém sem criar muitas chances claras para abrir o placar. O time mineiro soube se fechar e, esporadicamente, conseguiu ameaçar nos contra-ataques.

Com a igualdade no marcador, os dois clubes seguem com a mesma pontuação: 15 pontos. O time tricolor, pelo melhor saldo (-1 a -2) fica na décima colocação, enquanto o time americano fica em 12º, atrás também do Coritiba, que tem mais gols pró (16 a 11).

Com um a mais desde os dez minutos, o time tricolor teve 77% de posse de bola na primeira etapa. No entanto, rodou muito e não conseguiu nenhum chute ao gol de Jailson. "Temos a bola, mas não temos movimentação. Fica difícil para a gente, e fácil para quem está marcando", analisou Ganso, na saída para o intervalo, ao Premiere.

A equipe cresceu de produção após o intervalo, entretanto não chegou a pressionar o adversário.

Os mandantes iniciaram pressionando, porém tiveram que mudar a estratégia com a expulsão de Alê. Mesmo sem fazer alterações, o time conseguiu se fechar muito bem na defesa e passou a apostar ainda mais na velocidade de Everaldo e Felipe Azevedo para puxar os contra-ataques pelo lado do campo na primeira etapa.

Na etapa final, os dois saíram para as entradas de Pedrinho e Carlos Alberto, que deram ainda mais velocidade e criando ao menos uma grande chance para balançar a rede.

Os dois clubes voltam a campo no domingo (19), pela 13ª rodada do torneio. Às 18h, o Coelho visita o Fortaleza na Arena Castelão. Uma hora depois, às 19h, o Tricolor recebe o Avaí no Maracanã.

AMÉRICA-MG
Jailson; Raúl Cáceres (Patric), Éder, Conti e Marlon (Danilo Avelar); Lucas Kal, Juninho e Alê; Felipe Azevedo, Everaldo (Carlos Alberto) e Aloísio (Pedrinho). T.: Vagner Mancini.

FLUMINENSE
Fábio; Samuel Xavier, Nino (Nathan), Manoel e Caio Paulista; Wellington (Nonato), Yago Felipe (John Kennedy) e Ganso; Luiz Henrique, Matheus Martins (Alexandre Jesus) e Cano. T.: Fernando Diniz.

Estádio: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Cartões amarelos: Everaldo, Carlos Alberto, Marlon (AME); Nonato (FLU)
Cartão vermelho: Alê (AME)

O Vasco contará com uma estreia para enfrentar o Lodrina, neste sábado (18), às 16h, no Estádio do Café, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Contratado para o lugar de Zé Ricardo, Maurício Souza vai comandar o time carioca pela primeira vez e já pensa em seu trabalho como o "maior desafio da carreira".

No Cruz-Maltino, o comandante terá a primeira oportunidade à frente de um time profissional, após passagens pela base do Botafogo e do Flamengo, além do futsal do próprio clube de São Januário.

"É o maior desafio da minha carreira. É um sonho que estou realizando trabalhar no Vasco, um sonho de menino poder dar essa entrevista neste momento, não tem como negar. Vasco não é um convite, é uma convocação. Sei que é um momento delicado, sei que precisa subir, é momento de pressão, mas não tinha como dizer 'não'. Quando o Brazil me ligou e começamos a conversar, eu disse que topava. Não tinha como ser um contrato tampão, mas era impossível negar um convite do Vasco", disse.

Questionado sobre o ainda inédito trabalho junto ao elenco profissional, o treinador salientou que vinha trabalhando para alcançar essa oportunidade

"Sem dúvida que é [maior desafio], porém tenho de tratar com naturalidade porque foi isso que busquei esse tempo todo, foi para isso que me preparei. É, sem dúvida alguma, o maior desafio da minha carreira. A gente sabe da pressão que vamos encontrar, mas foi como falei, estou bem tranquilo, aceito o desafio de maneira calma porque busquei esse momento na minha vida. É aceitar as possíveis rejeições e procurar reverter com trabalho", apontou.

O Vasco tem um processo avançado para transformar o departamento de futebol em SAF, junto à 777 Partners, empresa que pretende adquirir 70% das ações do clube, e o cenário foi levado em conta nas negociações com Maurício:
"Sobre tempo de trabalho, a conversa com o Brazil foi um contrato até o final do ano. Talvez, eu pensasse duas vezes caso me dessem o prazo de um mês ou um trabalho tampão. Mas se a 777 chegar daqui a dois meses e quiser mudar, vou ficar feliz por ter vivido isso. Se isso tiver de acontecer, eu vou me sentir satisfeito. Não estou preocupado com isso, minha preocupação começa daqui a pouco, no treino, depois no sábado, no jogo. No final, a torcida não quer saber quem subiu o Vasco, quer saber que o Vasco subiu".

"Para mim, é um prazer muito grande estar fazendo parte desse processo importante do Vasco. É muito gratificante receber o convite do Brazil, saber de todo o processo seletivo que foi feito para se chegar ao meu nome. Vou dar minha vida pelo clube, por esse projeto de colocar o clube de novo na primeira divisão", afirmou, em outro momento.

Invicto na Série B após 12 rodadas, o Vasco busca a terceira vitória consecutiva. O time de São Januário vem de triunfo sobre o líder Cruzeiro no Maracanã e pode assumir a vice-liderança da competição. A equipe soma 24 pontos e está em terceiro lugar. À frente estão Bahia, com 25, e Cruzeiro, com 31. A novidade é a volta do volante Andrey, que serviu a seleção brasileira sub-20 em um torneio amistoso.

Estádio: Café, em Londrina (PR)
Horário: Às 16h (de Brasília) deste sábado (18)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)
Transmissão: SporTV e Premiere

Dorival Júnior conquistou a primeira vitória à frente do Flamengo. Na noite desta quarta-feira (15), o time rubro-negro bateu o Cuiabá, no Maracanã, por 2 a 0, voltou a triunfar e se afastou da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O placar foi construído com gols de Ayrton Lucas, ainda no início do confronto, e Gabigol, no segundo tempo.

A equipe da casa conquistou um resultado positivo após três derrotas consecutivas, para Fortaleza e Red Bull Bragantino, ainda sob o comando de Paulo Sousa, e Internacional, na estreia do atual treinador. A vitória alivia um pouco a pressão na Gávea e indica que a sinergia com a torcida pode voltar.

Com o triunfo, o Flamengo chegou a 15 pontos e pulou para o meio da tabela, enquanto os comandados de António Oliveira permanecem com 12 e na zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o time carioca encara o Atlético-MG, no Mineirão, no domingo (19), enquanto o Cuiabá recebe o Ceará, no sábado (18).

O Flamengo contou com o retorno do meia Arrascaeta, que fez uma boa partida e deu assistência para o segundo gol, marcado por Gabigol. O uruguaio estava à disposição da seleção, tendo ficado fora dos últimos três jogos. Neste período, foram três derrotas e somente dois gols marcados.

Durante as duas semanas de amistosos em data-Fifa -foram dois jogos nos Estados Unidos e outro em Montevidéu-, o Flamengo monitorou o atleta e manteve diálogo direto com o departamento médico do Uruguai. Não à toa, um planejamento especial foi montado, e ele atuou por apenas 45 minutos no último sábado (11), contra a Jamaica.

No primeiro tempo, o Flamengo precisou superar as saídas de David Luiz e Bruno Henrique, mas se apresentou um time mais compacto e com poucos erros de passe. As tomadas de decisões foram mais rápidas, com destaque para Andreas e Arrascaeta na construção.

O segundo tempo foi mais morno para a equipe rubro-negra. Ainda assim, o time de Dorival apresentou segurança e não deu oportunidade de finalização do Cuiabá.

O Cuiabá foi a campo em 4-3-3, com uma estratégia de reforçar a marcação e tentar sair nos contra-ataques. Apesar de certa organização, o time auriverde acabou dando espaços ao Flamengo, que conseguiu comandar as ações, principalmente no primeiro tempo.

Na volta do intervalo, o Cuiabá voltou um pouco mais "ajustado", dando menos campo ao adversário e conseguindo roubar mais a bola no meio. Na construção ofensiva, porém, ainda cometia equívocos. Aos pouco, porém, a equipe de António Oliveira começou a investir nos avanços e viu o Flamengo passar a chegar com perigo.

O Flamengo abriu o placar logo nos primeiros minutos. Em jogada pela ala esquerda, Ayrton Lucas contou com um corta-luz de Bruno Henrique, chegou à linha de fundo e acabou mandando diretamente para o gol. O goleiro Walter, que aguardava o cruzamento, tentou voltar, mas sem sucesso.

Pouco após o gol, o zagueiro David Luiz foi ao banco de reservas conversar com a comissão técnica. Aos 13, caiu no gramado e foi substituído por Léo Pereira. O camisa 23 será reavaliado no Ninho do Urubu.

Com o Flamengo tendo uma presença maior no campo de ataque, o Cuiabá tentou reforçar a marcação e sair nos contra-ataques, mas não conseguia avançar com sucesso. Em uma das vezes que rondou a área adversária, o elenco auriverde finalizou com Felipe Marques, mas mandou para fora.

Após disputa na área, Bruno Henrique caiu acusando dores no joelho direito e teve de sair de maca. O jogo marcou o de número 400 na carreira do atacante.

Vitinho entrou na vaga, mas a torcida logo perdeu a paciência e passou a criticá-lo.
O Flamengo chegou a balançar a rede novamente, com Gabigol, mas o camisa 9 estava em posição irregular.

O Cuiabá voltou "mordendo" um pouco mais na marcação e dando menos espaço ao Flamengo, que passou a ter mais dificuldade para criar oportunidades. A melhor chance foi em uma construção de Everton Ribeiro com Matheuzinho, que cruzou para Gabigol, mas Marllon se antecipou e cortou.

Vaiado, Vitinho deu um bonito lançamento para Everton Ribeiro, que saiu na cara de Walter e finalizou. O goleiro do Cuiabá encostou na bola e a ela pegou no travessão.

Quando o jogo caminhava para o fim, Gabigol recebeu de Arrascaeta e bateu na saída de Walter, balançando a rede.

Próximo ao apito final, os protestos e vaias, que se tornaram comuns nos últimos jogos, foram substituídos pela festa na arquibancada.

FLAMENGO
Diego Alves; Matheuzinho, David Luiz (Léo Pereira), Pablo e Ayrton Lucas; João Gomes, Andreas, Arrascaeta (Willian Arão) e Everton Ribeiro (Diego); Bruno Henrique (Vitinho) e Gabigol (Pedro). T.: Dorival Júnior

CUIABÁ
Walter; João Lucas, Marllon, Paulão e Uendel; Camilo, André Luís (Jenison), Rafael Gava (Osorio) e Rodriguinho (Valdívia); Felipe Marques (Marcão) e André (Jonathan Cafu). T.: António Oliveira

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (Fifa/DF)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Daniel Henrique da Silva Andrade (DF)
VAR: Rafael Traci (SC)
Cartões amarelos: Vitinho (FLA); André, António Oliveira (técnico) (CUI)
Gols: Ayrton Lucas (FLA), aos 6'/1ºT; Gabigol (FLA), aos 33'/2ºT