Nesta segunda-feira (13), às 19h, o Botafogo joga em casa contra o Avaí. A equipe carioca não vence há quatro jogos e se for derrotada pode perder a 16ª posição para o adversário catarinense.

Com uma vitória, o Fogão pode alcançar, na combinação mais favorável, a 7ª colocação com 15 pontos, muito em função dos bons resultados nos primeiros jogos do Brasileirão. Mas vai precisar vencer no Nilton Santos, onde, apesar do apoio da torcida, com a 6ª maior média de público do campeonato, tem deixado a desejar na competição nacional.

O Avaí também tem tido dificuldades nas últimas rodadas, após bom começo na Série A. Com vitórias na Ressacada a equipe de Barroca chegou a figurar no G4. O desempenho da equipe, todavia, despencou desde o começo de maio, sobretudo nos jogos como visitante. Hoje, o clube catarinense ocupa a 18ª colocação com 11 pontos, e pode se colar ao pelotão do meio da tabela se conquistar outros três.

O Botafogo pode ser reforçado pelo atacante Erison, que volta de lesão. Ele conseguiu treinar neste domingo (12), no Espaço Lonier, após ficar fora da partida contra o Palmeiras, na última quinta-feira (9). O jogador chegou a viajar para São Paulo, mas, com dores no tornozelo em virtude de uma pancada sofrida na derrota para o Goiás, sequer foi relacionado.

Em entrevista coletiva, o treinador do Botafogo, Luís Castro, reconheceu que é preciso fazer mudanças, mas ponderou que tem poder 'limitado', uma vez que o espaço entre os jogos é curto. Na impossibilidade de fazer mudanças profundas, ele detectou o que pode fazer para melhorar a equipe já na próxima partida.

"Em três dias não mudamos um sistema tático de um jogo para outro. A pequena parte que quero mudar nos próximos jogos é a falta de atitude competitiva que tivemos. Isso sim. Aumentar a intensidade com que jogamos que já tivemos em vários outros jogos", disse Castro.

A disputa do Fogão no meio da tabela da Série A é um passo normal na construção de um projeto a longo prazo, na avaliação do treinador. "É um caminho de construção para mantermos na Série A neste ano e ser campeões daqui dois, três anos. Nunca vendi ilusões porque vim muito de baixo e não vai ser aqui que vou vender ilusões", declarou.

Estádio: Nilton Santos, em Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 19h00 (de Brasília) desta segunda-feira (13)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
VAR: Vinicius Furlan (SP)
Transmissão: Premiere

Por: Letícia Marques

Antes mesmo de demitir Paulo Sousa, o Flamengo já estava acertado com Dorival Júnior, que estava no Ceará. Enquanto a saída do português foi anunciada nesta quinta-feira (9) à noite, o novo treinador foi oficializado na manhã desta sexta-feira (10). Dorival Júnior chega ao Flamengo para a sua terceira passagem e, assim como a última, em 2018, com um contrato curto, que inicialmente está assinado para seis meses. Ao aceitar a proposta dos cariocas, o treinador fez questão de negociar com o Ceará a rescisão -avaliada em cerca de R$ 450 mil.

O Flamengo volta a campo neste sábado (11), contra o Internacional, em Porto Alegre, mas a reestreia do técnico ainda não está definida. A atividade desta sexta-feira, em Atibaia (SP), foi comandada por Mário Jorge, o técnico da equipe sub-20, interinamente.

Antes de Dorival, o Flamengo tentou a contratação de Cuca. O presidente Rodolfo Landim ligou para o ex-treinador do Atlético-MG, que prontamente deu a negativa e detalhou que estava focado em outros projetos. Outros técnicos empregados no futebol brasileiro também foram pauta no Rubro-Negro: Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza) e Mauricio Barbieri (Red Bull Bragantino)

SAÍDA DE PAULO SOUSA

A quinta (9) foi marcada como o último dia do português, que viveu normalmente o cronograma e comandou o treinamento em Atibaia -enquanto a imprensa já noticiava o acerta do Flamengo com Dorival Júnior. Após seguir o dia de trabalho, Sousa foi comunicado por volta das 18h (de Brasília) sobre o desligamento. A reunião contou com a presença de Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo).

Sousa e a comissão técnica jantaram com a delegação rubro-negra, local em que aconteceu a despedida, no interior de São Paulo, onde o time ficou após a derrota para o Red Bull Bragantino. O discurso foi encerrado com aplausos. Aos poucos, os jogadores foram se despedindo e deixando a sala de jantar. O treinador e seus companheiros deixaram o hotel da concentração ainda na noite de quinta (9).

Por: Léo Burlá

Em partida marcada por disputa acirrada por cada palmo do campo do Maracanã, o Vasco venceu o Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Getúlio, pela Série B do Brasileiro. A vitória neste domingo (12) ficou com o time mais eficiente na hora de concluir.

Empurrado por uma multidão de mais de 63 mil torcedores que lotou o estádio, os vascaínos tentaram pressionar, mas encontraram um rival que soube encurtar os espaços e que também achou brechas para agredir. O atacante Getúlio, todavia, deixou a sua marca em uma bonita cabeçada que abriu o placar no clássico. O tento veio após 17 jogos sem marcar do centroavante vascaíno.

Em determinados momentos do jogo o Cruzeiro teve até 65% de posse de bola, mas nem por isso conseguiu entrar muitas vezes na área do Vasco. Foram poucas oportunidades criadas e, quase sempre, com finalizações ruins.

O técnico do cruzeiro, Paulo Pezzolano, até abriu mão do esquema com três zagueiros para colocar três atacantes em campo, mas não mudou muito o cenário do jogo.

Após o jogo, Figueiredo, do Vasco, um dos destaques da partida, falou da satisfação de vencer em um Maracanã lotado.

O jovem atacante não escondeu a euforia com a festa dos vascaínos e disse que não basta o acesso, já que o objetivo do elenco é o título da Série B. Com o triunfo, o Cruz-maltino ficou a quatro pontos do clube celeste, o líder do torneio.

"Não tem explicação. Nossa torcida é linda quando apoia a gente. Acredito que nosso grupo é muito forte e unido. Nosso grupo está buscando o acesso e o título. A gente busca a liderança e agora estamos mais perto do objetivo", disse ele à "Globo".

O discurso foi alinhado ao de Emílio Faro, técnico interino do Vasco, que ressaltou o casamento entre torcida e time e a entrega de todos.

"Jogamos com todo mundo voltado para conseguir o maior número de vitórias nas ações da partida. O destaque foi o Vasco, cada rosto representa um elemento abaixo do escudo do clube", disse ele.

Sobre o ambiente no Maracanã, Faro disse que a atmosfera no estádio vinha sendo conversada durante a semana e ele afirmou que aproveitar o apoio do torcedor era fundamental para a vitória:
"A gente tinha de usufruir desse público. Viemos para um jogo com a aparência de uma final de campeonato. Disputamos a partida como tal. Decisão não se joga, se vence".

Com o resultado, o Cruz-maltino manteve a 3ª posição, pulou para 24 pontos e se consolidou ainda mais no G-4. O desafio agora é fora de casa, contra o Londrina, no próximo sábado (18).

Já os mineiros seguem na ponta da competição, mas com o vice-líder Bahia a três pontos de distância. Na próxima rodada, o Cruzeiro recebe a Ponte Preta, nesta quinta-feira (16).

VASCO
Thiago Rodrigues; Gabriel Dias (Weverton), Quintero (Danilo Boza), Anderson Conceição e Edimar; Yuri, Matheus Barbosa (Juninho), Nenê (Palacios); Gabriel Pec, Figueiredo e Getúlio (Raniel). T.: Emílio Faro.

CRUZEIRO
Rafael Cabral; Geovane Jesus (Rafael Santos), Oliveira e Zé Ivaldo; Leo Pais (Rafa Silva), Willian Oliveira, Neto Moura, Fernando Canesin (Filipe Machado) e Matheus Bidu; Jajá (Daniel Júnior) e Edu. T.: Paulo Pezzolano.

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (Fifa/RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (RN)
Cartões amarelos: Matheus Barbosa (VAS); Geovane, Neto Moura (CRU)
Gols: Stiven Mendoza (CEA), aos 8'/1ºT, e Pedro Raul (GOI), aos 39'/2°T
Público: 63.609

Por: Bruno Andrade, Letícia Marques e Marcello de Vico

O Flamengo definiu que Paulo Sousa não permanecerá à frente do time, começou a busca por soluções com urgência e já definiu o substituto: Dorival Júnior, que atualmente comanda o Ceará. O clube carioca procurou o treinador, que acenou positivamente e já comunicou o Ceará sobre seu desejo de saída.

A demissão de Sousa foi decidida após a derrota para o Red Bull Bragantino nesta quarta-feira (08). Rapidamente, com aval do presidente Rodolfo Landim, o Flamengo procurou Dorival realizou uma oferta, financeira e de projeto no clube por, pelo menos, seis meses, e recebeu o "sim". A multa de Dorival, que chegou ao Ceará em março deste ano, está na casa dos R$ 450 mil.

A diretoria do Flamengo ainda não comunicou Paulo Sousa sobre a sua saída e a tendência é que isso seja feito ainda nesta quinta-feira (9).

Já acertado com o novo comandante rubro-negro, os dirigentes, inclusive, aguardam a presença de Dorival Júnior já na partida contra o Internacional, marcada para sábado (11).

A vitória desta terça-feira (8), por 5 a 3, sobre o Atlético-MG, foi um bom retrato do que o Fluminense faz bem e do que ainda precisa corrigir para sonhar mais alto no Campeonato Brasileiro após colar no G4. A equipe produziu muito ofensivamente, mas também pecou na defesa no duelo do Maracanã. A próxima partida do time tricolor será neste sábado (11), às 19h. Pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense recebe o Atlético-GO, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Com dez rodadas completas, o clube carioca bate na porta da zona de classificação à Libertadores 2023, ocupando o oitavo posto, com 14 pontos. Quando chegou ao clube, o técnico Fernando Diniz disse que a equipe precisa pensar em títulos. Seu início, com cinco vitórias e dois empates, indiciou que o time tricolor poderia disputar as primeiras posições, algo que virou rapidamente uma dúvida com as derrotas seguidas para Flamengo e Juventude.

Contudo, o triunfo e a grande exibição contra o Atlético-MG reforçam o potencial que o clube das Laranjeiras tem. Arias voltou muito bem da seleção colombiana e mostrou sua relevância em campo. Agudo, o atacante ajuda tanto na troca de passes como em jogadas individuais, oferecendo opção. Luiz Henrique é outro ponto positivo. Muito habilidoso, a jovem promessa de Xerém chegou a amargar um jejum de gols e assistências, porém recuperou o bom futebol com o treinador, que oferece liberdade para que ele execute seus dribles em campo. Já vendido ao Betis, ele deixará o time na próxima janela de transferências.

As triangulações e o jogo de passes curtos no Fluminense ainda contam com dois aditivos importantes: Ganso, que consegue quebrar as linhas com passes precisos, e Cano, que sabe encontrar espaços e se posicionar com excelência. Esta combinação, quando bem executada, mostra um caminho promissor na direção do gol adversário.

APAGÃO NA DEFESA

O estilo de jogo, por outro lado, exige muito do preparo físico dos jogadores. Quem está em campo, precisa sempre estar se movimentando para oferecer opções de passe aos companheiros e, nem sempre, isso é possível. O desgaste gerado pode ser facilmente associado aos momentos de 'apagão' que o Fluminense tem em campo. O time abriu 2 a 0 e, depois, 3 a 1, mas acabou cedendo o empate em erros defensivos.

"A equipe jogou muito bem. Sempre é possível melhorar, criar mais e ser um time mais ativo com a bola nos pés. Ficou claro que precisamos melhorar em um aspecto. O Atlético-MG nem produziu para fazer três gols, cometemos alguns erros que não podíamos, assim como foi contra o Flamengo", disse o treinador na coletiva desta quinta-feira.

No primeiro gol sofrido, a marcação do time mineiro subiu e Fábio ficou pressionado na linha de fundo. O goleiro errou o passe e deixou o gol aberto para Hulk. No segundo, o Fluminense esperava o final da primeira etapa, quando Jair entrou sozinho na área em uma jogada que aconteceu depois dos 48 minutos. Para completar, Arias cochilou na saída de bola -mais uma vez- e permitiu que o adversário avançasse com perigo.

Todo esse conjunto, sem dúvidas, faz parte do 'pacote Diniz', que já foi exaltado e também motivo de piadas em outros clubes onde o treinador passou. No Fluminense, não há dúvidas de que o estilo de jogo pode casar com peças do elenco. Resta agora, ao comandante, encontrar as melhores peças e as soluções.

Para a partida deste sábado, Diniz não poderá contar com o meia Ganso, que tomou o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão. Fred, Luan Freitas, e Pineida continuam no departamento médico, enquanto Nino já tem participado de atividades com o time, mas ainda é dúvida. Uma possível escalação inicial do Fluminense tem: Fábio; Samuel Xavier; Manoel, David Braz e Cris Silva; Wellington (Felipe Melo), André e Nathan (Yago Felipe); Luiz Henrique, Arias e Cano (Willian Bigode).

O Atlético-GO, por sua vez, tenta manter o bom momento após a vitória contra o Avaí, por 2 a 1, na quarta-feira, e busca sua terceira vitória no Brasileiro. Somando dez pontos em dez jogos, o clube ocupa a 18ª posição, e conta com a vitória para fugir da zona de rebaixamento.

O técnico Jorginho tem quase todos os jogadores do time que enfrentou o Avaí à disposição, com exceção do zagueiro Wanderson, que sentiu desconforto muscular nos últimos treinos e foi afastado. Uma possível escalação inicial do Atlético-GO tem: Ronaldo; Hayner, Edson Felipe, Ramon Menezes e Jefferson; Gabriel Baralhas, Marlon Freitas e Jorginho; Airton, Wellington Rato e Shaylon.

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: Às 19h (de Brasília) deste sábado (11)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (Fifa/SP)
VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
Transmissão: Premiere

Por: Alexandre Araújo, Léo Burlá é Letícia Marques 

Após entender que não há mais possibilidade de Paulo Sousa seguir como técnico do Flamengo, a diretoria, agora, traça estratégia para ir ao mercado com um senso muito maior de urgência. Paralelamente a isso, a cúpula analisa a melhor forma de fazer o desligamento do atual comandante, e a presença dele à beira do gramado no jogo contra o Internacional, sábado (11), ainda é uma incógnita.

Diante do atual cenário, em que não tem nem sequer um auxiliar que possa assumir o time de forma interina, o Rubro-Negro não descarta a possibilidade de fazer uma oferta a um técnico que esteja empregado em outro clube - caso semelhante ao que aconteceu após a queda de Domènec Torrent, quando contratou Rogério Ceni, que à época estava no Fortaleza.

A decisão da diretoria foi tomada após a derrota para o Red Bull Bragantino, ontem (8), em Bragança Paulista (SP). O resultado ruim teve ainda o ingrediente de ter atuado com um jogador a mais por cerca de 25 minutos, após expulsão de Luan Cândido, o que pesou ainda mais na avaliação. Além da atuação da equipe, abaixo da esperada.

Paulo Sousa já viajou para Atibaia (SP), onde a delegação do Flamengo fica até amanhã (10), bastante pressionado nos mais diversos lados.

O treinador vinha sendo alvo de críticas das arquibancadas e a blindagem interna foi se perdendo a cada resultado negativo que o Fla acumula.

Marcos Braz, vice-presidente de futebol, também está nos holofotes das fortes críticas, e acompanha a delegação em São Paulo, assim como o diretor de futebol Bruno Spindel. O presidente Rodolfo Landim, por sua vez, está no Rio de Janeiro, mas mantém constante contato com os representantes rubro-negros.

"HÁ COISA QUE NÃO POSSO CONTROLAR"

Momentos após a partida, Paulo Sousa concedeu entrevista coletiva e foi questionado sobre o clima para permanecer no cargo, e indicou não "gastar energia" com o que não pode controlar, ressaltando a retomada no trabalho no dia a dia com o elenco.

"Há coisas que eu não posso controlar, e essas são aquelas com as quais menos gasto energia. Tento trabalhar com os rapazes da melhor maneira que eu sei para tentarmos sermos competitivos e ganharmos jogos. Por isso, tudo aquilo que se comenta e se escreve, com todo respeito, é algo que não posso controlar. Daí o meu foco exclusivamente é analisar meus rivais, passar com clareza os comportamentos dos nossos rivais para o nosso time e tomar decisões para ganhar jogos", disse.

MULTA NÃO É PROBLEMA

Anunciado em dezembro, Paulo Sousa assinou contrato por duas temporadas e com multa rescisória que tem o valor reduzido a cada mês trabalhado. No momento, tal quantia gira em torno de R$ 7 milhões, e não se mostra um obstáculo.