Redação

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) instalou, nesta quarta-feira (09/06), um ponto de vacinação (PV) na Escola Municipal Barão de Itacurussá, na Tijuca, para marcar o dia de vacinação contra a Covid-19 dedicado exclusivamente aos trabalhadores da educação básica do município do Rio, e também a data em que se comemora o Dia Nacional da Imunização. 

Até as 17h, professores e outros profissionais que atuam na educação básica pública e privada podem se vacinar no local ou em um dos cerca de 280 postos espalhados pela cidade. Para garantir a dose, o trabalhador deve apresentar contracheque ou declaração da instituição educacional ou rede de ensino em que atua, para comprovar vínculo ativo na área da educação.

Uma das primeiras profissionais da educação a se vacinar na Escola Municipal Barão de Itacurussá, a professora Carolina Maria de Sales ressaltou o quanto é importante que toda a população se imunize o mais rapidamente possível.

– A vacina são doses de esperança por dias melhores nesses tempos tão difíceis. Quase perdi uma amiga para a Covid, mas graças a Deus ela se recuperou. A gente fica muito feliz com o empenho dos médicos, do pessoal da saúde e da ciência, que tanto se esforçaram para proporcionar esse momento para todos nós. É importante que todos se vacinem para a gente poder alcançar a imunidade e enfrentar essa doença da melhor maneira possível – disse a professora, que alertou também para que as pessoas não se esqueçam de tomar a segunda dose.

– No dia 1º de setembro, eu retorno para a segunda dose. É importante que a gente volte para tomar essa segunda dose porque só assim se completa a imunização e, mesmo assim, é preciso continuar mantendo todos os cuidados usando álcool em gel e máscara, além do distanciamento social.

Já a professora Marcela Matsushima fez questão de agradecer o esforço dos cientistas em desenvolver uma vacina em tão curto tempo.

– Esse período de pandemia tem sido muito difícil. Eu e minha família ficamos totalmente isoladas, porque a minha avó é muito idosa e minha mãe tem quase 70 anos. A vacina é uma grande conquista da ciência, da capacidade humana de superação e eu gostaria de ver todo mundo vacinado, inclusive os meus alunos – disse a professora, que estava bastante emocionada.

Na quarta-feira (16/06) da semana que vem, será a vez da vacinação dos trabalhadores do ensino superior, profissionalizante e outros. A repescagem para ambos os grupos acontecerá no dia 23 de junho. Na semana passada, a SMS anunciou a antecipação do calendário de vacinação do Rio.  Após o dia reservado para os profissionais da educação básica, nesta quinta-feira (10/06) serão imunizadas pessoas de 55 anos; e na sexta (11/06), pessoas de 54 anos. No sábado (12/06) haverá repescagem para cariocas com 54 anos ou mais e para pessoas com comorbidades ou deficiência a partir de 18 anos.

Folhapress

A apresentadora Fátima Bernardes, 58, recebeu nesta quinta-feira (3) a primeira dose da vacina AstraZeneca, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. De folga do Encontro (Globo), ela foi se vacinar contra a Covid-19 e divulgou nas redes sociais o momento.

"Acordei cedinho como sempre porque tenho um compromisso agora de manhã muito importante. Tirou praticamente o meu sono de tão ansiosa que fiquei durante toda essa noite", dizia ela antes de sair de casa acompanhada do namorado, Túlio Gadêlha.

Vestindo uma camiseta da campanha "Vacina, sim", Fátima se emocionou no momento da aplicação. "Viva a ciência, viva o SUS, viva todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente. Meu abraço carinhoso a todas as famílias que perderam os seus entes queridos. Estou muito emocionada", contou.

Na sequência, em vídeo, deu mais detalhes do que encontrou no posto de vacinação. "Encontrei pessoas empáticas que estavam usando as suas máscaras, respeitando a fila e o distanciamento. Hoje me reencontrei com outros brasileiros que são como eu. Que apostam na ciência, na vacinação e no SUS", disse ela.

A apresentadora concluiu. "Foi tão bom! Foi um momento cívico, de patriotismo. De me reencontrar com pessoas que eu sempre achei que existiam no país. Com aqueles brasileiros que são solidários. Fiquei muito feliz de reencontrá-los."

Danielle Brant (Folhapress)

Em uma votação apertada, a comissão responsável por analisar o projeto que trata de maconha medicinal no Brasil aprovou nesta terça-feira (8) o texto que autoriza a fabricação e a comercialização de medicamentos e produtos à base de canabis.

A votação do relatório, elaborado pelo deputado Luciano Ducci (PSB-PR), terminou em empate: foram 17 votos favoráveis e 17 contrários. Ducci desempatou, levando o placar a 18 a 17.

A análise foi marcada por tentativa de obstrução de deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já disse que vetaria o projeto. O projeto tramitava na comissão de forma terminativa, ou seja, se aprovado seguiria para o Senado.

Deputados contrários ao texto, no entanto, vão entrar com um recurso para que a proposta seja apreciada pelo plenário da Câmara. Para isso, precisam do apoio de pelo menos 52 deputados. Se o recurso for aprovado, o texto terá que ser votado pelo plenário da Casa.

A comissão foi palco de embates acirrados entre seus integrantes. Em maio, o deputado bolsonarista Diego Garcia (Podemos-PR) empurrou o presidente do colegiado, o petista Paulo Teixeira (SP), dando origem a um bate-boca entre oposição e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta terça, as votações na comissão mostraram a divisão em torno do tema. Deputados contrários argumentaram que o texto legaliza a maconha, enquanto os favoráveis defenderam que a única utilização permitida é a medicinal e científica.

Para a deputada Natália Bonavides (PT-RN), a aprovação do projeto, ainda mais no contexto de pandemia, é fundamental. "São várias doenças e transtornos tratáveis com produtos à base de canabis , o que pode evitar hospitalização, a exposição à Covid-19 e mais sobrecarga no sistema de saúde", afirmou.

"O plantio da canabis e o seu uso para fins medicinais já é legalizado no Brasil, mas para um grupo muito restrito de quem tem dinheiro e pode pagar pelo medicamento comercializado ou importado. Esse projeto de lei é necessário para permitir a ampliação do acesso mediante redução de custos, a partir da regulamentação do cultivo e da inclusão das associações de
pacientes na cadeia produtiva."

O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) considera o texto um grande avanço e afirma que trará possibilidades para que a oferta do medicamento seja bastante expandida e barateada.

"O relatório trata exclusivamente de questões medicinais e industriais. Há uma série de regulamentações, algumas até excessivas, para que não haja abertura para uso adulto, que é outra discussão", disse. "Portanto, espero que seja aprovado e possa vencer o preconceito existente para beneficiar os pacientes e suas famílias que precisam do medicamento."

O projeto permite que empresas possam cultivar canabis no país para fins medicinais e industriais. Segundo o texto, deverão ser usadas sementes ou mudas certificadas, e as empresas interessadas deverão ser previamente autorizadas pelo poder público.

O cultivo passará por controles. As companhias terão cota de cultivo para atender demanda pré-contratada ou com finalidade pré-determinada. A cota deverá especificar a quantidade de plantas de canabis medicinal psicoativas e não psicoativas e, no caso do cultivo para fins industriais, a área plantada de cânhamo industrial.

As empresas deverão também indicar a origem e caracterização do tipo da planta de canabis. A produção deverá ser rastreável desde a aquisição da semente até o processamento final e o seu descarte.

O projeto prevê um plano de segurança que atenda aos requisitos de segurança e um responsável técnico encarregado de garantir a aplicação de técnicas de boas práticas agrícolas, de acordo com normas e orientações expedidas pelo órgão agrícola federal.

O projeto indica que o local do cultivo de plantas de canabis medicinal ou de cânhamo industrial deverá ser cercado, protegido e controlado, de forma a impedir o acesso de pessoas não autorizadas. A área deverá ser monitorada por vídeo em todos os pontos de entrada, com restrição de acesso e sistema de alarme.

Além disso, para o cultivo de plantas de canabis medicinal também será exigido que o perímetro das instalações seja protegido com tela alambrado de aço galvanizado ou muros de alvenaria, com altura mínima de 2 metros e cercas elétricas com tensão suficiente para impedir a invasão de pessoas não autorizadas.

O local não poderá ser identificado com o nome fantasia, razão social ou qualquer outra denominação que permita constatar as atividades desenvolvidas.

A autorização para cultivo de plantas de canabis medicinal será enviada ao órgão de saúde federal. Para plantas de cânhamo industrial e de plantas de canabis medicinal destinadas à elaboração de medicamentos e produtos de canabis medicinal de uso veterinário, a autorização será pedida ao órgão agrícola federal.

O texto diz que é livre a pesquisa com plantas de canabis e seus derivados, desde que cumpridas exigências. Também autoriza plantio, cultivo, manipulação e processamento da planta, de insumos, de extratos e de derivados de canabis por instituições.

O descarte de canabis medicinal destinada à elaboração de medicamentos e produtos de canabis medicinal de uso humano e de cânhamo industrial e canabis medicinal destinada à elaboração de medicamentos e produtos de canabis medicinal de uso veterinário será definido por órgão de saúde e agrícola.

O projeto indica que medicamentos e produtos de canabis medicinal de uso humano ou veterinário deverão ser comercializados em embalagens invioláveis e de fácil identificação.

Os medicamentos ou produtos de canabis medicinal de uso humano ou veterinário deverão ser prescritos por profissional legalmente habilitado. O paciente ou responsável legal ou dono do animal deverá concordar com a prescrição.

Segundo o projeto, as Farmácias Vivas do SUS (Sistema Único de Saúde) são autorizadas a cultivar e processar plantas de canabis medicinal para elaborar produtos magistrais ou oficinais fitoterápicos.

Associações de pacientes sem fins lucrativos criadas especificamente para isso, com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, poderão cultivar e processar plantas de canabis medicinal, além de elaborar produtos aos seus associados. Elas terão 24 meses para se adequar às normas.

O texto permite a produção e comercialização de produtos fabricados a partir do cânhamo industrial, como cosméticos, itens de higiene pessoal, celulose, fibras, artigos de uso veterinário sem fins medicinais, gêneros alimentícios e suplementos alimentares. As empresas podem importar e exportar sementes, a própria canabis ou produtos, exclusivamente para fins medicinais ou industriais.

O projeto proíbe a prescrição, entrega, distribuição e comercialização para pessoas físicas, de chás medicinais ou de quaisquer produtos de canabis sob a forma de droga vegetal da planta, suas partes ou sementes, mesmo após processo de estabilização e secagem. Além disso, autoriza que medicamentos e produtos de canabis medicinal sejam incorporados ao SUS.

O texto muda ainda a lei sobre o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas para indicar que a União autorizará o plantio, a cultura e a colheita de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, para fins medicinais, veterinários, industriais e científicos.

Redação

A Prefeitura deu início nesta quarta-feira (02/06) à vacinação contra a Covid-19 de aeroportuários no Aeroporto Santos Dumont, além dos profissionais que atuam no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e daqueles que trabalham no Porto do Rio. Ao todo, cerca de 14 mil pessoas serão vacinadas nos três locais.

– É uma vacinação específica com doses específicas do Min. da Saúde para a gente realizar uma ação de bloqueio nas regiões de porto e dos aeroportos para se evitar a disseminação de novas variantes do vírus – explicou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

A imunização dos trabalhadores portuários e do transporte aéreo foi antecipada por recomendação do Ministério da Saúde. No Porto do Rio e no Aeroporto Santos Dumont, a vacinação acontecerá até o dia 7 (com exceção de domingo), das 9h às 16h. Já no Galeão, a ação se estende até o dia 11 de junho (menos no domingo), no mesmo horário. A vacinação nos três pontos será exclusiva para os profissionais que atuam nesses locais.

 

Redação

A Prefeitura deu início, nesta segunda-feira (31/05),  a uma nova etapa de vacinação contra a Covid-19, que foi reaberta para a população em geral. Podem se vacinar mulheres com 59 anos. No sábado passado (29/05), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) concluiu a imunização contra o coronavírus dos grupos prioritários.

A servidora pública federal Rita Martins, de 59 anos, foi uma das primeiras pessoas a serem vacinadas na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, Zona Norte da cidade. Ela conta que estava numa expectativa muito grande porque o calendário da população em geral foi interrompido exatamente aos 60 anos, para que fossem imunizados os grupos prioritários.

– Eu já tive contato com várias pessoas da minha família que tiveram Covid, casos graves, inclusive meu filho mais novo, que chegou a ficar internado no CTI. Então, essa vacina é uma grande esperança de a vida voltar à normalidade. Para mim, está sendo uma libertação, claro que mantendo todos os cuidados, mas ainda assim é um alívio – disse a servidora, que já conta as horas para tomar a segunda dose.

Antonia da Silva também foi à clínica da família logo cedo para se imunizar. Ela estava preocupada porque acabou de conseguir um novo emprego e não queria andar na rua sem tomar, pelo menos, a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

– Via todo mundo se vacinando e esperava chegar a minha vez também. Por isso, a ansiedade era bem grande. A vacina representa saúde, agora vou poder sair na rua sabendo que estou um pouco protegida.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz,  acompanhou a vacinação no Rio Comprido. ele informou que o Ministério da Saúde já garantiu o envio de novas remessas de vacinas para os próximos dois meses, para que possa dar prosseguimento ao calendário sem interrupções. E fez um apelo à população:

– É muito importante que as pessoas deem preferência para se vacinar no período da tarde, porque é mais vazio. Hoje a gente começa a vacinação por idade, já encerramos aqueles que têm comorbidades e de pessoas com deficiência, mas elas ainda podem se vacinar na repescagem de todo sábado.

O calendário da nova fase de vacinação segue escalonamento etário, começando com pessoas de 59 anos e reduzindo gradativamente da idade nos dias subsequentes. A previsão é que, em cinco meses, se alcance toda a população adulta carioca. Até 23 de outubro, a meta é que 90% de quem tiver 18 anos ou mais esteja vacinado contra a Covid-19, representando 4,7 milhões de pessoas, ou ainda 75% da população total. Para mais informações sobre o calendário e pontos de vacinação, consulte o site coronavírus.rio/vacina.

Na primeira etapa da vacinação, mais de 3,1 milhões de doses contra Covid-19 foram aplicadas e 2,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose, representando 40% do público alvo de toda a campanha. Com isso, o município do Rio desponta como a segunda cidade que mais vacinou em todo o país.