Por: Raquel Lopes

Empresas que tiveram autotestes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) preveem que o produto chegará ao mercado até o dia 7 de março com preço entre R$ 39 e R$ 70 para o consumidor final.

A Anvisa autorizou a venda de autotestes no Brasil em 28 de janeiro. Cada empresa precisa solicitar o registro para comercializar o produto.

A empresa Eco Diagnóstica teve dois autotestes aprovados, sendo um de swab (cotonete) nasal e outro por meio da amostra de saliva.

A previsão da empresa, que terá a fabricação do produto em Corinto (MG), é de que os autotestes estejam disponíveis nas farmácias até o dia 7 de março. O valor deve ficar entre R$ 39 e R$ 69.

O produto será vendido de três formas: individual e também caixa contendo três e cinco testes.

A empresa é a única que possui o produto aprovado para ser realizado com a coleta de saliva. Ela não precisa da utilização do swab (cotonet), mas o kit possui esse item para transferir a quantidade certa da saliva do copo para o tubo de extração.

O outro produto registrado da empresa é o Autoteste COVID Ag Detect, com amostra obtida por swab nasal não profundo.

Já o sócio-proprietário da empresa Kovalent, João Paulo Alves Janoni, disse que o autoteste deve chegar nas redes autorizadas de 7 a 11 de março. A fábrica, que fica em São Gonçalo (RJ), tem capacidade de produzir semanalmente 150 mil testes.

Ele disse que ainda não tem um valor fechado do produto porque depende do preço dos insumos que chegam de outros países, mas acredita que pode ficar na faixa de R$ 55 a R$ 70 para o consumidor final.

O produto oferecido por ele é o SGTi-flex COVID-19 Ag - AUTOTESTE, desenvolvido para uso de amostra de swab nasal não profundo.

"A gente registrou na Anvisa embalagens contendo 1, 2 e 5 autotestes, mas no primeiro ciclo vai oferecer ao mercado a caixa com apenas 1 produto", destacou.

A empresa CPMH (Comércio e Indústria de Produtos Médicos Hospitalares e Odontológicos), que teve o primeiro autoteste aprovado em 17 de janeiro, não forneceu informação sobre valores.

O presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Eduardo Gouvêa, disse que as empresas produtoras e importadoras de autotestes são responsáveis pelo preço.

Ele avaliou que só a indústria instalada no Brasil tem capacidade de produzir até 10 milhões de autotestes de Covid por mês. Ele espera que todos se esforcem para que o produto seja acessível e competitivo.

Destacou ainda que o país está num período em que ainda há muitas demandas por testagem e isso deve ampliar.

"Mesmo sem os eventos de rua, pessoas irão viajar, aglomerar no período do Carnaval, sendo que há chance de aumentar a contaminação. O momento ainda é oportuno e é mais uma ferramenta de combate à Covid", destacou Gouvêa.

Assim como acontece em outros países, na sua visão, os governos federal e estaduais deveriam adotar o autoteste como mais uma ferramenta de testagem para as pessoas. Apesar de ser financeiramente mais acessível que os outros, ele não deve chegar a todos.

O Ministério da Saúde já sinalizou que não pretende comprar autoteste para distribuir à população.

Segundo a Anvisa, o produto poderá ser comprado em farmácias, drogarias e estabelecimentos de saúde que estejam licenciados junto à vigilância sanitária como comércio de artigos médicos. Esses estabelecimentos também poderão fazer a comercialização online.

No total, 72 pedidos de registros foram feitos para a agência reguladora, sendo que quatro foram aprovados.

Além desses, cinco estão com a análise concluída e aguardam publicação no Diário Oficial da União e 13 foram reprovados.

Há também 28 que foram distribuídos para a área responsável e aguardam a análise, três estão em processo de análise e 19 estão em exigência, ou seja, a agência reguladora solicitou mais dados para a empresa.

O autoteste é o produto que permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional.

Para isso, deve seguir atentamente as informações das instruções de uso, que possuem linguagem simples e figuras ilustrativas do seu passo a passo.

Esse tipo de produto permitirá a ampliação da testagem de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e possíveis contatos. Será possível assim o isolamento precoce e a quebra de cadeia de transmissão.

Conforme estabelecido em nota técnica do Ministério da Saúde, o autoteste passará a ser uma nova ferramenta de triagem do PNE (Plano Nacional de Expansão da Testagem) do Ministério da Saúde.

Com isso, quem receber resultado positivo deverá procurar uma unidade de atendimento de saúde ou teleatendimento para que um profissional da saúde realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde.

Por: Joana Cunha

Depois de um forte período de aceleração, a demanda por teleconsultas para crianças aponta tendência de queda.

No Einstein, a primeira quinzena de fevereiro teve cerca de 2.260 atendimentos pediátricos remotos. Se seguir neste ritmo, fechará o mês abaixo dos quase 5.400 registrados em todo mês de janeiro.

O número ainda supera os níveis de novembro, quando a escalada começou, após a chegada da variante ômicron no país.

O Grupo Conexa, empresa especializada em teleatendimento, também registrou queda no número de consultas para crianças, principalmente as relacionadas à Covid. Até domingo (20), mais de 2.200 consultas estavam relacionadas aos sintomas de coronavírus.

Enquanto em janeiro, foram mais de 6.000.

Todas as pessoas com 5 anos ou mais podem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta quinta-feira (03/03).

Orientações:

Segunda dose: as unidades seguem realizando a segunda aplicação da vacina, considerando o intervalo a partir da data da primeira dose.

Dose de reforço: a aplicação da dose de reforço segue para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos 4 meses.

Crianças com deficiência e/ou comorbidades podem antecipar a segunda dose da Pfizer pediátrica para o intervalo mínimo de 21 dias.

Observações:

É possível antecipar a dose de reforço até o intervalo mínimo de três meses em casos de viagem, problemas de saúde e outras questões pessoais.

Pessoas com imunossupressão grave com 12 anos ou mais devem tomar uma 3ª dose (dose adicional) da vacina contra a Covid-19, pelo menos 28 dias após a segunda dose. É necessário apresentar comprovação.

Pessoas com 18 anos ou mais que tenham imunossupressão e receberam três doses no esquema primário (duas doses e uma adicional) devem tomar uma nova dose com intervalo de quatro meses da dose adicional.

Devem procurar os postos para testagem pessoas com sintomas como febre, calafrio, tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e alterações no olfato e/ou paladar.

Encontre a unidade mais próxima: prefeitura.rio/ondeseratendido

Para mais informações, acesse: coronavirus.rio/vacina

 

 

 

A vacinação de alunos de 5 a 11 anos começou, nesta segunda-feira (14/2), nas escolas da rede municipal de ensino. A iniciativa Vacina na Escola tem o objetivo de aumentar o número de crianças vacinadas contra a Covid-19 na cidade e a expectativa de imunizar 200 mil estudantes. 
 
A ação prevê orientação aos pais para que autorizem a imunização das crianças nos espaços escolares, para que ninguém fique desprotegido. O plano de busca ativa pelo grupo ainda não vacinado terá dois tipos de ação, um voltado para o ambiente escolar, o Programa Vacina na Escola, e outro que usa os agentes comunitários de saúde (ACS) para irem até as residências. 
 
O município do Rio tem 1.307 escolas públicas com alunos na faixa etária entre 5 e 11 anos, com 347 mil crianças matriculadas. Desde a quinta-feira passada, os alunos levaram para casa folhetos informativos sobre a vacina contra a Covid-19 e um formulário para ser preenchido pelos pais. Para aqueles que ainda não tiverem tomado a vacina, os responsáveis interessados poderão assinar um termo autorizando a aplicação no ambiente escolar, em uma data que será previamente informada. Até o momento, em toda a cidade, apenas cerca de 50% das crianças na faixa etária foram imunizadas contra a doença.
 
No dia marcado, a aplicação da vacina será feita no fim do turno de aulas: pela manhã, entre 11h e 12h30, e à tarde, entre 15h30 e 17h. Quando os responsáveis forem buscar as crianças na escola, aquelas com a autorização já sairão vacinadas. Os que quiserem acompanhar a vacinação de seu filho pessoalmente podem chegar no horário previsto e terão acesso ao local onde estará ocorrendo a ação. A previsão é que em 45 dias todas as escolas recebam as equipes de saúde para a imunização dos alunos. Todo o trabalho será acompanhado pela coordenação do Programa Saúde na Escola (PSE).
 
– Vamos em todas as escolas municipais do Rio que têm crianças de 5 a 11 anos levando a vacina. Queremos vacinar todos os nossos carioquinhas mostrando que essa vacina é segura – disse o secretário de Educação, Renan Ferreirinha, que acompanhou a vacinação na Escola Municipal Max Fleiuss, na Pavuna.
 
Em reuniões online com a equipe da Coordenação de Imunizações da Superintendência de Vigilância em Saúde, os diretores das escolas e os coordenadores das Coordenações Regionais de Educação (CREs) têm recebido informações sobre a ação e sobre a segurança e eficácia das vacinas. A ideia é que esses profissionais possam, em contato com os responsáveis pelos alunos, orientá-los sobre a importância e segurança da imunização e sobre como a ação será realizada em cada escola, facilitando assim a adesão e sua autorização.
 
Em paralelo ao Programa Vacina na Escola, a Secretaria Municipal de Saúde fará o cruzamento dos cadastros da Estratégia Saúde da Família com os dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), para identificar as crianças que não tenham registro da vacina da Covid-19 ou mesmo que estejam com outros imunizantes do calendário vacinal em atraso.
 
A partir daí, os agentes comunitários de saúde entrarão em campo nos territórios para ir às casas dessas crianças. Elas poderão ser vacinadas no próprio domicílio, na presença do responsável que estiver no local, ou serem orientadas a comparecer na unidade de Atenção Primária de referência para atualizar suas cadernetas de vacinação.